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Colibri serrirostris[editar | editar código-fonte]

O beija-flor-de-orelha-violeta também conhecido como beija-flor-do-canto, colibri-de-canto e beija-flor-cantador é uma espécie de ave da família Trochilidae de nome científico Colibri serrirostris do espanhol colibri= beija-flor; e do latim serra= serra, serrilhado; e rostris= bico,beija-flor do bico serrilhado.[1] Possui estatura média de 15 cm. É caracterizada por sua coloração esverdeada com tons de azul no peitoral e uma mancha arredondada de coloração violeta próxima aos olhos, característica responsável pela origem de seu nome popular. Todavia, essa mancha violeta é característica exclusiva para machos. As fêmeas, por sua vez, apresentam coloração mais verde esbranquiçada, menos vistosa e menor que o macho apresentando cerca de 12 cm de envergadura.[2] Alimentam-se do néctar de flores e pequenos artrópodes. [3] Devido ao seus hábitos alimentares está entre os animais responsáveis pela polinização de até 15% das espécies de plantas das comunidades da Região neotropical.[4]

A espécie é encontrada nas regiões do Piauí, Bahia e Espírito Santo (para o Oeste de Goiás e Mato Grosso). Assim como, na Região sul do país (Rio Grande do Sul).[3][5] Coabita regiões de Mata Atlântica,Cerrado e Mata de Araucárias, o beija-flor-de-orelha-violeta sofreu forte impacto populacional devido ao desmatamento maciço dessas áreas para fins, sobretudo agrários.[6] Devido ao desmatamento, atualmente, está sinalizado no estado de conservação de vulnerabilidade. Também é avistado na Bolívia e Argentina.[3]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaBeija-flor-de-orelha-violeta

Estado de conservação
Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Aves
Ordem: Apodiformes
Família: Trochilidae
Género: Colibri_(género)
Espécie: C. serrirostris
Nome binomial
Colibri serrirostris
(Vieillot, 1816)

Etimologia[editar | editar código-fonte]

  • nome científico: Colibri serrirostris
  • colibri = nome espanhol para beija-flor;
  • serra (latim) = serra, serrilhado; e rostris = bico. ⇒ Beija-flor com bico serrilhado.[1]

Distribuição[editar | editar código-fonte]

De distribuição vasta, a espécie desse animal pode ser encontrada comumente em diversos lugares do Brasil, alguns destes são descritos a seguir: Piauí, Bahia e Espírito Santo (para o Oeste de Goiás e Mato Grosso). Daí, em direção ao Sul (leia-se Rio Grande do Sul); também é avistado na Bolívia e Argentina[2]. Devido ao desmatamento maciço dessas áreas para fins, sobretudo agrários notou-se grandes impactos no que se refere a diminuição populacional da espécie em questão . [3]

Características[editar | editar código-fonte]

A ave possui duas protuberâncias de penas da cor violeta, uma em cada lado da cabeça ( daí o nome popular)[4]. O macho possui cerca de 15 (quinze) centímetros, é esverdeado com tons de azul Navy no peito, nas extremidades das asas e na cabeça é possível notar também uma mancha azulada abaixo dos olhos, dando o encontro com a orelha violeta. Abaixo do peito, perto da cauda, o verde se torna esbranquiçado e vai clareando até se tornar branco puro, então liga-se com a cauda, que é longa, de um tom preto esverdeado, a mesma tonalidade das asas. Por outro lado, a Fêmea tem uma coloração verde assim como o macho porém não tão acentuada, sendo mais próxima do branco, além disso, ela não possuí as "orelhas violetas", e sua envergadura não costuma ultrapassar 12 (doze) centímetros[1][2]. Quando filhote, apresentam plumagem da cor marrom com tons de verde que com o passar do tempo começa a tornar-se predominante, até quando se torna jovem e esverdeado, e no caso do macho o aparecimento das penas violeta na lateral da cabeça e o verde no caso da fêmea a cor branca predominante sobre o tom do verde das penas que revestem todo seu corpo.

