Usuário(a):Anderson Melício Silva/Testes

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[1]Contexto Histórico

Desde 1912 que se vinha a desenvolver a ideia de que seria da mais premente necessidade para a capital a construção de um grande hotel de luxo, dada a confrangedora e desprestigiando insuficiente, quer em quantidade, quer em qualidade, da sua capacidade hoteleira. Nos anos 30, um dos nossos mais conceituados hoteleiros, adquiriu a propriedade do Conde de Sabrosa, na Rotunda, para no local construir um grande hotel, iniciativa de que veio a desistir (…) acabando por vender o terreno as Companhias Reunidas de Gaz e Eletricidade. [2]

No entanto, na altura em que se pensa na grande exposição de 1940, a ideia começa a ganhar corpo. A exposição, apadrinhada por Salazar, traria a Portugal diversas personalidades que teriam de ficar dignamente hospedadas. [3]

Várias hipóteses foram equacionadas mas, por diversas razões sempre abandonadas. Em 1950, Salazar admite a necessidade de se construir “um grande hotel de primeira ordem em Lisboa” e faz mesmo que são de conduzir pessoalmente o projeto pois diz ser “essencial ver se os capitalistas” companhias de seguros, etc. se interessam pela construção de um edifício para o Hotel”. Em 1952, Pardal Monteiro será contactado por Manuel Queiroz Pereira, que dirigia a SODIM, Sociedade Financeira criada com o objetivo de contruir e explorar o futuro Hotel Ritz, para ajudar a selecionar o local para a implantação do futuro hotel. (Pardal Monteiro, João e Manuel, 2013, p.124) Logo em 1952, ainda antes da aquisição do terreno, Porfírio Pardal Monteiro inicia o projeto realizando um estudo prévio, ou esboceto, como refere na memória descritiva, no qual o hotel apresenta dois corpos, um paralelo a rua Marques de Subserra (perpendicular a rua Castilho) a norte do quarteirão escolhido e o outro curvo e perpendicular ao primeiro, desenvolvendo-se com vistas desafogadas da nascente ate quase a sul. Toda a concessão do hotel tem como premissa fundamental as vistas que os hóspedes poderiam desfrutar sobre o Parque Eduardo VII e a cidade. [4]

No decorrer desse ano de 1952 é feito um segundo estudo com dois corpos perpendiculares, um aproximadamente na posição onde o hotel foi construído e outro corpo paralelo a rua Marques de Subserra, perpendicular ao primeiro. A fachada desta versão de 1952 apresenta janelas sem varanda, uma fachada muito simples, nua e regular, apenas ritmada pelas janelas. Esta solução, embora menos arrojada do que a que foi construída, apresenta alguma influência de Le Corbusier em opções como o último piso recuado que remete a recém inaugurada unidade de habitação de Marselha do arquiteto franco-suíço, ou a forma da planta orgânica, lembrando a cobertura da Villa Savoye. A mesma forma orgânica que se encontra ao nível de embasamento, nas salas e restaurantes. [5]

A terceira versão de que temos conhecimento trata-se do anteprojeto de 1954. Sendo ainda constituída por dois corpos perpendiculares, como na versão anterior, perde, no entanto, os elementos orgânicos ganhando na fachada alguma riqueza de movimentos. Este último anteprojeto, numa faze bastante desenvolvida, enviado por Manuel Queiroz Pereira para os escritórios da cadeia Ritz em Paris. (Pardal Monteiro, 2013, p.125) Relata-nos António Pardal Monteiro que o arquiteto conselheiro da cadeia, de quem não se recorda do nome, terra “ficado desagradado com a solução” e que terra aconselhado a equipa portuguesa a desenvolver uma solução mais “moderna”, no seu entender mais arrojada. Isto apesar de as três primeiras versões apresentadas deverem ser apresentadas como modernas. [6]

No período entre o final de 1954 e o inicio de 1955, António Pardal Monteiro esta mais ligado ao desenvolvimento dos edifícios da Cidade Universitária, Biblioteca Nacional e Hotel Tivoli e será com Jorge Ferreira Chaves que Porfírio ira desenvolver em tempo recorde, uma nova solução para todo o hotel , esta já muito semelhante a que foi construída. Na equipa trabalharam ainda vários jovens arquitetos ou arquitetos estagiários, como Frederico Santana, Luiz Fernandes Pinto e Eduardo Medeiros. Erro de citação: Elemento de fecho </ref> em falta para o elemento <ref>

Esta última versão é constituída por um grande corpo (de quartos) paralelepípedos, assente em pilotis na zona sul e assente sobre o corpo das salas e salões, na zona norte. Os pilotis, no entanto, não vão diretamente ao solo pois “assentam” formalmente num podium ao nível da avenida Rodrigo da Fonseca.[7]

  1. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio.
  2. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio. pag.124
  3. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio. pag.124
  4. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio. pag.125
  5. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio. pag.126
  6. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio. pag.126
  7. joão Pardal Monteiro, Manuel Pardal Monteiro. (2013). Pardal Monteiro 1919-2012. Lisboa: Caleidoscópio. pag.126