Tratado de Falaise

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Castelo de Falaise.
Castelo de Falaise.

O tratado de Falaise marca o fim da independência da Escócia, no papel, durante algum período. O rei da Escócia Guilherme o Leão, então prisioneiro de Henrique II na fortaleza de Falaise, assina o tratado a 8 de dezembro de 1174, onde reconhece ser um vassalo do rei de Inglaterra.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Guilherme I, de cognome "Leão" a título póstumo, subiu ao trono da Escócia em 1165, com 22 anos de idade. O seu vizinho Henrique II, rei de Inglaterra desde 1154, é então o soberano mais poderoso da Europa.

Juntando-se à revolta de Henrique o Jovem contra o rei de Inglaterra, Guilherme invade o condado de Northumberland em 1174. As suas tropas são derrotadas em Alnwick e ele próprio é feito prisioneiro. Henrique II envia-o para a Normandia onde ficará cativo por 4 meses na fortaleza de Falaise (local de nascimento de Guilherme I de Inglaterra).

E é ali que é assinado o tratado, onde Guilherme reconhece não apenas ser um vassalo do rei de Inglaterra, como também reconhece a autoridade e a supremacia do arcebispo de York sobre o clero da Escócia.

Substituição do tratado[editar | editar código-fonte]

Em 1189, tendo Ricardo I de Inglaterra necessidade de fundos para o financiamento da sua cruzada, vende a Escócia a Guilherme. O tratado de Falaise é substituído pelo de Cantuária, e uma dispensa pontifical anula os efeitos da assinatura de Falaise.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Michel Duchein, Histoire de l'Écosse, Edições Fayard, Paris, 1998, (ISBN 2-213-60228-X).
  • François Neveux, La Normandie des ducs aux rois, Xe-XIIe siècle, Edições Ouest-France Université, Rennes, 1998, (ISBN 2-7373-0985-9).