Alimentação[editar | editar código-fonte]

O beija-flor-de-orelha-violeta alimenta-se do néctar da grande diversidade de flores existentes[2], esse néctar é bebido durante o vôo de libração. É válido lembrar ainda que, essas aves complementam sua alimentação com pequenos artrópodes como por exemplo: aranhas e formigas.[2][1][5]

Reprodução[editar | editar código-fonte]

No período de acasalamento dessa espécie, o macho para librando diante da fêmea que encontra-se pousada, eriçando os tufos arroxeados para a frente e para cima. A fêmea monta o seu ninho apoiado em porções de alguma estrutura vegetal (como um ramo bifurcado em formato de "y", popularmente conhecido conhecido por "forquilhas[5]" ). Para o processo de montagem do ninho ela utiliza pequenos gravetos, papéis encontrados no chão e teias de aranha. A partir daí ela enrola tudo formando uma “cestinha” perfeitamente redonda que servirá de suporte para em média 1 ou 2 ovos[1] muito brancos que serão postos ( esses ovos .podem apresentar algum tipo de variação na cor, devido ao contato com líquens que interagem com o material do ninho), A partir daí, a fêmea fica no ninho quase o tempo todo, só saindo raramente nos horários quentes do dia para se alimentar, pois geralmente o macho já lhe traz a comida, tendo em vista, que caso ela saia  numa hora do dia extremamente fria, os embriões correm grande risco de morte.[1] Quando os ovos começam a eclodir, a fêmea percebe , mas, se recusa a sair do ninho, e mesmo sendo forçada a sair continua nele e, só sai quando o perigo é grande demais, porém só depois de ter plena convicção de que não há mais condição de permanecer no ninho.

Hábitos[editar | editar código-fonte]

Essa ave vive em bordas de floresta, capoeiras, cerrados, campos, cidades, parques e jardins. Habita os cerrados no período de chuvas e com a chegada da seca passa a frequentar a borda das matas ciliares.[2][3] Nesse período destaca-se pelo canto frequente, durante todo o dia, desde o nascer até o por do sol. É um chamado muito alto, curto e bastante agudo, composto por quatro notas, repetidas de forma contínua. [1]No outono migra localmente das regiões mais altas para os vales. É bastante territorial, defendendo agressivamente suas flores.[1]

Biologia e comportamento social[editar | editar código-fonte]

Essa ave é bastante ativa e costuma visitar as mesmas plantas todos os dias.[2] Ao dormir, a temperatura corporal da mesma abaixa para cerca de 24° C e desta forma poupa energia com a finalidade de utiliza-lá durante o vôo, nesse momento é gasto grande quantidade do que se foi poupado, pelo fato da rápida movimentação das asas que permitem estabilidade corporal para um bom desempenho na realização de outras ações enquanto voa.[2]

Curiosidades[editar | editar código-fonte]

  • É frequentemente um dos beija-flores mais comuns do Brasil.[1]
  • Esses animais também são chamados de zununes[6] por causa do zumbido característico que suas asas fazem enquanto voam. Seu movimento para cima e para baixo tem uma ordem aproximada de 70 vezes por segundo.
  • Seu aspecto pequeno e sua alta velocidade de vôo tornam-lhe o único pássaro com a capacidade de planejar em seu voo (como acontece no período de acasalamento[1]). Eles são considerados os menores pássaros do mundo[6]. Sua origem é na América Central, mas é possível encontrá-lo em mais áreas do mundo.
  • são capazes de visitar mais de 1000 flores em um único dia para procurar comida. Eles podem comer até 60 vezes por dia para repor a grande quantidade de energia que usam no vôo.[6]
  • A língua dessa ave têm um formato em "W" para colaborar na "drenagem" do néctar, de modo que seus longos bicos facilitam a obtenção da profundidade das flores.[6]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g h i «beija-flor-de-orelha-violeta (Colibri serrirostris) | WikiAves - A Enciclopédia das Aves do Brasil». www.wikiaves.com.br. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  2. a b c d e f g «Beija-flor-de-orelha-violeta». Fauna. 14 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  3. a b Machado, Caio Graco (2009). «Hummingbirds (Aves: Trochilidae) and their floral resources in an area of caatinga vegetation in the Chapada Diamantina, Bahia State, Northeast Brazil». Zoologia (Curitiba) (em inglês). 26 (2): 255–265. ISSN 1984-4670. doi:10.1590/S1984-46702009000200008 
  4. «Beija-flor-de-orelha-violeta». Fauna. 14 de janeiro de 2015. Consultado em 7 de janeiro de 2020 
  5. a b unesp, unesp (15 de maio de 2016). «beija flores». universidade estadual de são paulo. Consultado em 8 de janeiro de 2020 
  6. a b c d Freitas, Paulo Naylan Chaves. «Curiosidades sobre o Beija-Flor». Site de Curiosidades. Consultado em 9 de janeiro de 2020