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Cléo Agbeni Martins, nascida Cleofe de Oliveira Martins (São Paulo, 11 de junho de 1956 - ) é escritora, romancista brasileira, Agbeni Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá, Iya Agan no Culto aos egunguns e iyalorixá do Ilê Axé Asiwaju situado em Santana do Parnaíba.

História[editar | editar código-fonte]

Filha de Oyá e Ogum foi iniciada na religião dos Orixás (Candomblé) nos anos 1970 pela falecida ebomi Eunice de Xangô da Casa Branca do Engenho Velho: Obá Sanhá. Completou sua iniciação religiosa inicialmente com Mãe Xagui, filha de Mãe Bada de Oxalá, a sucessora imediata de Mãe Aninha: a fundadora do Ilê Axé Opô Afonjá e, posteriormente, com Mãe Stella de Oxóssi, a quinta iyalorixá.

Por mais de vinte anos viveu o dia-a-dia do referido terreiro, participando de perto de iniciações e todo tipo de eventos religiosos e culturais, a exemplo do Alaiandê Xirê, o festival de sacerdotes-músicos das diferentes nações do candomblé, criado e organizado por Cléo Martins em conjunto com o sacerdote e pesquisador Roberval Marinho.

É a primeira Agbeni Xangô do Ilê Axé Opô Afonjá (e do Brasil) confirmada aos dois de maio de 1990: dia do 65º aniversário natalício de Mãe Stella. Agbeni significa "aquela que divide a mesma causa" e, também, a que "fala" por Xangô e veicula seu axé, vez que "Agbeni" corresponde a orobô ou Orogbo (Garcinia kola), a principal fruta oracular do culto do referido orixá, o padroeiro do Axé Opô Afonjá. O referido oiê (cargo) foi introduzido no Brasil por Mãe Stella de Oxossi. Hoje em dia é adotado em muitas comunidades religiosas.

Cléo Martins participa de seminários e profere conferências no Brasil e exterior sob a religião dos Orixás e cultura, a exemplo da Conferência Mundial Contra o Racismo, Xenofobia e Intolerâncias correlatas em Durban (2001) [1] tendo sido a pioneira a escrever na coluna "Religião", assinando como Agbeni Xangô [2], a partir de junho de 2003, no jornal A Tarde, tarefa que levou a cabo até 2009.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • E daí aconteceu o encanto, em co-autoria com Mãe Stella de Oxóssi [3]- edição das autoras, 1988.
  • Faraimará: O Caçador traz alegria: Mãe Stella, 60 anos de iniciação- em parceria com Raul Lody - Pallas, 1999, ISBN 9788534702010
  • Euá a Senhora das Possibilidades, Pallas, 2001, ISBN 8534702497
  • Iroco o Orixá da Árvore e à Árvore Orixá, (com Roberval Marinho), Pallas, 2002, ISBN 8534702098
  • Obá a amazona belicosa, Pallas, 2002, ISBN 853470256X
  • Ao Sabor de Oia (romance), Pallas, 2003, ISBN 8534703666
  • Lineamentos da Religião dos Orixás - Memórias de Ternura" (artigos compilados- participação especial de Mãe Stella) Alaiandê Xirê, 2004-ISBN 8590467813.
  • Nanã - a senhora dos primórdios, Pallas, 2008, ISBN 9788534704069
  • A Cruz, a espada e o agogô", Metanoia Editora do RJ, 2016.ISBN 978-85-9475-0006-8
  • Sangue Verde. O Encanto das Folhas. (Em parceria com Ed Machado). Metanoia Editora do RJ, 2016. ISBN 9788594750105
  • As Ayabás do Rei (romance) Metanóia Editora, Rio de Janeiro, 2017. ISBN 9788594750242
  • Garibaldi, o Gaúcho Vendedor: Causos, Anjos e Peleias, 2018. Metanoia Editora, 2018. ISBN 9788594750518
  • O tempo de Xangô é agora e para sempre, 2019. Metanoia Editora do RJ . ISBN 9788594750778.

Roteiros cinematográficos[editar | editar código-fonte]

É autora dos roteiros:

  • A cidade das mulheres - longa metragem - 2005 - X Filmes da Bahia: prêmio Tatu de Ouro e BNDS (2005)
  • Orixás da Bahia - série - 2000 - X Filmes da Bahia: produção para o Jornal "O Correio da Bahia"
  • O guerreiro matreiro- curta metragem - 2001 -X Filmes da Bahia
  • Correnteza da tradição - curta metragem - 2001 - X Filmes da Bahia
  • A história da tradição é a tradição da história - X Filmes da Bahia - 2002.

Referências

[1] [2] [3] [4] [5] [6]

  1. https://www.metanoiaeditora.com/autores/detalhes/autor-32
  2. https://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1251839-cleo-martins
  3. https://brazil.unfpa.org/pt-br/publications/declaracao-de-durban
  4. https://inzotumbansi.org/2016/02/05/artista-visual-alemao-e-cientista-social-brasileiro-visita-terreiro-de-candomble-congo-angola-paulista/
  5. Oliveira, Rosenilton Silva de. A cor da fé: "identidade negra" e religião. Doutorado. USP, 2017, pp. 53-66
  6. Passos, Marlon Marcos Vieira. Oyá-Bethânia: Os mitos de um orixá nos ritos de uma estrela. Mestrado. UFBA, 2008.