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Usuário(a):Chaves Karol/Testes

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Juliane Karol Chaves Melo[editar | editar código-fonte]

Páginas de Teste[editar | editar código-fonte]

Situação sociolínguística :[editar | editar código-fonte]

As línguas indígenas se diferenciam das línguas europeias e de outras línguas do mundo em sua fonética, fonologia, morfologia, sintaxe, léxico e categorias gramaticais, refletindo assim um cruzamento entre os universos real e conceitual em sua semântica. Os Javaés, como muitas outras línguas indígenas, enfrentam desafios de preservação e revitalização devido à influência cultural e linguística externa.

Os povos Inỹ/Javaé falam variações dialetais da língua Inỹribe, da família linguística Karajá e do Tronco Macro-Jê.[1]

  1. Estrutura linguística:

Estudos recentes indicam que, da mesma forma que entre os Karajás da Ilha do Bananal, a língua nativa é amplamente utilizada no dia a dia dos falantes Javaé.

Pertencente à família linguística Macro-Jê, ela integra o subgrupo Jê e se caracteriza como uma língua aglutinante, ou seja, a formação das palavras ocorre mediante a adição de afixos, prefixos e sufixos, com a finalidade de expressar diversos significados gramaticais. Além disso, a língua Javaé possui um conjunto de consoantes e vogais que são empregadas na construção de palavras e frases.

O grupo principal dentro da família Macro-Jê é a família -Jê, que inclui línguas faladas principalmente nas áreas de campos cerrados. Essas áreas se estendem do sul do Maranhão e do Pará em direção ao sul, passando pelos Estados de Goiás e Mato Grosso, até chegar aos campos no sul dos Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Isso contrasta com a distribuição geográfica da família Tupí-Guaraní, que está localizada em áreas de floresta tropical e subtropical.

No contexto da comunicação entre os colonizadores e os povos indígenas do interior do Brasil, as línguas do tronco linguístico Macro-Jê eram desconhecidas pelos colonizadores. Isso levava à presença constante de intérpretes nas expedições em regiões distantes do litoral brasileiro, onde predominavam as línguas Tupi No caso dos Javaés, em vários momentos, os contatos com não indígenas aconteceram através de um líder ou de alguém que falava a língua Karajá (ou ambos juntos)


As informações sobre pronúncia de consoantes e vogais que estão apresentadas em lista merecem formatação mais adequada à Wikipédia. É possível configurar tabelas ou mesmo apresentar os dados no corpo de um parágrafo. Sugiro observar o exemplo da formatação do verbete "Língua tupi" [JOÃO].

As letras do alfabeto Inỹ são: a, b, d, e, h, i, j, k, l, m, n, o, r, s, t, u, w, x, y.

Quanto à forma de escrever palavras em Karajá, que também é a língua nativa dos Javaés, geralmente se lê de maneira semelhante à pronúncia das letras correspondentes em português, com algumas exceções:

Letra Pronúncia
j se pronuncia como d
k se pronuncia com c
s

/j/ se pronuncia como /d/ antes da letra /i/ como em “dia”.

/k/ se pronuncia como /c/ antes de /a/

/r / se pronuncia como /r / de “cara”, mesmo no princípio de lavras.

/s/ se pronuncia com a língua entre os dentes.

/t/ se pronuncia com o ar entrando na boca, a língua ficando na mesma posição que o /d/.

/x/ é um som só, como /ch / na palavra “chá”.

/à/ é um som neutro, que se forma no meio da boca.

/ò/ se pronuncia como /ó/ (aberto).

/è / se pronuncia como /é/ (aberto).

/y/ representa um som entre o /i/ e o /u/, que se pronuncia com a língua elevada no meio da boca e com os lábios não arredondados.

As palavras Karajá são oxítonas, com exceção dos verbos que se acentuam na raiz.

Os Javaé utilizam tecnonímia em vez de nomes pessoais ao se dirigirem aos parentes, tanto próximos quanto distantes. Por exemplo, eles usam a expressão "walana" para se referir ao tio materno, em vez de usar o nome pessoal do tio. Os vocábulos no dialeto Javaé têm uma acentuação oxítona como nas palavras Irasò (“Aruanã”) e tyky (“pele”, “roupa” ou “casca”).


Afixos verbais[editar | editar código-fonte]

Os afixos verbais desempenham um papel fundamental na língua Javaé. São elementos gramaticais que têm um impacto significativo na comunicação e na estrutura das frases nessa língua. Eles não apenas fornecem detalhes sobre o que está acontecendo, mas também auxiliam na formação de frases claras, permitindo que os falantes se comuniquem de maneira direta e transmitam informações de maneira simples.

Afixos
Interrogativo aõbo
Partícula de interrogação bo
Indicador do agente du
Pronome possessivo da 3ª pessoa, masculino ou feminino I
morfema de chamar kỹ
continuativo myhỹ
nominalização e determinativo na
verbalizador ny
sufixo de negação ou artigo indefinido õ
pronome de posse ta
pronome possessivo da 1ª pessoa, masculino ou feminino wa
Outras palavras e seus significados
makèrè “vá embora”
manakèrè “venha cá”
sõmõ “pequeno”, “menor
kijá pequeno”
hikỹ “grande”, "maior"
hokỹ “grande”
wii bom”, “belo’, “boa” e “música”


Referências:

  1. GIRALDIN, Oldair. JAVAÉ; Ricardo Tewaxi (7 de maio de 2021). Ilha Revista de Antropologia, Florianópolis.Espaço, Tempo e Narrativas: reflexões sobre a cultura Inỹ/Javaé, Ilha do Bananal, Tocantins, Brasil. [:https://doi.org/10.5007/2175-8034.2022.e78338 V.24 (n1, p. 162-189)]: p.164