Usuário(a):Cignenoire/Testes/Charles Baudelaire

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Charles Baudelaire
Cignenoire/Testes/Charles Baudelaire
Retrato de Charles Baudelaire em 1863, por Étienne Carjat
Nome completo Charles Pierre Baudelaire
Nascimento 9 de abril de 1821
Paris,  França
Morte 31 de agosto de 1867 (46 anos)
Paris, na  França
Nacionalidade francês
Ocupação poeta, crítico de arte, tradutor
Magnum opus As Flores do Mal
Movimento estético Simbolismo, modernismo
Assinatura

Charles Pierre Baudelaire (pronúncia em francês: [ʃaʁl bodlɛʁ] (escutar)) foi um poeta boêmio, dândi, flâneur[1] e teórico da arte francesa. É considerado um dos precursores do simbolismo e reconhecido internacionalmente como o fundador da tradição moderna em poesia,[2] juntamente com Walt Whitman, embora tenha se relacionado com diversas escolas artísticas. Sua obra teórica também influenciou profundamente as artes plásticas do século XIX. As pessoas que mais o influenciaram durante a sua vida foram os escritores Théophile Gautier, Joseph de Maistre e, em particular, Edgar Allan Poe, cuja obra Baudelaire traduziu extensamente.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em 9 de abril de 1821, Paris. O seu pai, Joseph-François Baudelaire, foi professor de desenho, pintor e funcionário público. Quando Charles nasceu, Joseph tinha sessenta anos e também um outro filho, Claude Alphonse, fruto de seu primeiro matrimônio. A mãe de Charles, Caroline Dufaÿs, que não tinha mais do que trinta anos quando o menino nasceu, era filha de emigrados franceses em Londres durante a revolução de 1793. O pai de Baudelaire lhe ensinou as suas primeiras letras e a mãe ensinou inglês.[3]

Foi criado por Mariette, a empregada da família. Sabe-se pouco sobre ela, no entanto, Baudelaire recorda-se dela em um poema presente na obra As flores do mal.

Joseph-François Baudelaire faleceu em 1827, quando Charles tinha apenas cinco anos. Deixou uma pequena herança. Sua mãe mudou de casa e se casou por conveniência com Jacques Aupick, um vizinho de quarenta anos que chegou a ser general comandante em Paris. Baudelaire recebeu de seu padrasto um grande impacto emocional. Nunca chegou a ter boas relações com ele, a quem sempre odiou.

Depois das campanhas revolucionárias de 1830, Aupick é promovido a tenente coronel por sua participação na campanha da Argélia. Dois anos mais tarde é nomeado chefe do Estado Maior e se translada com sua família para Lyon; ficaram nesta cidade durante quatro anos.

Sua mãe, já absorvida pela personalidade de Aupick, vai transformando-se cada vez mais em uma mulher rígida e puritana. Em 1836 seu esposo ascende ao cargo de general do Estado Maior. Retornam a Paris, onde Baudelaire é internado no Collège Louis-le-Grand; permanecerá ali durante dois anos e meio. Nesta época, o jovem Charles lê Sainte-Beuve, Chenier e Musset, a quem mais tarde lançará críticas.

Juventude e boemia[editar | editar código-fonte]

Retrato de Baudelaire, por Emile Deroy.

Em 1840 Baudelaire se inscreve na Faculdade de Direito. Começa a frequentar o Quartier Latin e conhece novas pessoas da juventude literária, como Gustave Levavasseur e Ernest Prarond. Conhece também e mantém amizade com Gérard de Nerval, Sainte-Beuve, Théodore de Banville e Balzac.

A partir daí a sua vida deslancha em boemia. Frequenta prostíbulos e mantém relações com Sarah, uma prostituta judia do Quartier Latin. Baudelaire a chamava de La Louchette (A Vesga). Além de torcer os olhos, Sarah era calva. Dentro de sua obra primordial, As flores do mal, Baudelaire se refere à Sarah em um poema, possivelmente escrito no momento em que deixou de vê-la com demasiada frequência, retomando suas relações com a sua outra amante, Jeanne Duval.

A conduta de Baudelaire, o qual recusava entrar para a carreira diplomática, horroriza sua família. Seu padrastro, insatisfeito com a vida libertina que Baudelaire levava, trata de distanciá-lo dos ambientes boêmios de Paris. Em março de 1841 um conselho de família o envia a Bordéus, com destino aos Mares do Sul, a bordo de um paquete. A travessia devia durar dezoito meses até Calcutá, na companhia de comerciantes e oficiais do exército. Neste período ele escreve um dos seus poemas mais célebres, "O Albatroz". Entretanto, ao desembarcar nas Ilhas Maurício, Baudelaire decide interromper sua trajetória e regressar à França.

De volta ao seu país, ele instala-se na capital, revivendo os antigos costumes desordenados.

Baudelaire, fotografia de Nadar.

