Usuário(a):Anaboacnin/Testes/Q62064730, Obra de arte

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A caboclinha
Anaboacnin/Testes/Q62064730, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1891
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 96 centímetro x 50 centímetro


A caboclinha é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1891.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

 A obra foi produzida com tinta a óleo, tela. Suas medidas são: 96 centímetros de altura e 50 centímetros de largura.[1]

Em primeiro plano, pode-se observar uma menina de cabelos escuros em pé e que está semi-nua, posicionada com um dos braços na horizontal cobrindo a região do umbigo e o outro se encontra verticalmente, em direção a sua cabeça, e que desta maneira, ela toca seu queixo delicadamente com seus dedos. Neste mesmo membro, é possível notar-se uma pulseira, formada por uma cor clara e dois detalhes que parecem ser em vermelho.

A menina apresenta-se apenas com sua parte inferior do corpo coberta por uma espécie de pano simples branco e marrom, que se assemelha a uma saia, que se estende até suas canelas. Já os pés estão expostos e descalças, são grandes e com uma aparência grosseira. Sua postura é não natural e rígida, além do mais, há uma sensação de insegurança passada através do seu olhar. Em segundo plano, há apenas um grande tecido, na cor vermelha, estendido por trás da menina que cobre todo o fundo da imagem.

Contexto[editar | editar código-fonte]

Durante muitos anos de sua carreia, Eliseu Visconti dedicou-se as pinturas de paisagens e cenas do cotidiano, referenciado pelo simbolismo, impressionismo e pós-impressionismo.

Ao relacionar a obra com a data em que foi produzida, percebe-se que a temática de nudismo era muito recorrente dentre os artistas da época. Pode-se observar que eventualmente este conteúdo influenciou Visconti, dando início a sua fase de pinturas de corpos nus.

Assim, o pintor começou a explorar a nudez de meninas ainda na fase da infância ou na puberdade. Iniciando os estudos sobre a anatomia dos seres humanos e suas diferenças, e por conta disso, passou a registrar a nudez em todas as fases da vida, desde a infância até a velhice, criando os corpos mais perfeitos aos mais disformes, com a intenção também de reproduzir, testar e criar novas técnicas artísticas.

Análise[editar | editar código-fonte]

A temática rural é perceptível nesta obra de Eliseu Visconti. Ao analisar a menina, é possível crer que ela seja de uma classe social mais baixa, provavelmente filha de uma criada, por conta do local ao qual ela está inserida e na maneira como se comporta e se veste.

Suas roupas são simples e mal-acabadas. Temos um destaque, principalmente, para os seus pés, que estão descalças e possuem uma aparência bruta, já que são grandes e simulam um possível inchaço. Ou seja, tudo indica que são pés de alguém que passa muito tempo andando e provavelmente trabalhando.

É um dos únicos nus do artista que não apresenta malícia ou erotismo, mesmo que ainda exista um certo desconforto no olhar da criança. O tecido apresentado ao fundo dá um destaque as outras cores que compõem o quadro, especialmente o vermelho vívido, que está constantemente presente nas obras de nudez realizadas pelo pintor.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

[1] https://eliseuvisconti.com.br/primeiros-tempos-1866-1892/

Categoria:Pinturas de 1891

Categoria:Pinturas de Eliseu Visconti

  1. «Primeiros Tempos – 1866-1892». Eliseu Visconti. Consultado em 25 de novembro de 2019