Unidos da Vila Mamona

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Vila Mamona
Fundação 8 de agosto de 1981 (42 anos)
Cores Verde, Vermelho e Branco
Símbolo Águia e cumprimento de mãos
Bairro Universitário (Vila Mamona)
Presidente Dona Joana Medeiros

Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Vila Mamona é uma escola de samba de Corumbá, fundada em 08 de Agosto de 1981, e detentora de 17 títulos do carnaval corumbaense, sendo a segunda maior campeã da cidade. Seu último título conquistado foi no ano de 2017 na gestão de Marcelino Toledo como presidente e Claudinho Tasso como carnavalesco.

História[editar | editar código-fonte]

A Unidos da Vila Mamona nasce em 1981, na região de nome homônimo, na parte baixa do bairro Universitário, fruto da vontade de moradores locais, sendo Dona Gregória considerada sua fundadora oficial. A escola nasce como bloco e aproveita o "espólio" da recém-desativada Imperatriz, recebendo sua bateria. O primeiro simbolo da escola é o cumprimento de mãos, sendo a águia, tão conhecida no carnaval corumbaense, introduzida posteriormente, co-habitando o pavilhão da escola.

Já no seu primeiro desfile como escola de samba, o samba levado para avenida em 1983 torna-se um clássico no carnaval corumbaense. "Os Mistérios do Mar", também conhecido como "Permita-me Contar", de autoria de João Luiz e Serginho, é até hoje lembrado nos eventos carnavalescos da cidade. A escola colecionou títulos nas décadas de 80 e 90, até meados dos anos 2000, onde começa a travar batalhas momescas com o Império do Morro, que retoma suas funções em 2003.

Em 2004, a Vila emplaca outro dos seus clássicos, no enredo sobre o "13", com samba de autoria de João Batista, o JB, maior vencedor de sambas da agremiação. "Minha Vila é um gato preto, louquinha de tanto rir", a escola vence o carnaval numa apuração conturbada, dividindo o titulo com o Império do Morro.

Em 2008 conquistou outro título no grupo especial cantando na avenida o pantanal sul-mato-grossense, com samba de autoria de Marcos César, quebrando uma sequência de sambas de enredo vencidos por JB. Em 2009, cantou na avenida "As danças do Brasil", num desfile ousado para os padrões da época, mas conquistou apenas o vice-campeonato.

No ano de 2010, apresentou um enredo sobre a história dos carnavais de sua cidade, no passado, no presente, e arriscando como seriam os carnavais do futuro; obteve 175,9 pontos, e sagrou-se vice-campeã do Grupo Especial.[1]

Em 2011, com um desfile sobre a Civilização Árabe, mais uma vez um samba da Vila Mamona torna-se o mais cantado da cidade, sendo de autoria de Victor Raphael e parceiros. "Vila Mamona é Festa" inova desde o concurso de sambas, tendo gravação de estúdio veiculado em rádios e fazendo do seu intérprete, Nino Samba Show, o intérprete oficial da agremiação. Porém, no desfile, mesmo que agraciado com boa recepção pelo público presente e contando com a presença do Mestre Felipão, vindo do Rio de Janeiro para ensaiar a bateria, descumpriu o regulamento no número mínimo de baianas e a exposição de um gerador de energia, perdendo 3 pontos e meio, ficando na quinta colocação, e por consequência, rebaixada ao Grupo de acesso pela primeira vez em sua história.

Em 2012, o presidente eleito Marcelo Iunes, em substituição a Daniel Chaim, contratou o carnavalesco campeão do Grupo de Acesso em 2011, Kiro Panovitch, além de manter no microfone principal o intérprete carioca Nino Samba Show. Teve um enredo sobre seus 30 anos e garantiu seu retorno ao Grupo Especial em 2013, com um fato curioso: em 2012 os autores do samba da escola foram Pedrão em fusão com a obra de Wander Timbalada, compositores com forte identificação com o Império do Morro. Já a sua concorrente teve um samba de Victor Raphael, em parceria com Shazam, que ganhara no ano anterior o concurso da Vila Mamona.[2]