Começou a frequentar os círculos literários e artísticos e escandalizou toda a Paris da época em decorrência de sua relação com a jovem Jeanne Duval, a charmosa mulher que iria inspirá-lo a escrever algumas de suas mais brilhantes e controversas poesias. Rapidamente desponta como crítico de arte no cenário parisiense: O Salão de 1845, sua primeira obra, chamou a atenção de seus contemporâneos, enquanto que a segunda edição de O Salão, publicado um ano depois, fez despertar a fama de Delacroix e impulsionar a moderna concepção estética de seu autor.[4]

Jeanne Duval[editar | editar código-fonte]

Jeanne Duval, amante de Baudelarie, aos 21 anos. Retratada por Édouard Manet.

Jeanne Duval foi a principal musa de Baudelaire, antes mesmo de Apollonie Sabatier e Marie Daubrun. Ele manteve uma relação tumultuada e resolutamente carnal com esta misteriosa mulher.[5] Duval era ligada a pessoas do teatro e também foi uma atriz secundária no teatro Porte-Sainte-Antoine. Para fugir dos credores, ela costumava mudar de identidades (em 1864, ela se chamava "Mademoiselle Prosper"). Na realidade, ela teria sido chamada de "Jeanne Lemer"[6]. Jeanne Duval representava para ele a ignorância intacta, uma pura animalidade.[7]

Poemas dedicados à Jeanne Duval[editar | editar código-fonte]

  • Le Balcon;
  • Parfum exotique
  • La Chevelure;
  • Le Serpent qui danse ;
  • Une charogne ;
  • Sed non satiata;
  • Le Léthé ;
  • Remords posthume.

Este último poema, detalhando o destino reservado para Jeanne após sua morte, não é muito elogioso. Ele desenha o registro amargo e cruel de um relacionamento que não poderia satisfazer Baudelaire e provou ser uma fonte de sofrimento.[8].

Théophile Gautier[editar | editar código-fonte]

Gautier, escritor e poeta, conquistou a admiração de Baudelaire por sua perfeição de forma e seu domínio de linguagem, embora Baudelaire julgasse que Gautier não tinha emoção e espiritualidade profundas. Ambos se esforçaram para expressar a visão interior do artista, que Heinrich Heine havia afirmado anteriormente: "Em questões artísticas, eu sou um sobrenaturalista. Acredito que o artista não pode encontrar todas as suas formas na natureza, mas que as mais notáveis lhes são reveladas em sua alma."[9] As frequentes reflexões de Gautier sobre a morte e o horror da vida influenciaram os escritos de Baudelaire. Em gratidão por sua amizade e coincidência de visão, Baudelaire dedicou "As flores do mal" a Gautier.

Édouard Manet[editar | editar código-fonte]

Manet e Baudelaire tornaram-se companheiros frequentes por volta de 1855. No início da década de 1860, Baudelaire acompanhou Manet em viagens diárias e muitas vezes o encontrou socialmente. Manet também emprestou dinheiro a Baudelaire e cuidou de seus negócios, particularmente quando Baudelaire foi à Bélgica. Baudelaire encorajou Manet a trilhar seu próprio caminho e não sucumbir às críticas. "Manet tem grande talento, um talento que resistirá à corrosão do tempo. Mas ele possui um caráter fraco."[10] Em sua pintura Música nas Tulherias, Manet incluiu retratos dos seus amigos: Théophile Gautier, Jacques Offenbach, e Baudelaire.[11] Embora seja difícil diferenciar quem influenciou quem, tanto Manet quanto Baudelaire discutiram e expressaram alguns temas comuns através de suas respectivas maneiras de fazer arte. Baudelaire elogiou a modernidade de Manet: "quase toda a nossa originalidade vem do selo que o 'tempo' imprime em nossos sentimentos".[12] Quando a famosa Olympia (1863), uma obra que retrata uma prostituta nua, provocou um escândalo por seu realismo flagrante misturado à imitação de detalhes renascentistas, Baudelaire apoiou em particular seu amigo, embora não tivesse oferecido nenhuma defesa pública (ele estava, no entanto, doente na época). Quando Baudelaire retornou da Bélgica após seu derrame, Manet e sua esposa o visitavam assiduamente na casa de repouso e ela tocava trechos de Wagner para Baudelaire ao piano.[13]

Nadar[editar | editar código-fonte]

Nadar (Félix Tournachon) foi um notável caricaturista, cientista e importante fotógrafo. Baudelaire admirou Nadar, um de seus amigos mais íntimos, e declarou: "Nadar é a mais incrível manifestação de vitalidade".[14] Os dois se moviam em círculos semelhantes e Baudelaire fez muitas conexões sociais por intermédio dele. A ex-amante de Nadar, Jeanne Duval, tornou-se amante de Baudelaire por volta de 1842. Baudelaire interessou-se por fotografia na década de 1850 e, afirmando-a como uma forma de arte, defendeu seu retorno ao "seu verdadeiro propósito: o de ser servente das ciências e das artes." A fotografia não deve, segundo Baudelaire, invadir "o domínio do impalpável e do imaginário".[15] Nadar permaneceu ao lado do poeta parisiense mesmo nos últimos dias e publicou a notícia de seu obituário no Le Figaro.

