Usuário(a):Alexandre Castagna/Testes
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Ecólogo é a designação do profissional que desenvolve atividades de pesquisa, avaliação, monitoramento, restauração, gestão ou ensino nas áreas de ecologia e meio ambiente. É uma profissão de natureza multidisciplinar, envolvendo conhecimentos das demais áreas da biologia, das Ciências da Terra, da química e das Ciências Humanas, empregados para solucionar questões nos diferentes níveis de organização ecológica (organismos, populações, comunidades e ecossistemas).
Atividade profissional[editar | editar código-fonte]
Cursos de Graduação[editar | editar código-fonte]
As seguintes instituições oferecem titulação reconhecida pelo Ministério de Educação de Bacharel em Ecologia ou Bacharel em Ciências Biológicas Modalidade Ecologia:[1]
Universidade | Curso | Titulação |
Centro Universitário de Belo Horizonte | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Universidade Católica de Pelotas | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Universidade Estadual Paulista | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Universidade Federal da Integração Latino-Americana | Ciências Biológicas - Ecologia e Diversidade | Bacharel em Ciências Biológicas |
Universidade Federal da Paraíba | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Universidade Federal de Goiás | Ecologia e Análise Ambiental | Bacharel em Ecologia |
Universidade Federal de Sergipe | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Universidade Federal do Rio de Janeiro | Ciências Biológicas - Ecologia | Bacharel em Ciências Biológicas |
Universidade Federal Rural do Semi-Árido | Ecologia | Bacharel em Ecologia |
Associações profissionais[editar | editar código-fonte]
A Associação Brasileira de Ecólogos, fundada em 1991, é uma entidade civil pública que busca congregar bacharéis em ecologia no país para articulação de reinvidicações profissionais, sendo sua principal bandeira a regulamentação da profissão de ecólogo.
Cadastro ocupacional[editar | editar código-fonte]
A profissão de ecólogo é listada sobre os códigos 2131 ("Biólogos, botânicos, zoólogos e afins") e 2133 ("Profissionais da proteção do meio ambiente") na Classificação Internacional Uniforme de Ocupações 2008 (CIUO-2008), promovida pela Organização Internacional do Trabalho.[2]
No Brasil, a profissão é listada sob o código 2030-05 na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), como sinônimo de Pesquisador em biologia ambiental.[3] Está incluída nos profissionais da família 2030, Pesquisadores das ciências biológicas, que desenvolvem:
- (...) atividades de pesquisa em ciências biológicas, elaboram projetos, coordenam equipes, coletam, tratam e analisam material biológico, dados e informações, geram conhecimentos, métodos e técnicas e divulgam resultados de pesquisa. Podem prestar serviços de assessoria e consultoria técnica e científica, como também podem dar aulas, planejar cursos e eventos científicos.[3]
Apesar da CBO listar diversas características da família à qual uma profissão está ligada, como formação, experiência, condições de exercício, atividades e recursos de trabalho, a listagem tem fins classificatórios, sem função de regulamentação profissional.[4]
Regulamentação profissional[editar | editar código-fonte]
A existência de uma regulamentação profissional específica, na forma de lei, não é necessária para a realização da atividade profissional no Brasil. No entanto, esta regulamentação é uma ferramenta importante de proteção da sociedade no caso de profissões em que seu exercício incorreto possa acerretar em riscos pessoais e coletivos (e.g., medicina e engenharia). A criação de regulamentação especifica para profissões que não incorrem nesses riscos é tema controverso, muitas vezes sendo caracterizado como simples "reserva de mercado".[5]Apesar de a atuação na área ambiental poder incutir em riscos ou danos, o campo é marcado pela participação de diferentes profissões e a ecologia não possui um curriculo unificado que permita habilitar todos os graduandos para as mesmas atividades profissionais. Esses fatores dificultaram até o momento a designação de exclusividade em uma atividade ambinental à qualquer profissão ou a regulamentação destas atividades por um único conselho.
