Usuário(a):CaynanAbade/Testes/Q62063943, Obra de arte

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No Jardim de Luxemburgo
CaynanAbade/Testes/Q62063943, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1905
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 30,5 centímetro x 37,5 centímetro


No Jardim de Luxemburgo é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1905.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

 A obra foi produzida com tinta a óleo, tela. Suas medidas são: 30,5 centímetros de altura e 37,5 centímetros de largura.[1]
Faz parte de coleção particular.[1] Fez parte da Exposição Itinerante, que passou por diversas cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, entre outras, que aconteceu entre 12 de dezembro de 1977 e 15 de abril de 1978.[1] Em 1977, ela também esteve exposta no salão de Exposições do Banco Nacional, em São Paulo entre os dias 3 e 11 de novembro.[1]

Contexto[editar | editar código-fonte]

A carreira de Eliseu Visconti foi dividida em períodos e quando a obra "No Jardim de Luxemburgo" foi produzida, ele estava em um período chamado de "Estabilidade", o único que se estende por mais de oito anos, já que foi o tempo em que o pintor alternou moradia entre Rio de Janeiro e Paris por duas vezes, em curtas estadas, a procura de estabilidade financeira e familiar. [2]

Em maio de 1901, Visconti, de volta ao Brasil, abriu a uma exposição intitulada de “Exposição E. Visconti –Pintura e Arte Decorativa”, que ficou aberta ao público, na ENBA.[2] Ela reuniu suas obras feitas durante seu estágio na França. Porém ela não foi muito bem sucedida.[2] Os jornais da época relataram que o público pouco se interessou pela exposição e a critica demorou para reconhece-lá, os artigos mais longos e assinados só apareceram mais de dez dias após a abertura da exposição e uma análise mais profunda das obras, por um crítico de arte mais renomado e experiente, só ocorreu um mês após encerrada a exposição.[2] Anos mais tarde, o próprio artista admitiu o fracasso do evento - "Tudo perdido. Ninguém notou o esforço"- disse ele.[2]

Em 1902, obras que compunham a Individual e obras feitas no Brasil, foram exibidas também na 9ª EGBA. Mas dessa vez, Visconti teve seu esforço reconhecido e ganhou dois prêmios: a medalha de 1ª classe, pelo quadro Retrato do Sr. Simas (1900); e na Seção de Artes Aplicadas à Indústria, a medalha de prata, pelo conjunto da obra exposta.[2] No inicio da "Estabilidade", o autor dedicou-se a pintura de retratos: o do Dr. Ovídio Romeiro (1901); o de sua esposa (1902); o da Família Nepomuceno (1902); e dois retratos dele mesmo.[2] Ele também criou retratos de paisagens cariocas, como: duas do Pão de Açúcar (1901 e 1904), uma do Observatório Nacional (1903) e Vista do Mar (1902).[2]

Em 1903, Eliseu Visconti, praticamente refez a “Exposição E. Visconti –Pintura e Arte Decorativa” no salão do Banco Construtor em São Paulo. Ele teve apoio dos jornais paulistas em sua primeira apresentação na cidade e incentivou o público a ir ver a exposição e comprar as obras. Porém, após o fim dela, em abril, os dois principais jornais locais fizeram balaços da apresentação. Eles relataram que apesar das obras tão belas de um artista premiado na Europa, mais uma vez houve um fracasso de público, mesmo com o incentivo dos jornais para que eles comparecessem.[2]

"Não valeram ao laureado artista os louros que lhe conquistaram os seus meritos em tantos annos de vida na arte e pela arte: pouco numerosos foram os visitantes e ainda em menor numero os adquirentes. Um só quadrinho foi vendido" - disse um dos críticos.[2]

"É para deplorar-se que uma exposição original e bella como esta tivesse encontrado tão pouca animação do nosso público […] Ainda que tivesse acolhimento intellectual por parte da imprensa, não é isto por si sufficiente, principalmente para um artista como elle é, que na civilizada Paris recebeu honrosa consagração no Salon"- é o que estava escrito na outra crítica.[2]

Após uma exposição que teve um sucesso de crítica, mas um fiasco de público e antes de decidir voltar para Paris em junho de 1904 para se reunir à sua companheira dos últimos anos do estágio, a francesa Louise Palombe, e à filha deles Yvonne, Visconti enviou algumas obras para a Exposição Internacional de Louisiana, na qual conquistou três prêmios: uma medalha de ouro, pela pintura Recompensa de São Sebastião; uma medalha de bronze, por trabalhos em aquarela; e uma medalha na categoria especial “Original Objects of Art Workmanship”. [2]

Já na França, Eliseu volta a praticar na Académie Julian, no atelier de J. P. Laurens e Benjamin Constant quando, provavelmente, criou o Nu Sentado, aquele cujo modelo deixa de lado a naturalidade característica dos seus nus do segundo período, para se mostrar numa pose mais sensual.[2] Já em 1905, ele expos o Retrato de Nicolina Vaz de Assis (denominado, também, a Gioconda brasileira, “pela mocidade artística”) e o Retrato de Mlle. B. Lindheimer no Salon du Champ de Mars. Ambos quadros muitas boas criticas quando forma enviados para a 12ª EGBA, no Rio de Janeiro.[2]

Ainda em 1905, em Paris, Visconti inicia uma serie de retratos da paisagem do Jardim de Luxemburgo, entre eles o quadro "No Jardim de Luxemburgo".[2] Nessas obras, ele foca especialmente mulheres sentadas em cadeiras, as decorações do jardim e o efeito rendilhado da ramagem, projetado pelas sombras das copas das árvores no chão[2]. É nesta série de estudos surgi uma de suas composições mais aclamadas, "Maternidade", que será exposta no mesmo Salon du Champ de Mars, em 1906, ao lado de um de seus estudos.[2] Em 1907, ele expõe mais uma paisagem do Jardim de Luxemburgo no Champ de Mars e também uma obra intitulada A Carta (1907).[2]

No fim de 1907 ele volta novamente para o Brasil, para finalizar um projeto no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, que ele havia entrado um ano antes.[2] Com isso ele segue sua vida fazendo bate e voltas em Paris e inclusive oficializa sua união com Louise Palombe, trazendo ela e sua filha, Yvone, para o Brasil.[2]

Análise[editar | editar código-fonte]

É possível ver que o autor representa o chão sombreado pelas árvores, salpicado com pequenas ilhas de luz solar na metade inferior do quadro. No médio direito da obra podemos notar que aparece um grupo de pessoas. Bem ao fundo da tela, próximos à estatua e abaixo das árvores, existe um outro grupo de pessoas, mas maior e que parecem se fundir à paisagem. O catálogo De Frans Post a Eliseu Visconti, da Maurício Pontual Galeria de Arte, informa ser da série Maternidade. [1]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c d e f https://eliseuvisconti.com.br/obra/P457
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t «1901-1912 – Estabilidade (Brasil-França-Brasil)». Eliseu Visconti. Consultado em 25 de novembro de 2019 


Categoria:Pinturas de 1905

Categoria:Pinturas de Eliseu Visconti