Edgar Allan Poe[editar | editar código-fonte]

Em 1847, Baudelaire familiarizou-se com as obras de Poe. Ele encontrou contos e poemas que, de acordo com ele, existiam há muito tempo em seu próprio cérebro, mas nunca tomavam uma forma definitiva. Baudelaire viu em Poe um precursor e tentou ser sua contraparte francesa contemporânea.[16] Daquele tempo até 1865, o poeta ocupou-se amplamente em traduzir as obras de Poe; Suas traduções foram elogiadas. Baudelaire não foi o primeiro a protagonizar traduções de Poe para o francês, mas suas "traduções cuidadosas" foram reconhecidas entre as melhores. As obras foram publicados como Histoires extraordinaires (Histórias extraordinárias) (1852), Nouvelles histoires extraordinaires (Novas histórias extraordinárias) (1857), Aventures d'Arthur Gordon Pym, Eureka, e Histoires grotesques et sérieuses (Histórias grotescas e sérias) (1865). Dois ensaios sobre Poe podem ser encontrados em Oeuvres complètes de Baudelaire (Obras completas).

Eugène Delacroix[editar | editar código-fonte]

Baudelaire foi um forte defensor do pintor romântico Delacroix, e o chamou de "poeta da pintura". Baudelaire também absorveu grande parte das ideias estéticas de Delacroix, expressas em seus diários. Tal como Baudelaire elaborou em seu "Salão de 1846": "Quando contemplamos sua série de quadros, parece que estamos experienciando a celebração de algum mistério... Essa melancolia grave e elevada brilha com uma luz opaca... queixosa e profunda como uma melodia de Weber". Delacroix, embora apreciativo, manteve distância de Baudelaire, particularmente depois do escândalo que recaiu sobre as As flores do mal. Na correspondência privada, Delacroix afirmou que Baudelaire "realmente me dá nos nervos" e expressou sua insatisfação em relação aos persistentes comentários de Baudelaire sobre "melancolia" e "febrilidade".[17]

Richard Wagner[editar | editar código-fonte]

Baudelaire conhecia pouco acerca de compositores além de Beethoven e Weber. Weber foi, de certa forma, o precursor de Wagner, usando o leitmotif e concebendo a ideia do "trabalho de arte total" ("Gesamtkunstwerk"). Ambos ganharam a admiração de Baudelaire.

Antes mesmo de ouvir as composições de Wagner, Baudelaire estudou resenhas e ensaios sobre ele e pontuou suas impressões. Mais tarde, Baudelaire os colocou em sua análise não-técnica sobre Wagner: "Richard Wagner et Tannhäuser à Paris".[18] A reação baudelairiana à música era apaixonada e psicológica. Ele afirmava: "A música me engolfa (possui) tal com o mar."[18] Depois de prestigiar a três concertos de Wagner em Paris em 1860, Baudelaire escreveu ao compositor: "Eu tive um sentimento de orgulho e alegria em compreender, em ser possuído, em ser arrebatado, um prazer verdadeiramente sensual similar àquele de flutuar no ar."[19] Os escritos de Baudelaire deram estrutura à elevação de Wagner e ao culto Wagnerismo que percorreria toda a Europa nas próximos décadas.

Estilo poético[editar | editar código-fonte]

Quem dentre nós já não terá sonhado, em dias de ambição, com a maravilha de uma prosa poética? Deveria ser musical, mas sem ritmo ou rima; bastante flexível e resistente para se adaptar às emoções líricas da alma, às ondulações do devaneio, aos choques da consciência. Esse ideal, que se pode tornar ideia fixa, se apossará sobretudo, daquele que, nas cidades gigantescas, está afeito à trama de suas inúmeras relações entrecortantes.
— Dedicação em Le Spleen de Paris

Baudelaire é um dos maiores inovadores da literatura francesa. Sua poesia é influenciada pelos poetas românticos franceses do início do século XIX, embora sua atenção aos aspectos formais do verso o conecte mais à obra de seus contemporâneos "parnasianos". Quanto ao tema e tom, em seus trabalhos, vemos a rejeição à crença na supremacia da natureza e da bondade fundamental do homem tipicamente adotada pelos românticos e expressa por eles na voz retórica, efusiva e pública em favor de uma nova sensibilidade urbana, uma consciência da complexidade moral individual, um interesse no vício (ligado à decadência) e refinados prazeres sensuais e estéticos, e o uso de assuntos urbanos, como a cidade, a multidão, os transeuntes individuais, todos expressos em versos ordenados, às vezes através de uma voz cínica e irônica. Formalmente, o uso do som para criar a atmosfera, de "símbolos" (imagens que assumem uma função expandida dentro do poema), traçam um movimento que considera o poema como um objeto auto-referencial, uma ideia desenvolvida pelos Simbolistas Verlaine e Mallarmé, que reconhecem Baudelaire como um pioneiro neste sentido.

Retrato de Baudelaire tirado por Nadar.

