Usuário(a):Bmottamello/Testes

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{{Info/Biografia

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|nome                 = Maria Regina Marcondes Pinto
|imagem               = {{subst:image license|1=File:Maria Regina Marcondes Pinto.jpg}}Bmottamello (discussão) 21h13min de 15 de junho de 2014 (UTC)
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|nascimento_data      = 17 de julho de 1946
|nascimento_local     = Cruzeiro|São Paulo, Brasil
|morte_data           = 10 de abril de 1976 (29 anos)
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|nacionalidade        = Brasil brasileira
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Maria Regina Marcondes Pinto (Cruzeiro, 17 de julho de 1946 — desaparecimento:Buenos Aires, 10 de abril de 1976)[1] foi professora e guerrilheira brasileira, militante do Partido Operário Comunista e do Movimiento de Izquierda Revolucionaria(MIR), sequestrada na Argentina pelas forças repressivas da Operação Condor, ao lado de Edgardo Enriquez, médico e filho do Ministro da Educação do Governo de Salvador Allende.[2]

O destino de Maria Regina ainda é controverso. O sequestro e prisão da militante são atestados por relatórios do Ministério da Marinha e do Exército brasileiros. Depois de seu desaparecimento, o sociólogo Emir Sader, companheiro de Marcondes Pinto, recebeu falsas informações de que ela teria sido internada em uma clínica psiquiátrica no centro de Santiago, no Chile, por uma pessoa de nome Eduardo Allende. [3] De acordo com o cônjuge, a instituição sequer existia.[4]

Há também a versão do ex-militar argentino Claudio Vallejos, do Serviço de Informação Naval, que, em entrevista para a revista Senhor (nº270, de 20 de maio de 1986), afirmou que ela teria sido "torturada, assassinada e jogada ao mar", ao lado dos brasileiros Sidney Fix Marques dos Santos, Luiz Renato do Lago Faria, Norma Espíndola, Roberto Rascado Rodrigues e Francisco Tenório Jr.[5]

Desaparecimento[editar | editar código-fonte]

Segundo depoimento de Sader para 101ª audiência pública da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva, ele e a companheira deixaram o Brasil em 1969, por que ele, então professor da Universidade de São Paulo, estava sendo perseguido pela ditadura militar. O casal ficou em Paris, na França, durante seis meses. Depois disso, eles se dirigiram para Santiago, no Chile, onde se filiaram ao Movimiento de Izquierda Revolucionaria. [2] Durante esse período, Maria Regina voltou a cidade de São Paulo cerca de quatro vezes para visitar a família. [6]

Maria Regina e Sader mudaram-se para Buenos Aires, na Argentina, no dia 11 de setembro de 1973, logo depois da queda de Salvador Allende. Nessa capital, ela trabalhou como professora de português na Escuela Berlitz. No dia 10 de abril de 1976, a militante foi sequestrada ao se encontrar com Edgardo Enriquez, que acabara de sair de uma reunião da Junta Coordenadora Revolucionária do MIR. Sader ficou sabendo da prisão de sua companheira quando viajava a Paris. A notícia foi veiculada em jornais europeus. Ele também foi avisado que os militares ficaram instalados por dois dias em seu apartamento.<ref name=":5">

Um mês depois do desaparecimento de Maria Regina Marcondes Pinto, o Comitê Francês de Apoio à Luta do Povo Argentino indicou que ela e o Enriquez teriam sido encaminhados ao Governo de Augusto Pinochet.<ref name=":6"> Os nomes dos militantes aparecem novamente entre as vítimas da Operação Condor em 1998, no julgamento do ditador chileno.<ref name=":5"> Na época, o juiz Baltasar Garzón, responsável por emitir a ordem de prisão ao ex-presidente, convidou Sader a depor.<ref name=":4">

Em 2005, o corpo de Edgardo Enriquez foi identificado como o de um homem mprto em um tiroteio na capital argentina, em 10 de abril de 1976.<ref name=":6"> O fato não contribuiu para elucidar o desaparecimento de Maria Regina.

Memorial[editar | editar código-fonte]

A Secretaria dos Direitos Humanos, vinculada ao Ministério da Justiça, Segurança e Direitos Humanos da Argentina, reconheceu a responsabilidade pelo sumiço de Maria Regina Marcondes Pinto. O nome dela foi incluído no monumento às vítimas da ditadura, localizado no Parque da Memória, em Buenos Aires.<ref name=":6">

Na cidade de São Paulo, a militante também ganhou uma homenagem póstuma. Seu nome foi dado a uma rua no bairro de São João, na Zona Norte.<ref name=":2">

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências


Categoria:Anos de chumbo (Brasil) Categoria:Ativistas do Brasil Categoria:Operação Condor Categoria:Naturais de Cruzeiro Categoria:Opositores da ditadura militar no Brasil (1964-1985) Categoria:Mortos e desaparecidos políticos na ditadura militar brasileira