Em 2013, com o enredo "Nas asas da águia, viajando sobre Corumbá, orgulho de ser pantaneiro", os versos do samba enredo diziam que a Vila Mamona "nasceu pra brilhar", e sua expectativa era grande, com o carnaval presidido pelo Seu Nenê, de forte identificação com a agremiação. A escola aposta em Sandro Assef como carnavalesco e Victor Raphael volta a ganhar o concurso de sambas. Problemas internos marcam os últimos dias de preparação para os desfiles, com falta de recursos financeiros e materiais, a Vila fez um dos piores desfiles de sua história, com direito a um mal-súbito de Maria Helena, lendária porta-bandeira da Imperatriz Leopoldinense, contratada junto a Chiquinho, seu filho e mestre-sala para defender o pavilhão da escola, em frente a primeira cabine de jurados, proporcionando a perda de 20 pontos por não exibição obrigatória do casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Outra situação inusitada fora o abandono dos empurradores do abre-alas, que, ao final de sua passagem foi levado até a dispersão empurrado por Luciano Costa e Marcelo Iunes (dois ex-presidentes), Victor Raphael e Rogério César (compositores). A agremiação ficou em quinto lugar e, naquele ano não era previsto rebaixamento, pois havia uma resolução da LIESCO para o retorno do Grupo Único. Numa virada de mesa impressionante, a Vila volta a habitar o Grupo de Acesso em 2014, por uma mudança realizada em reunião do Conselho Deliberativo da Liga.

No ano de 2014, com um enredo falando sobre o cinema e administrada por uma comissão de notáveis mamonenses, capitaneada pelo diretor de carnaval Zé Maria, a Vila Mamona fez, para muitos, o melhor desfile do ano, mesmo estando no Grupo de Acesso e conquistou o título da divisão, proporcionando a mesma desfilar novamente no Grupo Especial no ano seguinte, sob a presidência de Deilson Conde, com o enredo "Mulheres Negras do Brasil", de autoria de Victor Raphael, com desenvolvimento plástico-artístico do carnavalesco Edilson de Oliveira, com samba da parceria Tricampeã do prêmio Esplendor do Samba, concedido pelo jornal Diário Corumbaense.

Em 2016, a escola traz um ousado enredo sobre a música "Aquarela", de Toquinho, mais uma vez administrada por uma comissão administrativa . O samba é de Denílson e Victor Raphael e o interprete na avenida foi Cristiano Negão. A escola faz uma exibição regular e alcança a terceira posição.

Para 2017, assume a presidência Marcelino Toledo, que monta sua diretoria com pessoas que já haviam participado de outras agremiações, como é o caso de Vera Silva, identificada com a Caprichosos de Corumbá. Traz para a função de carnavalesco Claudinho Tasso e o samba de autoria solo de Denílson falava sobre o jogo em suas mais diversas formas. A agremiação faz um desfile correto e se sagra campeã do Grupo Especial após 9 anos de jejum.

Em 2018 e 2019 a escola passa por momentos delicados na avenida, com enredos sobre Medo e Ladário. Em 2019, Marcelino Toledo dá lugar à Ricardo Cavassa, o Cadino, que empreende algumas mudanças na escola para o ano de 2020, onde realiza a reedição do samba de 1983 com um novo nome: "A Vila vem Mostrar a Natureza". Num desfile problemático, com falta de baianas e estouro do tempo regulamentar, a escola consegue a quarta colocação. Em 2021, Dona Joana, uma das fundadoras da agremiação, retoma o posto de presidente da agremiação.


Em 2022, no retorno dos desfiles, a agremiação comemorou seus 40 anos, mas o problemático desfile, com falta de baianas e complicações na parte estética, conferiu apenas a sétima colocação[3].

Segmentos[editar | editar código-fonte]

Presidentes[editar | editar código-fonte]

Nome Mandato Ref.
Lucila Lepaus 2010
Daniel Chaim 2011
Marcelo Iunes 2012 [2]
Mário Moraes (Seu Nenê) 2013
Comissão Administrativa 2014
Deilson Conde 2015
Comissão Administrativa 2016
Marcelino Toledo 2017-2018
Ricardo Cavassa (Cadino) 2019-2020
Dona Joana 2021-

Intérpretes[editar | editar código-fonte]

Período Intérprete oficial
2010 Edmilton Di Bem
2011-2012 Nino Samba Show
2013 Pingo Sargento
2014 Roxo
2015 Roxo e Denilson
2016 Cristiano Negão e Denílson
2017-2018 Denílson
2019 Ricardo da Vila
2020-atual Ninho Samba Bom

Diretores[editar | editar código-fonte]