Algumas características de seu trabalho recebem regularmente muita discussão crítica como o papel da mulher, a direção teológica da sua obra, a alegada defesa do "satanismo", sua experiência de estados mentais induzidos por drogas, a figura do dândi, sua postura em relação à democracia e suas implicações para com o indivíduo; respostas às incertezas espirituais da época, suas críticas à burguesia e sua defesa da música moderna e da pintura (por exemplo, Richard Wagner, Delacroix). Ele fez de Paris o tema da poesia moderna. [20]

Além de ser, evidentemente, o prenunciador de todos os grandes poetas simbolistas, Baudelaire é tido pela maior parte dos críticos como o mais provável fundador da poesia dita moderna. O termo modernidade (modernité), cunhado por Charles Baudelaire, designado a experiência indescritível e efêmera da vida na metrópole e na cidade, e também a responsabilidade que a arte possui de capturar essa experiência e de expressá-la em muitas formas distintas, evocativa e original[21].

Isto se deve ao fato de que, através da percepção do real, chegava sempre a um correlato objetivo para o sentimento que desejasse expressar, tal qual T. S. Eliot define o termo, observando o uso precursor de tal conceito na poesia do francês. Veja-se o poema "Correspondances" (Correspondências), de As Flores do Mal, onde Baudelaire expõe a origem de seu "projeto simbólico".

Desta forma, sua poesia tendeu para a expressão de imagens cotidianas, o "visto pelo autor", tendo, o poeta, sido quem melhor, em sua época, intuiu a mudança radical provocada pela metrópole sobre a sensibilidade.[22]

Era, como os modernistas que vieram após ele, um realista que detestava o entorpecimento da reprodução do mundo em poemas e pinturas e que tinha, ao mesmo tempo, ojeriza pela subjetividade exagerada. Respondendo à pergunta, por ele mesmo formulada, sobre o que seria uma arte pura, conclui: "É criar uma mágica sugestiva, contendo a um só tempo o objeto e o sujeito, o mundo exterior ao artista e o próprio artista." É através, naturalmente, dos sentidos, que Baudelaire apreende a realidade concreta. A mesma maneira de encarar a arte que o torna um precursor dos poetas do fim do século XIX o faz ser considerado o pai da poesia moderna.[23]

Baudelaire foi um participante ativo do seio artística de seu tempo. Como crítico e ensaísta, ele escreveu extensivamente e perceptivelmente sobre temas da cultura francesa. Ele era sincero com amigos e inimigos, raramente adotava a abordagem diplomática e, às vezes, respondia com truculência verbal, o que muitas vezes prejudicava tudo o que ele representava.[24] Sua lista de amigos era numerosa e incluía:Gustave Courbet, Honoré Daumier, Franz Liszt, Champfleury, Victor Hugo, Gustave Flaubert, e Balzac.

Obras[editar | editar código-fonte]

  • Salon de 1845
  • Salon de 1846
  • La Fanfarlo (1847)
  • Du vin et du haschisch (1851)
  • Fusées (1851)
  • L'Art romantique (1852) publicada em 1869.
  • Morale du joujou (1853)
  • Exposition universelle (1855)
  • Les Fleurs du mal / As flores do mal (1857)
  • Le Poème du haschich (1858)
  • Salon de (1859)
  • Les Paradis artificiels / Paraísos Artificiais (1860)
  • La Chevelure (1861)
  • Réflexions sur quelques-uns de mes contemporains (1861)
  • Richard Wagner et Tannhäuser à Paris (1861)
  • Petits poèmes en prose ou Le Spleen de Paris / Pequenos poemas em prosa (1862)
  • Le Peintre de la vie moderne / O Pintor da vida moderna (1863)
  • L'œuvre et la vie d'Eugène Delacroix (1863)
  • Mon cœur mis à nu (1864)
  • Les Épaves (1866)
  • Curiosités esthétiques /

Curiosidades estéticas (1868)

  • Pequenos poemas em prosa, 1869
  • Journaux intimes (1851-1862)
  • Oeuvres Posthumes et Correspondance Générale, 1887–1907
  • Fusées, 1897
  • Mon Coeur Mis à Nu, 1897
  • Oeuvres Complètes, 1922–53 (19 vols.)
  • Mirror of Art, 1955
  • The Essence of Laughter, 1956
  • Curiosités Esthétiques, 1962
  • The Painter of Modern Life and Other Essays, 1964
  • Baudelaire as a Literary Critic, 1964
  • Arts in Paris 1845–1862, 1965
  • Selected Writings on Art and Artist, 1972
  • Selected Letters of Charles Baudelaire, 1986
  • Twenty Prose Poems, 1988
  • Critique d'art; Critique musicale, 1992

As flores do mal[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: As flores do mal
A primeira edição de Les Fleurs du mal com notas do autor.

