Usuário(a):Camilazp/Testes/Museu

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Museu Histórico Pedagógico Dom Pedro I e Dona Leopoldina
Museu Histórico de Pindamonhangaba
Camilazp/Testes/Museu
Fachada do Museu
Tipo Histórico
Inauguração 10 de dezembro de 1957 (66 anos)
Website http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/museu.asp
Geografia
País Brasil
Cidade Pindamonhangaba
Localidade Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 260


O Museu Histórico Pedagógico D. Pedro I e D. Leopoldina é um museu localizado no município de Pindamonhangaba, no estado de São Paulo. Foi criado em 10 de dezembro de 1957 e está atualmente sediado no Palacete Visconde da Palmeira, abrigando um acervo sobre as diversas ocupações do edifício e sobre a história da cidade.

História[editar | editar código-fonte]

O museu foi criado por meio do Decreto Estadual nº 30.324[1], de 10 de dezembro de 1957, promulgado pelo então Governador Jânio Quadros. Sua missão é preservar e divulgar testemunhos da história de Pindamonhangaba e contribuir para reflexões sobre memória, identidade e ocupação do território de Pindamonhangaba.

A instituição tem ainda por objetivo salvaguardar seu acervo, desenvolver exposições e ações educativas para uma variedade de públicos, fomentar o senso histórico da comunidade e incentivar a preservação do patrimônio cultural e natural do município e da região, bem como participar da vida cultural do município.

Em 11 de setembro de 1973, pelo OF nº 037/73, o então diretor João Laerte Salles regulamentou junto à Diretoria do Serviço dos Museus Históricos da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo do Estado as obras de consolidação e restauração do Palacete Visconde da Palmeira, bem como seu devido custo.

Com as obras, o Museu Histórico e Pedagógico D. Pedro I e D. Leopoldina permaneceu longos anos fechado.

Em 14 abril de 2008, após a conclusão do restauro, o museu foi reaberto ao público. No mesmo ano, obteve o registro de tombamento no IPHAN, sob o nº 1.927. Em janeiro de 2009 foi cadastrado no Sistema Brasileiro de Museus do IBRAM.

O museu também passou por mudanças de caráter administrativo, tendo sua gestão transferida da esfera estatal para a municipal por meio de um processo de municipalização. A municipalização foi iniciada no ano de 2000, por meio do Decreto Estadual 44.735 desse ano[2], possibilitando a doação não só do acervo do Museu Histórico e Pedagógico D. Pedro I e D. Leopoldina, mas também de outras coleções de vários museus estaduais para os municípios.

Após esse período, o museu passou por revisão e foi reaberto em 2012. A partir desse ano, a municipalização teve prosseguimento, com a realização de uma série de audiências públicas com os moradores, prefeitura de Pindamonhangaba e Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo.[3]

Edifício-sede: o Palacete Visconde da Palmeira[editar | editar código-fonte]

Cúpula do Palacete.

O palacete onde o museu está instalado foi construído na segunda metade do século XIX.

Sua estrutura apresenta mais de 60 janelas que são circundadas por uma sacada em toda sua extensão. Ao fundo, possui um terraço com extensão de 20x15 m, rodeado por balaústres com vista para o Bosque da Princesa. A parede de trás do Palacete é toda feita de taipa de pilão.

O palacete tinha como intuito servir de moradia para o Capitão Antônio Salgado Silva, que posteriormente tornou-se Barão e por fim Visconde da Palmeira. Sua família o utilizou até 1913, quando o local passou a ser sede da Escola de Pharmácia e Odontologia de Pindamonhangaba, funcionando até 1929. De 1918 a 1919, instalou-se no Palacete o 4º Corpo de Trem, primeira unidade militar federal na cidade.

Em 1923, o Barão de Lessa, herdeiro do palacete, vendeu-o para a Escola de Pharmácia e Odontologia de Pindamonhangaba, que em 1931 o doou para a Santa Casa de Misericórdia. Contudo, a Santa Casa não chegou a ser instalada, e o local acabou abrigando escolas de vários níveis até 1973.

