Tito Flávio Postúmio Ticiano

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tito Flávio Postúmio Ticiano
Nacionalidade
Império Romano
Ocupação Oficial

Tito Flávio Postúmio Ticiano (em latim: Titus Flavius Postumius Titianus) foi um oficial romano do século III, ativo no reinado dos imperadores Diocleciano (r. 284–305), Maximiano, Galério (r. 293–311) e Constâncio Cloro (r. 293–305) e Constantino (r. 306–337).

Vida[editar | editar código-fonte]

Áureo de Diocleciano (r. 284–305)
Soldo de Constantino (r. 306–337)

Ele era bisneto de Marco Postúmio Festo, neto de Tito Flávio Ticiano e Postúmia Festa e irmão ou primo de Tito Flávio Postúmio Varo. Pode ter sido filho de Postúmio Ânio Ticiano e talvez era descendente ou parente de Flávio Ticiano, curador de Clúsio, Flávio Ticiano, procurador da Gália Lugdunense e Aquitânia e Flávio Ticiano de Cirta. É incerto se esse Ticiano ou um parente homônimo é a pessoa citado numa inscrição de Hipepa, na Lídia.[1] Ticiano foi descrito como orador. Sua carreira foi preservada em algumas inscrições. No início de sua carreira, foi um candidato imperial para os ofícios de questor e pretor e antes de 291, foi cônsul sufecto ou adlecto entre consulados.[2]

Cerca de 291/292, foi nomeado corretor da Transpadana em vez de sua santidade (corrector Transpadanae cognoscens vice sacra) e electus ad iudicandas sacras appellationes, ou seja, o corretor da Gália Cisalpina e o oficial responsável por realizar deveres judiciais do imperador e executar seu desejo). Durante esse tempo ele construiu e dedicou um templo para Sol Invicto em Como. Em 292/293, foi corretor da Campânia, o primeiro que serviu nessa capacidade. Em 293/294 ou 294/295, torna-se consular de aquedutos e minícias (importação de cereais para Roma).[3]

De julho de 295 a julho de 296, foi procônsul da África, substituindo Dião Cássio. Então em 301, foi nomeado cônsul anterior com Vírio Nepociano; foi o último a estilizar-se em inscrição Cos. II por alcançar o consular ordinário com base num consulado sufecto anterior.[4] Finalmente, foi nomeado prefeito urbano de Roma, posição que reteve de 12 de fevereiro de 305 a 19 de março de 306.[5] Antes de 295, foi nomeado para duas posições sacerdotais, as de áugure e pontífice de Sol Invicto.[3] Depois, recebeu outra função religiosa, a de duodecênviro de Roma (um colégio criado em conexão com o Templo de Vênus e Roma dedicado por Adriano em 135), e continuou a servir suas funções sacerdotais no reinado de Constantino.[6] Em algum ponto incerto, foi também curador de Lugduno, Cales e outra cidade inespecífica.[1]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Cônsul do Império Romano
Precedido por:
Constâncio Cloro III

com Galério III

Tito Flávio Postúmio Ticiano II
301

com Vírio Nepociano

Sucedido por:
Constâncio Cloro IV

com Galério IV


Referências

  1. a b Martindale 1971, p. 920.
  2. Mennen 2011, p. 123.
  3. a b Martindale 1971, p. 919.
  4. Bagnall 1987, p. 137.
  5. Martindale 1971, p. 919-920.
  6. Cameron 2010, p. 130-131.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Bagnall, Roger S. (1987). Consuls of the Later Roman Empire. Oxford: Oxford University Press 
  • Cameron, Alan (2010). The Last Pagans of Rome. Oxônia: Oxford University Press. ISBN 019974727X 
  • Martindale, J. R.; A. H. M. Jones (1971). «T. Flavius Postumius Titianus 9». The Prosopography of the Later Roman Empire, Vol. I AD 260-395. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press 
  • Mennen, Inge (2011). Power and Status in the Roman Empire, AD 193-284. Leida: Brill. ISBN 9789004203594