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Ishiro Nagami (São Paulo, 1941 - São Paulo, 4 de Setembro de 1969) foi um professor no curso pré-vestibular, Equipe, e militante da Associação Nacional Libertadora (ANL)[1].Filho de Keizo Nagami e Kikue Nagami[2] , dividiu apartamento com seu companheiro de trabalho, Shuji Kosek, que não tinha conhecimento de sua ligação com a ANL e acabou sofrendo repreesão devido ao envolvimento do colega [3]. Ishiro Nagami consta na lista de mortos e desaparecidos políticos durante o período do Regime militar no Brasil, mas teve seu processo indefirido por sua morte não ter sido considerada responsabilidade de agentes do Estado nem sido causada por consequência de repressão política[4].

Morte

Nagami morreu no dia 4 de Setembro de 1969, às 5:45h na Rua da Consolação, esquina com a Maria Antônia[5], em São Paulo. O professor transportava uma bomba em seu Volkswagen azul, de placa 44-52-75, e dirigia acompanhado por Sérgio Roberto Correa, quando uma explosão acidental ocorreu. Ishiro Nagami teve seu corpo arremessado para fora do veículo e pode ser reconhecido, já o reconhecimento do corpo de Sérgio Roberto Correa levou anos para ser realizado devido aos ferimentos sofridos na explosão[6]. Segundo documentos dos orgãos de segurança do regime militar, Ishiro atuava sob o codinome Charles e teria ligações com José Wilson Lessa Sabag e Otávio Ângelo, militantes da ALN. Após a explosão, policiais localizaram o endereço de Ishiro e foram à Rua Jaguaribe, onde prenderam os professores Francisco Roberto Savioni e Suziko Seki, ambos do cursinho Equipe. Também foram apreendidos cartuchos de dinamite em sua residência[7]. Especulava-se que a bomba seria utilizada em um atentado contra o edíficio sede da Nestlé, que ficava próximo do local do acidente. O corpo de Ishiro Nagami foi enterrado por sua família no cemíterio de guarulhos, São Paulo.

Referências