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Mobiliário no Brasil Colônia[editar | editar código-fonte]

Exemplos de cadeiras do período colonial brasileiro

Em decorrência do Brasil ter sido uma colônia portuguesa, é natural que a produção de marcenaria (com atenção especial para as peças de mobiliário) seja um desdobramento do mobiliário tradicional português. Embora que o material empregado fosse legitimamente brasileiro, os responsáveis pelo trabalho das peças foram sempre os portugueses, ou quando nascidos no Brasil de descendência portuguesa ou mestiça. O mobiliário português desenvolvido no Brasil era singelo e despretensioso, ou seja, apenas o essencial para desempenhar a função do objeto (como exemplos: pequenos oratórios, camas, cadeiras, mesas e arcas)[1]. A simplicidade das primeiras peças dos colonos seguiu como uma das características marcantes da casa brasileira naquele período em diante. Mas, ainda que tais mobiliários apresentassem simplicidade e despretensão, as peças em si eram bem trabalhadas, não apenas porque a tradição do oficio era desenvolvê-las dessa maneira caprichosa, mas também porque os oficiais e ajudantes de carpintaria eram muitas vezes da própria casa (sendo alguns escravos cujos dotes eram descobertos), que trabalhavam sem pressa e que não visavam o lucro, o que realmente importava era apenas “o prazer de fazer bem feito”. O móvel brasileiro, ou seja, o móvel português feito no Brasil acompanhou a evolução do mobiliário de todos os países europeus. As “modas” eram todas importadas, atingindo as camadas mais abastadas em primeiro lugar, sendo depois vulgarizadas com a produção dos mesmos modelos de móveis no tipo “ordinário” ou comum. No período colonial existiam basicamente três tipos de móveis: os de “luxo” (feitos com madeiras nobres de lei); os “ordinários” (também feitos de madeira de lei, porém mais simples); e por fim os “toscos” (desenvolvidos em madeira comum para uso popular ou serviços domésticos). O mobiliário do Brasil pode ser classificado em três grandes períodos:[2]

Renascimento: abrange os séculos XVI e XVII e prolonga-se até o início dos anos setecentos;

Barroco-Rococó: estende-se praticamente por todo século XVIII;

Neoclássico: corresponde principalmente à primeira metade do século XIX, no período histórico das reações acadêmicas.

Após tais períodos, surgiram apenas modas originadas pela influência da produção industrial que se acentuava gradativamente.

Referências

  1. CANTI, Tilde (1985). O móvel no Brasil: Origens, evolução e características. Rio de Janeiro: Editora Cândido Guinle de Paula Machado 
  2. BOSCHI, Caio C. (1988). O Barroco Mineiro: Artes e Trabalho. São Paulo: Editora Brasiliense