Tratado de Joinville

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Retrato de Filipe II feito pela pintora Sofonisba Anguissola (Museu do Prado, Madrid)

O Tratado de Joinville foi assinado em segredo em 31 de dezembro de 1584 pela Liga Católica, liderada pela primeira família de nobres católicos da França, a Casa de Guise, e pela Espanha dos Habsburgos.[1] O encontro aconteceu na França, em Joinville (Alto Marne), num palácio da Casa de Guise.

Disposições do Tratado[editar | editar código-fonte]

No tratado:

Consequências para a Inglaterra[editar | editar código-fonte]

Em 1585, o tratado tornou-se conhecido na Inglaterra.[3] Acreditava-se, embora falsamente, que o objetivo do tratado era formar uma aliança católica contra os protestantes em toda a Europa.[3]

No entanto, a rainha Elizabeth I ficou aterrorizada com o cenário de pesadelo de uma aliança católica entre a França e a Espanha contra a Inglaterra, mesmo que a perspectiva tivesse sido remota devido ao prolongado conflito Habsburgo-Valois. Pela primeira vez, ela apoiou a intervenção militar direta nos Países Baixos Espanhóis, no processo de uma revolta contra o domínio espanhol. A resposta espanhola foi uma repressão sob um governador militar linha-dura, o Duque de Parma.

A decisão de Elizabeth foi uma reversão completa da sua política anterior de não apoiar os rebeldes que se voltavam contra a autoridade legítima, pois temia ser vulnerável a revoltas dos católicos ingleses. A nova política ilustrou o quanto o Tratado de Joinville a alarmou.

Como consequência direta, Elizabeth assinou o Tratado de Nonsuch com as Províncias Unidas em 1585 e financiou uma expedição aos Países Baixos, liderada por Roberto Dudley, 1.º Conde de Leicester, de 7.000 a 8.000 soldados. Isso foi um catalisador para a guerra entre a Inglaterra e a Espanha e resultou no lançamento da Invencível Armada em 1588.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b Baumgartner 1975, p. 37.
  2. a b c d e f Davenport & Paullin 2004, p. 223-224.
  3. a b Doran & Jones 2014, p. 11.

Fontes[editar | editar código-fonte]

  • Baumgartner, Frederic J. (1975). Radical Reactionaries: The Political Thought of the French Catholic League. [S.l.]: Librairie Droz 
  • Davenport, Frances Gardiner; Paullin, Charles Oscar, eds. (2004). European Treaties Bearing on the History of the United States and Its Dependencies to 1648. [S.l.]: The Lawbook Exchange Ltd. 
  • Doran, Susan; Jones, Norman, eds. (2014). The Elizabethan World. [S.l.]: Routledge 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]