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Paulo Guerra Tavares
Nome completo Paulo Guerra Tavares
Nascimento 22 de agosto de 1937
Sapucaia, Brasil
Morte 29 de maio de 1972 (34 anos)
São Paulo, Brasil
Nacionalidade Brasil brasileiro
Cônjuge Sueli Madeira Guerra Tavares
Filho(a)(s) Gisele, Paulo e André Del Piño Guerra Tavares
Ocupação 3º Sargento Paraquedista, militante

Paulo Guerra Tavares (Sapucaia, 22 de agosto de 1937São Paulo, 29 de maio de 1972) foi 3º Sargento Instrutor de Paraquedismo no Exército Brasileiro e militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR)[1]. Foi considerado desaparecido e morto em razão de sua participação em grupos de resistência à Ditadura Militar no Brasil.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Paulo Guerra Tavares nasceu em 22 de agosto de 1937 na cidade de Sapucaia, no Rio de Janeiro. Filho de Antônio Tavares Dias e Maria Del Piño Guerra, entrou para o Exército Brasileiro e ascendeu até a posição de 3º Sargento, sendo responsável pelas instruções de Paraquedismo da instituição. Não existem muitos dados disponíveis sobre sua trajetória, o que se sabe é que Guerra Tavares abdicou de seu cargo militar durante a década de 60 para integrar a VPR, organização em que permaneceu atuante até a data de seu assassinato, em 29 de maio de 1972 na cidade de São Paulo. [2]


Trajetória Política[editar | editar código-fonte]

Paulo Guerra era 3° Sargento paraquedista do Exército Brasileiro e atuava em João Pessoa (PB) quando, em 1° de Abril de 1964 foi dado um golpe de Estado pelo Exército Brasileiro, instaurando a Ditadura Militar. Contrário ao Golpe e temendo a prisão, Guerra Tavares abandonou o Exército em Julho de 1964, sendo considerado um desertor pela instituição. Após o fato, ele mudou-se para o Uruguai em busca de asilo político, mesmo local onde entrou em contato com outros asilados como Leonel Brizola. Poucos meses depois, sua esposa Sueli Madeira Guerra Tavares viajou com os três filhos do casal para se juntar ao ex-militar no Uruguai.


Retornou ao Brasil de forma clandestina em 1965, sob a identidade fictícia de João Paulo Martins, instalando-se na cidade Paranaense de Pau D’Alho. Sob a mesma falsa identidade, Paulo Guerra Tavares desenvolveu atividades de militância em Londrina, Rolândia, Ubiratã, Arapongas, Cascavel e Foz do Iguaçu. [3]


Mudou-se novamente para o Rio de Janeiro (RJ) em 1969 e, utilizando o pseudônimo de “Sargento Guerra”, militou ao lado de Almir Dutton Ferreira e Liszit Benjamin Vieira, também integrantes da VPR.

Morte[editar | editar código-fonte]

No ano de 1972 Guerra Tavares voltou para São Paulo por motivos desconhecidos (especula-se que para atividades relacionadas à militância) e, em 29 de maio do mesmo ano foi executado a tiros na esquina da avenida Sumaré com a rua Caiubi, em São Paulo. Sobre o assassinato, o jornal Notícias Populares do dia seguinte divulgou que ele teria sido morto com tiros à queima roupa disparados por quatro homens em um carro.


O corpo de Paulo Guerra Tavares foi enterrado no Cemitério São Pedro em São Paulo (SP) ainda com a falsa identidade de João Paulo Martins. O posterior reconhecimento do corpo foi feito pelo irmão Isaac Tavares Dias.


Na época, o caso foi investigado pelo DOPS e o relatório saiu dia 18 de Junho de 1973, assinado pelo investigador Amado Navarro Parra, mas nenhum dado em relação à morte de Tavares foi divulgado.

Notícias Recentes[editar | editar código-fonte]

No dia 02/12/13 a Comissão Estadual da Verdade Rubens Paiva ( Comissão da Verdade ), organizada pela Assembleia legislativa ouviu o depoimento de Giselle Del Piño Guerra Tavares, filha de Paulo Guerra Tavares, durante os trabalhos de investigação sobre as mortes e desaparecimentos durante o período ditatorial brasileiro.. [4]

A investigação do caso de Paulo Guerra Tavares foi reaberta junto com outras dezenas de casos de mortos, desaparecidos e torturados durante a ditadura brasileira, graças aos trabalhos da Comissão da Verdade, encarregada de investigar crimes como esse.

Apesar da reunião realizada em 12 de dezembro de 2013, o presidente da Comissão da Verdade Adriano Diogo afirma que ainda é necessário reunir mais depoimentos para a elaboração de um relatório conclusivo sobre o caso. [5]

Ver também[editar | editar código-fonte]


Referências