Usuário(a):Capitão Mor/Tabon

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Em povos, Tabon

Tabon[editar | editar código-fonte]

“Tabons” é o nome pelo qual ficou conhecido em Gana o grupo de ex-escravos brasileiros que após a Revolta dos Malês, ocorrida na noite de 24 para 25 de janeiro de 1835 na cidade de Salvador, capital da então província da Bahia, no Brasil, chegou ao país.

Na ocasião, ex-escravos de origem islâmica retornaram à África, para países da costa ocidental como Nigéria, Benin, Togo e Gana, não necessariamente os países de procedência de suas linhagens. Os que foram para Gana, em 1836, foram denominados “Tabons” porque, desconhecendo a língua local, respondiam apenas “Tá bom” (corruptela de “está bom”) a tudo que lhes era perguntado.

Originalmente estabelecidos na região em torno ao porto de Acra, que na época não era ainda a capital ganesa, acabaram por conquistar o respeito da população por disseminarem tecnologias ainda ali desconhecidas, como por exemplo técnicas para a localização de água doce, o que em muito contribuiu para o desenvolvimento da cidade. Também eram bons alfaiates, detendo até hoje a liderança no setor de alfaiataria no país.

Embora tenham perdido a capacidade de falar português, mantêm a referência de ser um grupo de ex-escravos brasileiros, conservando algumas tradições ligadas à música e ao vestuário.

São reconhecidos pelos locais por seus nomes portugueses porém, segundo a embaixadora brasileira no país, Irene Gala, sua história é pouco contada mesmo em Gana, a despeito da importância que tiveram no desenvolvimento sobretudo da cidade de Acra, hoje a capital.

[1] ou se é para um website ou sítio: [2]

Categoria:!África Categoria:!Gana Categoria:!Acra

  1. Irene Gala, Gana é um país cortejado por todos por seu exemplo de progresso
  2. Irene Gala, [1], Por Dentro da África, 30 de maio de 2016