Baudelaire era um escritor lento e exigente, muitas vezes encontrava-se entre a distração e indolência, aflição emocional e doença, e foi só em 1857 que publicou seu primeiro e mais famoso volume de poemas, Les fleurs du mal.[25]

Os poemas obtiveram um pequeno público apreciativo, no entanto, a maior atenção pública foi dada ao assunto. O efeito sobre os colegas artistas era, como afirmou Théodore de Banville, "imenso, prodigioso, inesperado, uma mistura de admiração e medo ansioso e indefinível".[26] Gustave Flaubert, que havia sido recentemente atacado de forma semelhante por causa de sua Madame Bovary, ficou estupefato e escreveu para Baudelaire: "Você encontrou uma maneira de rejuvenescer o Romantismo... Você é tão inflexível quanto o mármore e tão penetrante quanto uma névoa inglesa."[27]

Os principais temas da obra (sexo e morte) foram considerados escandalosos. Baudelaire também retratou o lesbianismo, o amor sagrado e profano, a metamorfose, a melancolia, a corrupção da cidade, a inocência perdida, a opressão da vida, e o vinho. Um aspecto notável em alguns poemas é o uso que Baudelaire faz das imagens do olfato e das fragrâncias, que são usadas para evocar sentimentos de intimidade e nostalgia.[28]

O livro, todavia, rapidamente tornou-se um sinônimo de nocividade entre os principais críticos da época. Alguns críticos assumiam que alguns dos poemas eram "obras-primas da paixão, da arte e da poesia", mas outros poemas foram considerados merecedores de restrição legal.[29] J. Habas, escritor do Le Figaro, liderou a acusação contra Baudelaire, escrevendo: "Tudo [neste livro] o que não é horrível é incompreensível, tudo o que se entende é pútrido". Então Baudelaire respondeu em uma carta profética para sua mãe:

"Você sabe que sempre considerei que a literatura e a arte devem buscar um objetivo independente da moralidade. Beleza de concepção e estilo são suficientes para mim. Mas este livro, cujo título (Flores do mal) já diz tudo, está vestido, como você verá, em uma beleza fria e sinistra. Foi criado com raiva e paciência. Além disso, a prova de seu valor está em todo o mal que eles falam dele, o livro enfurece as pessoas. Não me importo com todos esses imbecis, e sei que este livro, com suas virtudes e defeitos, terá o seu lugar ao lado dos melhores poemas de V. Hugo, Th. Gautier e até Byron."[30]

Ilustrações para Les Épaves, produzidas por Félicien Rops, amigo de Baudelaire.

Baudelaire, seu editor e a gráfica foram processados por ofensa contra a moral pública. Eles foram multados, mas Baudelaire não foi preso.[31] Seis poemas foram suprimidos, porém reeditados mais tarde como Les Épaves. Outra edição de Les Fleurs du mal, sem estes poemas, mas com consideráveis adições, reapareceu em 1861. Muitos literatos notáveis uniram-se a Baudelaire e condenaram a sentença. Victor Hugo escreveu para ele: "As suas flores do mal brilham e deslumbram como estrelas... Eu aplaudo seu espírito vigoroso com todas as minhas forças."[32] Baudelaire não recorreu do julgamento, porém, sua multa foi reduzida. Quase 100 anos depois, em 11 de maio de 1949, Baudelaire foi inocentado, a sentença revertida oficialmente e os seis poemas proibidos reintegrados na França.[32]

Filosofia[editar | editar código-fonte]

Diversas declarações filosóficas de Baudelaire foram consideradas escandalosas e intencionalmente provocativas para a sua época. Escreveu sobre uma ampla gama de assuntos, atraindo críticas e indignação de muitos.

Política[editar | editar código-fonte]

Junto a Poe, Baudelaire nomeou o reacionário Joseph de Maistre como seu maître à penser (mestre),[33] e adotou visões cada vez mais aristocráticas. Em seus diários, ele escreveu: "Não existe uma forma de governo racional e seguro, exceto a aristocracia. Uma monarquia ou uma república baseadas na democracia são igualmente fracas e absurdas. A imensa náusea das propagandas. Há apenas três seres dignos de respeito: o sacerdote, o guerreiro e o poeta: saber, matar e criar. O resto da humanidade pode ser coletável e forçado, eles nasceram para o estábulo, isto é, para praticar o que eles chamam de profissões."[34]

Amor[editar | editar código-fonte]

"Há um gosto invencível pela prostituição no coração do homem, do qual vem o seu horror à solidão. Ele quer ser "dois". O homem de gênio quer ser "um"... É esse o horror à solidão, a necessidade de se perder na carne externa, que o homem chama nobremente de "necessidade de amar"."[35][36]

O artista[editar | editar código-fonte]

"Quanto mais o homem cultiva as artes, menos libidinoso ele se torna... Somente o bruto é bom no acoplamento, e a cópula é o lirismo das massas. Copular é entrar em outro - e o artista jamais emerge de si mesmo".[35]

Matrimônio[editar | editar código-fonte]

"Incapaz de suprimir o amor, a Igreja queria pelo menos desinfetá-lo, e então criou o casamento".[35]

Prazer[editar | editar código-fonte]

"Particularmente, penso que o prazer único e supremo reside na certeza de fazer o mal - e homens e mulheres sabem desde o nascimento que todo o prazer está contido no mal."[35]

O público[editar | editar código-fonte]

"Com relação a isso, meu caro, você é como o público, a quem nunca se deve oferecer um perfume delicado. Isso os exaspera. Apenas lhes dê lixo cuidadosamente selecionado."

