Usuário(a):Alchimista/artigo3

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Denomina-se por buraco do ozono uma redução substancial da espessura da camada de ozono ao nível da Ozonosfera, em especial nas regiões polares, durante o período da primavera, sendo que durante o verão ocorre uma reposição dos níveis de ozono, aumentando assim espessura e concentração da camada de ozono[1].

Esta redução significativa foi detectada nos anos 80, sendo que na Antárctida chega a atingir os 70%, e no Árctico cerca de 30%. Reduções menos significativas podem ser encontradas um pouco pelo resto do globo terrestre, embora tenha-se recentemente descoberto que o hemisfério Norte encontra-se particularmente sensível à redução da camada do ozono[2].

A comunidade cientifica atribuiu as causas do fenómeno ao aumento das concentrações de cloro e bromo na estratosfera devido a emissões antropogénicas de compostos clorofluorcarbonetos (CFCs), sendo que em 1995, o mexicano Mario J. Molina é o primeiro cientista a demonstrar esta teoria, recebendo o Prémio Nobel em Química[3].

Em Setembro de 1987 um número de países assinaram o Protocolo de Montreal, comprometendo-se a reduzir para metade a produção de CFC's ao longo de um período de 10 anos. Apesar destas medidas, o buraco de ozono continua num ciclo de aparecimento e desaparecimento, de acordo com a teoria de Dobson[4].

Uma vez que a camada de ozono actua como filtro para a radiação ultravioleta, reduzindo a radiação UV em cerca de 90%, com a redução da camada,os níveis de radiação podem ser prejudiciais para a pele humana, causando lesões como melanomas, uma inibição parcial da fotossíntese das plantas e destruir importantes fracções do fitoplâncton que constitui a base da cadeia alimentar marinha[5][6].


Ciclo do Ozono[editar | editar código-fonte]

Ciclo do ozono.

Na estratosfera, o ozono é formado por foto-dissociação das moléculas de oxigénio, que ao absorver um fotão ultravioleta com comprimento de onda inferior a 240 nm originam dois átomos de oxigénio. De seguida, este oxigénio atómico combina-se com o O2, formando assim O3.

As moléculas de ozono absorvem luz UV entre os 310 e os 200 nm, dando origem a um átomo de O e uma molécula de O2. De seguida, o átomo de oxigénio junta-se com uma molécula de oxigénio para regenerar ozono. Este é um processo contínuo, que termina quando um átomo de oxigénio "recombina" com uma molécula de ozono fazer duas moléculas O2:

O + O3 2 O2

O balanço global de ozono na estratosfera é determinado por um equilíbrio entre a produção fotoquímica e recombinação.

O equilíbrio destas reacções fotoquímicas é facilmente perturbadas por moléculas que podem interferir como compostos com cloro, bromo e óxidos de azoto produzidos pelo homem, sendo os CFC's considerados um dos principais responsáveis pela destruição do ozono.

Grande parte das moléculas de HO e NO estão naturalmente presentes na estratosfera, mas a actividade humana, especialmente as emissões dos clorofluorcarbonos (CFCs) e os halogéneos, aumentou a quantidade de Cl e Br. Cada átomo de Cl ou Br pode catalisar dezenas de milhares de reacções de decomposição antes de serem removidos da atmosfera[7].

links[editar | editar código-fonte]

http://www.oceanario.pt/cms/1273/ http://www.nature.com/news/2007/070924/full/449382a.html http://pubs.acs.org/doi/abs/10.1021/jp067660w http://www.wmo.int/pages/publications/bulletin_dev_en/int_Crutzen_en.html http://www.epa.gov/ozone/strathome.html http://www.epa.gov/ozone/science/indicat/index.html http://www.ozonelayer.noaa.gov/science/ozhole.htm http://www.epa.gov/ozone/science/resources.html http://www.epa.gov/ozone/science/process.html http://www.ff.up.pt/toxicologia/monografias/ano0506/ozono/ecologia.htm http://ciencias3c.cvg.com.pt/ozono.htm http://www.atmosphere.mpg.de/enid/b_sico/2__O_buraco_do_ozono_2nn.html

Referências

  1. «The Ozone Hole Tour : Part I. The History of the Ozone Hole.». www.atm.ch.cam.ac.uk. Consultado em 11 de junho de 2009 
  2. «The Ozone Hole Tour : Part III. The Science of the Ozone Hole». www.atm.ch.cam.ac.uk. Consultado em 11 de junho de 2009 
  3. «Mario J. Molina - Nobel Lecture». nobelprize.org. Consultado em 11 de junho de 2009 
  4. Newman, P. A., Nash, E. R., Kawa, S. R., Montzka, S. A. and Schauffler, S. M (2006). «When will the Antarctic ozone hole recover?». Geophysical Research Letters. 33: L12814. doi:10.1029/2005GL025232 
  5. «Oceanário - Buraco de Ozono». www.oceanario.pt. Consultado em 11 de junho de 2009 
  6. «ecologia». www.ff.up.pt. Consultado em 11 de junho de 2009 
  7. «Bulletin - The journal of the World Meteorological Organization». www.wmo.int. Consultado em 11 de junho de 2009