No ano de 1932, durante a Revolução Constitucionalista, as aulas foram suspensas e passou a funcionar no local o Hospital de Sangue.

Vista interna do Palacete que abriga o museu.

Em 04 de janeiro de 1950 a Santa Casa de Misericórdia vendeu o Palacete para a prefeitura de Pindamonhangaba, com a condição de ser doado ao Governo do Estado de São Paulo. A doação ocorreu em 16 de janeiro do mesmo ano. No dia 22 de fevereiro de 1951, a Escola Normal, que já funcionava no Palacete, passou a ser denominada Colégio Estadual e Escola Normal “João Gomes de Araujo”. Concomitante as atividades educacionais, o Palacete foi designado para ser a sede do museu a partir de 1957.

Em 1969, o Palacete abrigou o Grupo Escolar (2º Ginásio) “Antônio Bicudo Leme” e, posteriormente o 2º Ginásio “Dr. João Pedro Cardoso”. No mesmo ano, o Palacete foi tombado pelo CONDEPHAAT, por meio do do processo nº 7855/1969[4].

Após o tombamento, iniciou-se em 1973 uma grande reforma no Palacete para que ele abrigasse exclusivamente o museu. As obras apresentaram diversos problemas como o abandono , a inundação provocada por uma grande tempestade que acometeu a cidade em 1976 e, por último, intervenções no prédio sem a devida autorização do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo e em desacordo com as normas internacionais de restauro, descaracterizando parte da estrutura decorativa original .

Sua estrutura depois da reforma passou a apresentar três pavimentos: inferior – com o porão, reserva técnica, depósito, área expositiva e sanitários; térreo – com recepção, sala de administração, auditório, reserva técnica e salas expositivas; superior – reserva técnica e salas expositivas; incluídos em uma área de 3.059 m².

No ano de 1987, o Governo do Estado de São Paulo doou o imóvel ao município, por meio da Lei Estadual nº 5.606, de 22/04/1987[5], promulgada pelo Governador Orestes Quércia.

Em 2012, o Ministério Público e o município de Pindamonhangaba firmaram um Termo de Ajustamento de Conduta com o objetivo de recuperar os danos ao patrimônio histórico causados pelas intervenções indevidas no prédio[3].

Acervo[editar | editar código-fonte]

Os primeiros itens do acervo foram peças que tratavam do desenvolvimento e usos do Palacete e sua relevância social para a cidade. Com o passar dos anos após sua inauguração, também foram doadas peças pelo munícipes.

O museu conta também com itens da Escola de Pharmácia e Odontologia que funcionou no local, além de documentos e objetos relativos à participação de civis na Revolução Constitucionalista de 1932. O conjunto se caracteriza por possuir tipologias de objetos bem diversificadas.

Atualmente o acervo do museu apresenta 18.593 registros de itens, sendo 660 da coleção arquivística, 3.521 da coleção audiovisual, 10.870 da coleção bibliográfica, 430 da coleção ráfica e 3.112 da coleção museológica.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Diário Oficial do Estado de São Paulo de 11/12/1957». dobuscadireta.imprensaoficial.com.br. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  2. «Decreto n° 44.735, de 03/03/2000 ( Decreto 44735/2000 )». www.al.sp.gov.br. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  3. a b «Ávila, Ana C. Xavier. Museus Históricos e Pedagógicos no Século XXI: processos de municipalização e novas perspectivas». Consultado em 22 de novembro de 2016 
  4. «Diário Oficial do Estado de São Paulo de 12/12/1969». dobuscadireta.imprensaoficial.com.br. Consultado em 23 de novembro de 2016 
  5. «Diário Oficial do Estado de São Paulo de 22/04/1987». dobuscadireta.imprensaoficial.com.br. Consultado em 23 de novembro de 2016 
Ícone de esboço Este artigo sobre um museu é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Pindamonhangaba Categoria:Museus de São Paulo Categoria:Pindamonhangaba Categoria:Cultura de São Paulo