A primeira proposta para a regulamentação da profissão de ecólogo no Brasil foi apresentada no Projeto de Lei 591/2003, de autoria do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP). Apesar da justificativa para apresentação da proposta ser a necessidade de profissionais com formação específica em ecologia para "(...) a proteção da vida, da saúde e para a garantia da qualidade de vida para as presentes e futuras gerações", o projeto não lista nenhuma atividade que seja atribuição exclusiva do ecólogo.[6] A proposta foi aprovada em 2006 na Câmara dos Deputados, mas sofreu veto presidencial em 2008 devido à manifestação contrária pelo Ministério do Trabalho e Emprego, cuja fundamentação foi duramente criticada pela Associação Brasileira de Ecólogos.[7]
Uma nova proposta de regulamentação, de autoria do mesmo deputado, foi apresentada em 2008, o Projeto de Lei 3.809/2008. A redação final do PL 3.809/2008, aprovado na Câmara em 2013, é similar à do PL 591/2003, sendo porém mais clara que nenhuma das atribuições do ecólogo é exclusiva.[8]O projeto aguarda manifestação do Senado. Caso a regulamentação seja sancionada, apesnas profissionais com Bacharelado em Ecologia poderão exercer cargo de ecólogo. No entanto, as mesmas atividades profissionais podem ser desenvolvidas por outros cargos da área ambiental.
Dificuldades e Limitações[editar | editar código-fonte]
A aplicação de guilda a espécies não é apropriado para espécies em que existem diferenças na ecologia entre os sexos.[9] Em mosquitos, por exemplo, machos alimentam-se exclusivamente de seiva enquanto fêmeas também alimentam-se de sangue. Peixes do gênero Melanocetus apresentam um dimorfismo sexual bastante característico, onde as fêmeas são predadoras de vida livre, enquanto machos tem morfologia reduzida e são ectoparasitas das fêmeas.[10] Nestas espécies, sexos diferentes potencialmente pertencem à guildas diferentes mesmo pertencendo à mesma espécie. Casos mais complicados ocorrem quando mais de um ciclo de vida é possível. Os nemátodes do gênero Strongyloides possuem formas de vida livre (macho e fêmea) ou parasitas (fêmea), dependendo de condições ambientais e fatores genéticos.[11]
Guilda é um conceito que surgiu no campo de ecologia animal, com grande enfoque no recurso alimentar e no comportamento de forrageamento. Assim, a aplicação da definição de Root à organismos vegetais é dificultada porque diferenças em recursos utilizados e na forma de exploração são em geral menos claras.[12] Algumas exceções são guildas de plantas formadas com base em polinizadores ou dispersores de sementes, onde o recurso pode ser definido de forma clara (i.e., animal), e características morfológicas e fisiológicas da planta definem subgrupos de animais que podem executar a função.[12] Comunidade, comunidade biótica ou biocenose é uma assembléia de populações de diferentes espécies que co-ocorrem no espaço e no tempo, conectadas em uma rede de interações ecológicas.[13][14] O termo refere-se aos componentes bióticos dos ecossistemas, podendo ser definido em diferentes escalas, desde da comunidade de endosimbiontes de um determinada organismo até
É um nível hierárquico ecológico acima de populações, com propriedades próprias como riqueza de espécies, equabilidade e estabilidade.
Terminologia[editar | editar código-fonte]
A ecologia de comunidades aborda três principais agrupamentos de espécies:[15]
- Comunidades: Coleções de todas as populações de diferentes espécies que co-ocorrem em determinado local e tempo.[13]
- Taxa: Coleções de todas as espécies de determinada unidade taxonômica.[16][17]
- Guildas: Coleções de todas as espécies que consomem determinado recurso.[18]
Essas definições compreendem as três principais perpectivas na ecologia de comunidades: a geográfica, a filogenética e a de nicho. Termos mais específicos surgem da interseção destas perspectivas, como:[15]
- Assembléias: Conjuntos de todas as populações de determinado táxon dentro de uma comunidade.