Tempo[editar | editar código-fonte]

"Cada homem carrega dentro de si sua própria dose de ópio natural, incessantemente secretado e renovado, e desde o nascimento até a morte, quantas horas repletas de prazer podemos contar, com eficaz e próspera ação?"

Últimos anos e morte[editar | editar código-fonte]

Foi na Bélgica com uma pequena causa de diarreia que Baudelaire encontrou Félicien Rops, que ilustra "As flores do mal". E residirá dois anos em Bruxelas. Aí ambiciona ganhar a vida com conferências sobre arte, mas são um fracasso. Na primavera se encontra com seu editor. Consegue lecionar somente três conferências sobre Paraísos Artificias, Delacroix e Gautier, com escasso público. Tenta reeditar uma coletânea de sua obra completa, mas também fracassa; vinga-se da falta de aceitação escrevendo um panfleto intitulado Pobre Bélgica!.

Durante uma visita à Igreja de St. Loup, de Namur, Baudelaire perde a consciência. Este colapso é acompanhado por alterações cerebrais, particularmente afasia. Desde março de 1866, ele sofre de hemiplegia. Ele morreu de sífilis em Paris, em 31 de agosto de 1867, sem a realização do projeto de uma edição final de "As flores do mal", como ele desejava. Ele está enterrado no Cemitério de Montparnasse (sexta divisão), no mesmo túmulo de seu padrasto, o general Jacques Aupick, e sua mãe.[37] Morreu prematuramente sem sequer conhecer a fama.

Em novembro de 1867, poucos meses depois da morte de Baudelaire, vai a leilão público toda a sua propiedade literária. Entre os documentos leiloados estão as listas de Poèmes à faire: esboços e notas, associados à obra Le Spleen de Paris. Neste conjunto estão também os títulos de criação denominados por Baudelaire como Oneirocrities, a arte de explicar os sonhos.

Depois de seu falecimento, Charles Baudelaire seria então considerado o patrono e grande profeta da poesia moderna. Foi uma figura bastante popular entre os círculos artísticos de Paris. Manet incluiu a sua efígie no seu famoso quadro Música nas Tulherias, e em 1865 produziu dois retratos dele, um deles baseado numa fotografia tirada por Nadar.

Influência[editar | editar código-fonte]

Homenagem a Delacroix, Baudelaire (o último sentado, ao lado direito).
Retrato por Gustave Courbet, 1848

A influência de Baudelaire nas bases da literatura de língua francesa e inglesa é considerável. Um dos maiores escritores franceses, Arthur Rimbaud, chamou-o em uma carta de 'rei dos poetas, um verdadeiro Deus'.[38] Em 1895, Stéphane Mallarmé publicou um soneto em homenagem à memória de Baudelaire, 'Le Tombeau de Charles Baudelaire'. Marcel Proust, em um ensaio publicado no ano de 1922, afirmou que o poeta, juntamento com Alfred de Vigny, foi um dos mais 'importantes poetas do século dezenove'.[39]

No universo literário anglófono, Edmund Wilson creditou Baudelaire como sendo provedor de um ímpeto inicial para o desenvolvimento do movimento simbolista.[40] Em 1930, T. S. Eliot afirmou que Baudelaire ainda não recebeu "devida apreciação" até mesmo na França, assegurado-lhe o titulo de "gênio" e que os seus "versos são um estudo para os futuros poetas, não somente para os falantes de língua francesa."[41] In a lecture delivered in French on "Edgar Allan Poe and France" (Edgar Poe et la France) in Aix-en-Provence in April 1948, Eliot stated that "I am an English poet of American origin who learnt his art under the aegis of Baudelaire and the Baudelairian lineage of poets."[42] Eliot also alluded to Baudelaire's poetry directly in his own poetry. For example, he quoted the last line of Baudelaire's 'Au Lecteur' in the last line of Section I of 'The Waste Land.'{{carece de fontes}}

At the same time that Eliot was affirming Baudelaire's importance from a broadly conservative and explicitly Christian viewpoint,[43] left-wing critics such as Wilson and Walter Benjamin were able to do so from a dramatically different perspective. Benjamin translated Baudelaire's Tableaux Parisiens into German and published a major essay on translation[44] as the foreword.

In the late 1930s, Benjamin usou Baudelaire como ponto de foco inicial para o seu trabalho materialista sobre a cultura do século XIX, Das Passagenwerk.[45] Para Benjamin, a i,portancioa de Baudelaire se encontra em suas anatomia relacionada à multidão, à cidade e à modernidade.[46] O autor afirma que nas Les Fleurs du mal a "desvalorização específica do mundo das coisas, manifestada em comodidade, é o aspecto fundacional das alegorias baudelairianas."

Seu conterrâneo Barbey d'Aurevilly, escritor e crítico literário, que foi um dos primeiros a defender a qualidade da obra baudelairiana, afirmou que Charles foi o Dante de uma época decadente.