Ano Diretor de Carnaval Diretor de harmonia Mestre de bateria Ref.
2011 Sr Fernando Sr. Fernando Felipão
2012 Sr. Fernando Sr. Fernando Xixo da Vila
2013 Sr. Fernando Sr. Fernando Xixo da Vila
2014 Zé Maria Victor Raphael Edinho
2015 Victor Raphael Zé Maria Edinho
2016 Comissão Comissão Edinho
2017 Vera Silva Vera Silva Manoelzinho
2018 Vera Silva Vera Silva Manoelzinho
2019 Vera Silva Vera Silva Gabriel Cavassa
2020 Rogério César Rogério César Igor Medeiros

Casal de Mestre-sala e Porta-bandeira[editar | editar código-fonte]

Ano Nome Ref.
2011 Carlinhos Jóia e
2012-2013 Chiquinho e Maria Helena
2014
2015 Salgadinho e Ângela
2016 Carlinhos Jóia e Ana Paula
2017 Carlinhos Jóia e Ana Paula
2018 Carlinhos Jóia e Ana Paula
2019 Carlinhos Jóia e Adry
2020 Edelton Mendes Amorim e Vallessa Rocha

Corte de bateria[editar | editar código-fonte]

Ano Rainha Madrinha Ref.
2010 Cartilene Diniz
2011 Cartilene Diniz
2012 Cartilene Diniz
2013 Graciele Chaveirinho
2014 Cartilene Diniz
2015 Cartilene Diniz
2016 Nathassia Amaral
2017 Taís Rojas e Isabella Monea
2018 Cartilene Diniz
2019 Raiane Oliveira
2020 Raiane Oliveira

Carnavais[editar | editar código-fonte]

Unidos da Vila Mamona
Ano Colocação Grupo Enredo Carnavalesco Ref
2002 Campeã Único Carnaval dos quatro elementos
2004 Campeã Único O 13
2005 Vice-Campeã Único Exaltação à Vila, minha vida, meu amor!
2006 Vice-Campeã Único Do céu a terra, energizando a vida, o progresso e o samba.
2007 3º lugar Especial Olhos no passado, pés no futuro... A Vila pede passagem e apresenta a arte de viver a vida em Corumbá.
2008 Campeã Especial Uma odisséia no Pantanal: trajetória de beleza e riquezas rumo ao desenvolvimento sustentável.
2010 Vice-Campeã Especial Carnaval dos Carnavais, Folias em Corumbá Ricardo Vilalva e Francis Fabian [1][4]
2011 4º lugar Especial Abra-te Sésamo: A Águia vai voar, do Oriente Médio à Corumbá Ricardo Vilalva
2012 Campeã Acesso Vila Mamona 30 anos: arquitetando sonhos em uma usina de emoções Kiro Panovitch [2]
2013 5º lugar Especial Nas asas da águia, viajando sobre Corumbá, orgulho de ser pantaneiro. Sandro Assef
2014 Campeã Acesso A Vila faz da avenida a calçada da 7ª arte Edilson Oliveira
2015 Vice-campeã Especial O brilho da noite, estrelas negras do nosso Brasil Edilson de Oliveira, Guerreiro, Cadino, Marcelo Botelho, Sena
2016 3º lugar Especial Aquarela Edilson de Oliveira
2017 Campeã Especial O jogo já começou: a Vila se lança para a sorte Claudinho Tasso
2018 8º lugar Especial A Caixa de Surpresas se abriu e a Vila quer te perguntar: do que você tem medo? Claudinho Tasso
2019 6º lugar Especial No voô da Águia, uma linda perola a se contemplar: Ladário, de belezas raras e povo altaneiros, onde o cancioneiro do Brasil inteiro vem se inspirar Claudinho Tasso
2020 4º Lugar Especial A Vila Vem Mostrar a Natureza (Reedição do Samba de 1983) Kiro Panovitch


Referências

  1. a b Gilson de Carvalho, para o MS Notícias. «À beira da perfeição, Império é bi no Carnaval de Corumbá». Consultado em 16 de novembro de 2010 
  2. a b c Camila Cavalcante, para o DIÁRIONLINE (19 de Janeiro de 2012). «Vila Mamona vai contar 30 anos de história na Avenida». Consultado em 23 de Janeiro de 2012 
  3. «Vila Mamona cantou parabéns por trajetória de 4 décadas no carnaval de Corumbá - Diário Corumbaense». www.diarionline.com.br. Consultado em 8 de agosto de 2022 
  4. Ensaio Geral (16 de janeiro de 2010). «Escola Vila Mamona se prepara para carnaval de Corumbá». Consultado em 16 de novembro de 2010