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Modelo 4Is

O modelo 4Is é um conceito dentro do campo de estudo do comportamento organizacional, que visa trabalhar o processo de aprendizagem dentro das organizações baseando-se na análise e entendimento do indivíduo, dos grupos e da organização. O modelo permite a compreensão desses três níveis (indivíduo, grupo e organização) pelos processos de intuição, interpretação, integração e institucionalização. A intuição e a interpretação ocorrem no nível individual; interpretação e integração no nível dos grupos; e integração e institucionalização acontecem no nível organizacional.

Começando no nível do indivíduo, o processo de intuição ocorre por três elementos: "capacidade para obter conhecimento ou compreensão sem interferência de pensamento racional ou inferência lógica; não é o oposto de racionalidade nem um processo aleatório de “guessing”, intuição condiz a pensamentos, conclusões ou escolhas produzidas por processos mentais não conscientes; julgamentos por meio de associações não conscientes e holísticas". Já no âmbito do grupo, a interpretação resulta do uso de linguagem, mapa cognitivo e conversação e diálogo, a integração. O processo que estabelece um plano de tarefas, de atividades, de estrutura, com o propósito de garantir a execução de determinadas ações, diz respeito a institucionalização. Para tal, é abordado e observado os sistemas, estruturas, rotinas e procedimentos.

Visão Geral

Desenvolvido por Mary Crossan, Henry Lane e Roderick White, em um artigo publicado em 1999, a proposta dos 4Is é analisar e compreender o processo de aquisição de conhecimento empresarial nos seus três diferentes níveis: o individual, o grupo e a organização. Para a construção deste modelo sobre o comportamento, é fundamental observar as informações geradas por feedbacks (resposta a um estímulo) e feedforwards (aprender com o futuro).

A sigla 4Is representa os quatro elementos sociais que são propostos no modelo: intuição, interpretação, integração e institucionalização.

A intuição corresponde a pensamentos, conclusões ou escolhas produzidas por processos mentais não conscientes, ou seja, algo intrínseco ao indivíduo. A interpretação também é um processo de aprendizagem no âmbito individual, porém é mais benéfico se realizado de maneira interativa. A integração é o resultado da ação compartilhada e do diálogo entre os indivíduos, desta maneira o foco deste elemento é o grupo. Por fim, a nível organizacional, a institucionalização diz respeito as ações e tarefas realizadas com o intuito de disseminar o conhecimento por todas as esferas da organização.

Então, de forma integrada, o indivíduo, por percepções, consegue deduzir a respeito de novas situações. Esta intuição acarretará novos resultados que o grupo interpretará e integrará a si, sem que, para tal, tenha sido necessária a comunicação e a compreensão do indivíduo pelo grupo. Por esse prisma, é preciso que as barreiras sejam mínimas, para facilitar a troca de conhecimento da pessoa para seu respectivo grupo. Por fim, para que a organização torne isto algo pertencente à empresa, independente de seus funcionários, é necessário que as rotinas anteriormente estabelecidas gerem resultados concretos e isto seja formalizado pela organização. Desta forma, ajudando na formação de novos líderes que sabem escutar os conhecimentos de cada indivíduo de sua equipe e agregar a companhia, melhorando a competitividade e aumentando a longevidade da instituição.

Referências

http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/96959

BITENCOURT, Claudia. Gestão contemporânea de pessoas: novas práticas, conceitos tradicionais. Bookman, 2010

dos Santos, Tays Andresa Guimarães, and Thiago Henrique Almino Francisco. "UMA VISÃO SOB A ÓTICA DO FRAMEWORK DOS 4IS SOBRE A APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E A FORMAÇÃO DE LIDERANÇAS." Anais do Workshop de Administração. Vol. 1. 2017.