Baudelaire foi para alguns uma crítica e síntese do Romanticismo, para outros o precursor do Simbolismo, e provavelmente tenha sido ambas as coisas. Também é considerado o patrono espiritual do Decadentismo que aspirava épater la bourgeoisie (chocar a burguesia). Os críticos concordam ao assinalar que Baudelaire abriu caminho para a poesia moderna. A sua oscilação entre o diabólico e sublime, o requintado e grosseiro, a angústia entediante (spleen) e o ideal, corresponde ao espírito novo, precursor da percepção da vida urbana. Além disso, ele estabeleceu uma estrutura para a poesia baseada na obra Correspondências. As correspondências equivalem a audazes imagens sensoriais e representativas da vida caótica e espiritual do homem moderno.

O simbolismo de Rimbaud, Verlaine e Mallarmé avançou pelo caminho de uma poesia autônoma e provém especialmente desta concepção estética profunda de Baudelaire. O trabalho amplificador expressivo que ele realizou com a metáfora contribuiu para o desenvolvimento e expansão ilimitados de representação poética. Todos os estes mecanismos foram de importância decisiva para a poesia do século XX, junto à experimentação de Arthur Rimbaud, o principal dos poetas "malditos", talvez um dos herdeiros de Baudelaire. O próprio Rimbaud foi um dos primeiros escritores a exaltar o poeta parisiense; apenas depois de quatro anos de sua morte, Rimbaud coroava Baudelaire como "Rei dos Poetas, verdadeiro Deus."[47] No mundo de língua inglesa, Edmund Wilson considerou Baudelaire como o autor que impôs maior força sobre o movimento simbolista, através da sua tradução de Edgar Allan Poe.[48]

No início dos anos 20 vários autores como Marcel Proust, Walter Benjamin e T.S. Eliot retomam o interesse por Baudelaire mediante diversas análises, estudos, ensaios e artigos. Em 1930, Eliot elabora a teoria de que Baudelaire, que ainda não era suficientemente respeitado e valorizado, inclusive na França, era "um gênio", e acrescentou que seu "virtuosismo técnico, quase nunca subestimado... fez com que seus versos se tornassem uma fonte inesgotável de futuros poetas, não só da língua francesa."[49] Eliot afirmava que a poesia mais relevante escrita em inglês durante os vinte anos anteriores haviam recebido influência de Baudelaire.

O surrealismo também deve sua projeção à influência baudelairiana, mesmo que nunca tenha havido uma manifestação de admiração a Baudelaire por parte dos poetas identificados com este movimento, a relevância do poeta parisiense é indiscutível, como ressaltou André Breton em uma correspondência: "Com Le Spleen de Paris e Oneirocrities inaugurou-se o Surrealismo para, décadas depois, despertar novamente".

Cronologia[editar | editar código-fonte]

  • 1821 - (9 de abril) Nasce, em Paris, Charles-Pierre Baudelaire, filho de François Baudelaire e Caroline Archimbaut-Dufays.
  • 1827 - Morre François Baudelaire.
  • 1828 - A sua mãe casa em segundas núpcias com o militar Jacques Aupick.
  • 1832 - O Coronel Jacques Aupick é transferido para Lyon, levando consigo a esposa e o filho desta, Charles Baudelaire.
  • 1833 - Baudelaire é matriculado como aluno interno no Collège Royal de Lyon.
  • 1836 - O Coronel Jacques Aupick é nomeado para o Estado Maior do Exército em Paris. Recomeça os estudos em Paris.
  • 1838 - Viagem aos Pirenéus com a mãe e o padrasto. É após esta viagem que ele escreve o poema Incompatibilité.
  • 1839 - Baudelaire conclui o curso colegial. Seu padrasto é promovido a General da Brigada.
  • 1840 - Baudelaire vive na pensão Lévêque et Bailly e faz amizade com dois jovens poetas, Gustave Le Vavasseur e Ernest Prarond.
  • 1841 - Pressionado pela família e pelo padrasto, que não admitiam sua independência e determinação, Baudelaire é obrigado a embarcar num navio em Bordéus com destino a Calcutá. Meses depois, o General Aupick, seu padrasto, recebe uma carta do comandante do navio dando conta de que o jovem Baudelaire decidiu abandonar a viagem na Ilha de Reunião, não indo mais a Calcutá.
  • 1842 - Retorna à França. Ligação com Jeanne Duval, uma jovem mulher que ele conhece no teatro Porte Saint-Antoine. Conhece Félix Tournachon, fotógrafo conhecido como Nadar, de quem fica muito amigo. Baudelaire atinge a maioridade e recebe a herança deixada por seu pai no valor de 75 mil francos. Passa a morar na Ilha de Saint-Louis, em Paris.
  • 1843 - Estreia numa coletânea literária chamada Vers. Muda-se para o Hotel Pimodan, conhece muitas pessoas ligadas às artes, como poetas, pintores e marchands. É nesse hotel que Baudelaire reencontra o poeta Théophile Gautier, sua futura paixão Apolonie Sabatier, e Fernand Boissard, pintor morto prematuramente. É aí que instala o famoso Club des Haschischins, que inspirará Baudelaire a escrever a primeira parte dos Paraísos Artificiais.

