Usuário(a):Caiomenezes/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alexander José Ibsen Voerões (Santiago (Chile), 5 de julho de 1952 - São Paulo, 27 de fevereiro de 1972) foi um estudante chileno membro do Movimento de Libertação Popular (Molipo) contra o Regime militar no Brasil e morto pela polícia durante o regime.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Alexander José Ibsen Voerões nasceu em 5 de julho de 1952, em Santiago, no Chile. Ele era filho Alexander Voerões Toth e Carmem Ibsen Chateau. Alexander tinha apenas um mês de vida quando mudou-se para o Brasil com sua família [1]. Ele passou toda a infância e a adolescência no país, crescendo com amigos brasileiros.

Educação[editar | editar código-fonte]

Até 1969, Alexander foi aluno secundarista da Escola de Aplicação da Universidade de São Paulo[2]. No ano seguinte, o estudante passou a se preparar para o vestibular no Colégio Equipe [3], mas nunca chegou a ingressar em uma universidade.

Militância[editar | editar código-fonte]

Antes de se tornar membro do Molipo, Alexander participou de ações da Ação Libertadora Nacional[4]. Ele utilizava os codinomes Oto, José Roberto Soares Coimbra, Alex, Steta e Bigode[2]. Antes de ser assassinado, o chileno foi preso pelo DOI-CODI de Sâo Paulo[1].

Assassinato[editar | editar código-fonte]

Alexander José Ibsen Voerões foi morto em 27 de fevereiro de 1972, na rua Serra de Botucatu, no bairro do Tatuapé, em São Paulo[2]. Ele estava junto com Lauriberto José Reyes, outro militante do Molipo. Ambos os estudantes foram metralhados por JC, ou Jesus Cristo, como era conhecido o torturador Dirceu Gravina [2]. Em 2008, a revista Carta Capital revelou que Dirceu continuava solto e tinha virado um delegado em Presidente Prudente, no interior de São Paulo[5]. Alexander foi enterrado em 1 de março de 1972, no Cemitério da Saudade. Por determinação policial, seu caixão foi lacrado[2].

Julgamento[editar | editar código-fonte]

Em 9 de abril de 2014 o caso de Alexander José Ibsen Voerões foi julgado pela 82ª Caravana da Anistia, realizada pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça. Paulo Abrão, presidente da Comissão de Anistia, pediu desculpas em nome do Estado brasileiro a Carmem Ibsen Chateau, mãe de Alexander, que acompanhou a sessão. No fim, foi inaugurada uma placa em homenagem ao estudante na parede da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo[1].

Referências

  1. a b c Caravana da Anistia julga o caso do estudante Alexander José Ibsen Voeroes, acessado em 10/06/2014.
  2. a b c d e Ficha de Alexander José Ibsen Voerões, acessado em 10/06/2014.
  3. Direito a Memória e a Justiça, página 287.
  4. Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, acessado em 10/06/2014.
  5. Impunes, por enquanto, edição 501 da revista Carta Capital, publicada em 25/06/2008.