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Destino em Apuros
Destino em Apuros (BRA)
 Brasil

1953 •  cor •  87 min 
Género comédia
Direção Ernesto Remani
Produção Mário Civelli
Roteiro Mário Civelli, Jacques Maret, Sérgio Brito
Elenco Hélio Souto
Paulo Autran
Beatriz Consuelo
Inezita Barroso
Waldemar Seyssel
Jaime Barcellos
Lídia Vani
Paulo Goulart
Elísio de Albuquerque
Música Francisco Mignone
Cinematografia H. B. Corell
Direção de arte Franco Cenni
Edição Gino Talamo; Francisco Mignone
Companhia produtora Multifilmes
Distribuição U.C.B. - União Cinematográfica Brasileira S.A.
Lançamento Brasil 15 de Outubro de 1953
Idioma português
Orçamento Cr$ 5,000,000

Destino em Apuros é um filme de comédia brasileiro lançado em 15 de Outubro de 1953, e dirigido por Ernesto Remani[1]. Foi o primeiro longa metragem com cenas coloridas, e foi o responsável por introduzir os filmes coloridos no Brasil[2]. Os negativos em cores precisaram ser revelados nos Estados Unidos, o que resultou em um orçamento muito maior do que o previsto para o filme. Não obteve um bom retorno de bilheteria, não conseguindo recuperar o dinheiro investido, fazendo com que a produtora Multifilmes S.A. se endividasse e fechasse as portas alguns anos após a estréia do filme.


Apesar disso, trouxe em seu elenco atores que mais tarde despontaram no teatro, cinema e na televisão, como Paulo Goulart, Hélio Souto e Inezita Barroso.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

O filme se aventura pelo terreno sobrenatural, apresentando o Destino simbolizado por uma figura humana como outra qualquer, mas que possui hábitos estranhos. Um dia esta pessoa comete um engano, confundindo duas vidas, surgindo então grandes complicações.<ref>http://www.cinedica.com.br/Filme-Destino-Em-Apuros-23767.php| Acesso: 22 de Junho de 2015.</ref>

Produção[editar | editar código-fonte]

Foi gravado em São Paulo, nos estúdios da produtora Multifilmes, situada em Mairiporã[3], tendo também como locação o Museu do Ipiranga, o Cemitério São Paulo, em Pinheiros, e o prédio do Instituto Biológico, na Vila Mariana, que era usado nas tomadas externas como o escritório de Destino[4]. Apesar de ter produção nacional, o Departamento de Censura não concedeu o certificado de filme brasileiro[5], graças à utilização do estúdio americano Houston Color Films para revelar os negativos coloridos, o que gerou outras inúmeras despesas e fez com que a obra não conseguisse recuperar nas bilheterias o dinheiro que fora investido em sua produção. O filme não era totalmente colorido, haviam apenas algumas cenas. O processo escolhido para colorir foi o ANSCOCOLOR, dominado pelo técnico norte-americano H.B.Corell, que também participou do longa como diretor de fotografia[6].

Elenco[editar | editar código-fonte]

Paulo Autran - Destino
Hélio Souto
Waldemar Seyssel
Jayme Barcellos
Lídia Vani
Paulo Goulart
Aracy Cardoso
Antônio Fragoso
Ludy Veloso
Ítalo Rossi
João Alberto
Sérgio Britto
Ibáñez Filho
Inezita Barroso
Luiz Bonfá
Paulo Ruschel
Ivone Nelson
Luiz Telles
Beatriz Consuelo
Tito Lívio Baccarini
Sílvio Michelany
Douglas Michelany
Luiz Tito
Graça Melo
Benedito Corsi
Elísio Albuquerque
Armando Couto

Orlando Villar

Exibição[editar | editar código-fonte]

Foi lançado em 15 de Outubro de 1953, em São Paulo, nas salas Ipiranga; Ópera; Alhambra; Esmeralda; Majestic; Paramount; Jóia; Itamarati; Nacional; Cruzeiro; Climax; Riviera; Piratininga; Roma; Brasil; Paris; Maracanã; Cinemar; Júpiter; Imperial; Colonial; e São Caetano. Houve uma exibição especial em 23 de Outubro do mesmo ano, na sala Ipiranga.

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

  • Para dar um efeito fantasioso para o longa metragem, as cenas internas do escritório do personagem principal, Destino, eram gravadas no vigésimo andar de um prédio, e as cenas externas no Instituto Biológico, que tem apenas cinco andares. Segundo o próprio ator, Paulo Autran, "o Destino (ou seja, eu) olhava pelo 20º andar de um prédio de cinco andares, o que acentuava involuntariamente o tom fantástico da trama".
  • Além de revelar grandes atores, "Destino em Apuros" foi o filme em que a célebre dupla Grande Otelo e Oscarito apareceu juntos pela última vez.
  • Apesar da Multifilmes S.A ter fechado as portas em 1958, os galpões usados como estúdio ainda estão de pé, e Patrícia Civelli (filha do produtor Mário Civelle) pretendia reivindicar o tombamento dos edifícios e fundar o Museu do Cinema. A Multifilmes contava com um estúdio em um terreno de 50 mil metros quadrados, além dos estúdios propriamente ditos, laboratório de som, restaurante, escritórios e ainda uma fábrica de refletores com 200 empregados[7].

Prêmios[editar | editar código-fonte]

Ano Premiação Categoria Recpientes Resultado
1953 Prêmio Sací Melhor Fotografia em Anscolor H. B. Corell Venceu
1953 O Índio, da revista Jornal e Cinema, Rio de Janeiro Menção Especial Mário Civelli Venceu

Referências[editar | editar código-fonte]