- Guildas locais: Conjuntos das populações das espécies que partilham recursos dentro de uma comunidade.[18]
- Sinúsias: Conjuntos de populações de determinado táxon que partilham recursos dentro de uma comunidade.[19]
Referências
- ↑ Ministério do Trabalho e Emprego. «Instituições de Educação Superior e Cursos Cadastrados». Consultado em 24 de Janeiro de 2015
- ↑ Organização Internacional do Trabalho (dezembro de 2007). Resolución sobre la actualización de la Clasificación Internacional Uniforme de Ocupaciones (PDF) (em espanhol)
- ↑ a b Brasil. Ministério do Trabalho e Emprego (outubro de 2002). Portaria nº 397/2002 - Aprova a Classificação Brasileira de Ocupações - CBO/2002, para uso em todo território nacional e autoriza a sua publicação.
- ↑ Ministério do Trabalho e Emprego. «Informações Gerais». Consultado em 24 de Janeiro de 2015
- ↑ Pastori, José (03 de agosto de 1999). Reservas de mercados de trabalho. O Estado de São Paulo Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Antonio Carlos Mendes Thame (2003). Projeto de Lei, nº 591 de 2003 (DOC). [S.l.]: Câmara dos Deputados
- ↑ Regina Céli Assumpção (01 de outubro de 2008). «Associação de ecólogos critica veto ao projeto». Consultado em 24 de Janeiro de 2015 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Antonio Carlos Mendes Thame (2013). Projeto de Lei, nº 3.809 de 2008 (PDF). [S.l.]: Câmara dos Deputados
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
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inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeHawkins_1989
- ↑ Regan, C. T (fevereiro de 1925). Dwarfed Males Parasitic on the Females in Oceanic Angler-Fishes (Pediculati Ceratioidea). Proceedings of the Royal Society of London. Series B (em inglês). 97 (664): 386-400. ISSN 0950-1193. doi:10.1098/rspb.1925.0006
- ↑ Yamada, M.; Matsuda, S.; Nakazawa, M.; Arizono, N (agosto de 1991). Species-Specific Differences in Heterogonic Development of Serially Transferred Free-Living Generations of Strongyloides planiceps and Strongyloides stercoralis. The Journal of Parasitology (em inglês). 77 (4): 592-594. ISSN 1937-2345. doi:10.2307/3283165
- ↑ a b Erro de citação: Etiqueta
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inválida; não foi fornecido texto para as refs de nomeSimberloff_1991
- ↑ a b Begon, Michael; Townsend, Colin R.; Harper, John L (2007). Ecologia. De indivíduos a ecossistemas 4 ed. Porto Alegre: Artmed. 752 páginas. ISBN 978-85-363-0884-5 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido|notaspuborig=
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) sugerido (ajuda) - ↑ Odum, Eugene P (1988). Ecologia 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan S.A. 434 páginas. ISBN 85-201-0249-2 Parâmetro desconhecido
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ignorado (ajuda); Parâmetro desconhecido|notaspuborig=
ignorado (|notas=
) sugerido (ajuda) - ↑ a b J. E. Fauth, J.; Bernardo, M.; Camara, W. J.; Resetarits, Jr.; J. Van Buskirk; McCollum, S. A (fevereiro de 1996). Simplifying the Jargon of Community Ecology: A Conceptual Approach. Chicago: The University of Chicago Press. The American Naturalist (em inglês). 147 (2): 282-286. ISSN 0003-0147. doi:10.1086/285850
- ↑ Meyer, Adolf (1926). Logik der Morphologie im Rahmen einer Logik der gesamten Biologie (em alemão) 1 ed. Berlim: Verlag von Julius Springer. 290 páginas. ISBN 978-3-642-50733-5. doi:10.1007/978-3-642-50733-5
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