Turbinella angulata

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Como ler uma infocaixa de taxonomiaTurbinella angulata
Vista inferior (esquerda) e superior (direita) de uma concha do molusco T. angulata (Lightfoot, 1786)[1], do golfo do México e mar do Caribe.[2]
Vista inferior (esquerda) e superior (direita) de uma concha do molusco T. angulata (Lightfoot, 1786)[1], do golfo do México e mar do Caribe.[2]
A escultura que aparece no Templo de Quetzalcoatl, em Teotihuacán (foto), é uma concha de Turbinella angulata.[3] Elas foram consideradas objeto de culto pelas civilizações pré-colombianas do México.[4]
A escultura que aparece no Templo de Quetzalcoatl, em Teotihuacán (foto), é uma concha de Turbinella angulata.[3] Elas foram consideradas objeto de culto pelas civilizações pré-colombianas do México.[4]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Subclasse: Caenogastropoda
Ordem: Neogastropoda
Superfamília: Turbinelloidea
Família: Turbinellidae
Subfamília: Turbinellinae
Género: Turbinella
Lamarck, 1799[5]
Espécie: T. angulata
Nome binomial
Turbinella angulata
(Lightfoot, 1786)[1]
Distribuição geográfica
A região litorânea do Caribe e golfo do México (na imagem) é o habitat da espécie T. angulata.[2]
Sinónimos
Murex scolymus Gmelin, 1791
Turbinella scolymus (Gmelin, 1791)
(WoRMS)[1]

Turbinella angulata (denominada, em inglês, West Indian chank[2][6]; em castelhano, caracol tomburro ou caracol negro)[7] é uma espécie de molusco gastrópode marinho do oeste do oceano Atlântico, pertencente à família Turbinellidae[1][8]; originalmente classificada por John Lightfoot, em 1786.[1][2] Este é um dos maiores gastrópodes do oceano Atlântico.[9]

Descrição da concha e hábitos[editar | editar código-fonte]

Conchas pesadas, quando desenvolvidas, de coloração branca ou creme, podendo estar encobertas por um perióstraco castanho e bastante grosso; chegando a ultrapassar os 35 centímetros de comprimento (podendo atingir quase 50 centímetros, nos maiores espécimes); com espiral moderadamente alta e volta final angular. Superfície com uma fina escultura de linhas espirais, lábio externo fino, canal sifonal destacado e columela dotada de 3 pregas visíveis. Sua abertura e columela podem ser alaranjadas. Possuem opérculo córneo e protoconcha mamilar.[2][6][8][10]

É encontrada em águas da zona entremarés até os quase 81 metros de profundidade.[9] Os animais da família Turbinellidae são predadores.[11]

Distribuição geográfica[editar | editar código-fonte]

A espécie ocorre nas costas atlânticas da América Central, no golfo do México e mar do Caribe.[2]

Civilizações pré-colombianas[editar | editar código-fonte]

Conchas de Turbinella angulata foram consideradas objeto de culto pelas civilizações pré-colombianas do México[4] e esculturas delas aparecem no Templo de Quetzalcoatl, em Teotihuacán.[3]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f «Turbinella angulata (Linnaeus, 1767)» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de janeiro de 2019 
  2. a b c d e f ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 210. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  3. a b Vokes, Emily H. (julho de 1963). «A possible Hindu Influence at Teotihuacan» (em inglês). American Antiquity. Volume 29, Issue 1. (Cambridge University Press). pp. 94–95. Consultado em 7 de janeiro de 2019. The conch shell figured on the Temple of Quetzalcoatl at Teotihuacán, is Turbinella angulata, the West Indian Chank. 
  4. a b FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 140-142. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  5. «Turbinella Lamarck, 1799» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 7 de janeiro de 2019 
  6. a b WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 118. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  7. WARD, C. Herb (2017). Habitats and Biota of the Gulf of Mexico: Before the Deepwater Horizon Oil Spill. Volume 1: Water Quality, Sediments, Sediment Contaminants, Oil and Gas Seeps, Coastal Habitats, Offshore Plankton and Benthos, and Shellfish (em inglês). New York: SpringerOpen - Google Books. p. 775. 868 páginas. ISBN 978-1-4939-3445-4. Consultado em 25 de abril de 2020 
  8. a b OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 218-219. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9 
  9. a b «Turbinella angulata (Lightfoot, 1786) West Indian chank» (em inglês). SeaLifeBase. 1 páginas. Consultado em 7 de janeiro de 2019 
  10. a b «Turbinella angulata» (em inglês). Hardy's Internet Guide to Marine Gastropods. 1 páginas. Consultado em 7 de janeiro de 2019. Arquivado do original em 11 de agosto de 2021 
  11. LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 80. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3