Tuo Fozié

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Tuo Fozié
Tuo Fozié
Cidadania Costa do Marfim
Ocupação político

Tuo Fozié é um militar e político costa-marfinense. Oficial das Forças Armadas Nacionais da Costa do Marfim (FANCI) que posteriormente tornou-se a ponta de lança da rebelião do Movimento Patriótico da Costa do Marfim (MPCI) e depois das Forças Novas. A partir de 2012, foi prefeito do departamento de Bouna, da região de Bounkani, no nordeste da Costa do Marfim.[1]

Como oficial do exército da Costa do Marfim, Fozié foi um apoiante central do golpe de Estado de 1999 que levou Robert Guéï a ser empossado como chefe de Estado interino até às eleições seguintes. Quando Guéï decidiu concorrer à presidência nas eleições, Fozié abandonou o seu apoio e participou no ataque de setembro de 2000 à residência de Guéï. Fozié foi acusado de crimes contra a segurança do Estado e exilou-se no Burkina Faso.[2]

Em 2002, regressou à Costa do Marfim e foi um dos principais apoiantes de uma tentativa de golpe, que acabou por evoluir para a Primeira Guerra Civil da Costa do Marfim. A partir do Burkina Faso, participou na organização, com outros soldados amotinados costa-marfinenses, do ataque às cidades de Abidjan, Bouaké e Korhogo. A rebelião fracassou na capital, mas conseguiu tomar o controle das outras duas cidades, localizadas respectivamente no centro e no norte do país. Fozié era comandante das Forces nouvelles de Côte d'Ivoire, mas recusou-se a aceitar qualquer promoção além da de suboficial, cargo que ocupava no exército estatal.

Tuo Fozié é o primeiro porta-voz da rebelião e um dos primeiros chefe de operações do MPCI. Participa também nas conversações iniciadas em Lomé sob a égide do presidente togolês Gnassingbé Eyadema. Estas conversações permitiram obter um acordo de cessar-fogo, do qual foi o principal signatário em nome do MPCI.[1]

Em 2003, foi formado um governo de reconciliação nacional sob o primeiro-ministro Seydou Diarra, e Fozié tornou-se ministro da Juventude e da Função Pública.[1] Quando Diarra foi sucedido por Charles Konan Banny em dezembro de 2005, Fozié foi demitido do cargo de ministro. Entre 2005 e 2012, Fozié foi diretor-geral da polícia e da gendarmaria.

Em 2012, o Presidente Alassane Ouattara nomeou Fozié prefeito do departamento de Bouna. Atualmente é prefeito regional da região de Gbeke (Bouaké, centro da Costa do Marfim).[3]

Referências