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. "A máscara – do dândi – sempre lhe foi um subterfúgio: se por um lado é artifício, por outro, parece ter lhe aderido à pele – só sendo removida para dar lugar a outras, dentre as quais a do flâneur, boêmio, trapeiro e apache." - O POETA BAUDELAIRE E SUAS MÁSCARAS: BOÊMIO, DÂNDI, FLÂNEUR, Marcos Antonio de Menezes, Revista fato&versões, n.1 v.1, p. 64-81, 2009
  2. «Carlos, Luís Adriano. Universidade do Porto. 1989» (PDF). Universidade do Porto 
  3. Charles Baudelaire, Richard Howard. Les Fleurs Du Mal. David R. Godine Publisher, 1983, p. xxv. ISBN 0-87923-462-8, ISBN 978-0-87923-462-1.
  4. Biografias e Vidas (22 de junho de 2004). «Charles Baudelaire» 
  5. d'après le témoignage de Théodore Duret, recueilli dans le Baudelaire d'Ernest Raynaud, cité dans Lecture de Baudelaire de Louis Aguettant (Les cahiers bleus du Club National du Disque, 1957, p. 13),
  6. Pascal Pia, Baudelaire, Seuil, Collection Écrivains de toujours, 1952 et 1995, p. 50.
  7. « Il vivait alors en concubinage avec Jeanne Duval, et depuis cinq ans qu'il la connaissait avait sondé jusque dans leur profondeur l'animalité de cette sang mêlé. […] Seuls restaient, malgré l'envoûtement qu'exerçait encore sur lui son "vampire", avec un curieux besoin d'expiation, la honte de cette liaison, le remords de la dégradation où le maintenait sa passion avilissante. » Albert Feuillerat, Baudelaire et la belle aux cheveux d'or, José Corti, 1941, p. 21
  8. pour un point de vue moins misogyne, voir : Angela Carter, Vénus noire, C. Bourgois, 2000. L'auteur y présente la liaison vue par Jeanne Duval.
  9. Hyslop (1980), p. 131.
  10. Hyslop (1980), p. 55.
  11. «Music in the Tuileries Gardens». The National Gallery  Parâmetro desconhecido |Data= ignorado (|data=) sugerido (ajuda)
  12. Hyslop (1980), p. 53.
  13. Hyslop (1980), p. 51.
  14. Hyslop (1980), p. 65.
  15. Hyslop (1980), p. 63.
  16. Richardson 1994, p. 140.
  17. Hyslop, Lois Boe (1980). Baudelaire, Man of His Time. [S.l.]: Yale University Press. p. 14. ISBN 0-300-02513-0 
  18. a b Hyslop (1980), p. 68.
  19. Hyslop (1980), p. 69
  20. Haine, Scott. The History of France 1st ed. [S.l.]: Greenwood Press. 112 páginas. ISBN 0-313-30328-2 
  21. "By modernity I mean the transitory, the fugitive, the contingent which make up one half of art, the other being the eternal and the immutable." Charles Baudelaire, "The Painter of Modern Life" in The Painter of Modern Life and Other Essays, edited and translated by Jonathan Mayne. London: Phaidon Press, 13.
  22. Coelho, Maria Paula Mendes. «Da história do símbolo ao simbolismo na história» (PDF). Atas do Colóquio - Literatura e História. Universidade Aberta. Portugal. 2002. Repositorioaberto.univ-ab.pt 
  23. Gay, Peter. Modernism. Nova Iorque/Londres: W.W. Norton & Company Inc.; 2008. p. 40. in Vogt, Carlos. O Modernismo de Lévi-Strauss. 10/10/2009
  24. Richardson 1994, p. 268.
  25. Clark, Carol (1995). Selected Poems. By Charles Baudelaire. London: Penguin Books Ltd. p. xxiii. ISBN 978-0-14-044624-1 
  26. Richardson 1994, p. 236.
  27. Richardson 1994, p. 241.
  28. Richardson 1994, p. 231.
  29. Richardson 1994, pp. 232–237
  30. Richardson 1994, p. 238.
  31. Richardson 1994, p. 248
  32. a b Richardson 1994, p. 250.
  33. «The Cambridge Companion to Baudelaire». cambridge.org 
  34. «Intimate journals :: :: University of Virginia Library». virginia.edu 
  35. a b c d Richardson 1994, p. 50
  36. Baudelaire, Charles (1919). His Prose and Poetry. New York: Boni and Liveright, inc. p. 239 
  37. Biografías y Vidas (22 de junho de 2004). «Charles Baudelaire» 
  38. Rimbaud, Arthur: Oeuvres complètes, p. 253, NRF/Gallimard, 1972.
  39. Concerning Baudelaire in Proust, Marcel: Against Sainte-Beuve and Other Essays, p. 286, trans. John Sturrock, Penguin, 1994.
  40. Wilson, Edmund: Axel's Castle, p. 20, Fontana, 1962 (originally published 1931).
  41. 'Baudelaire', in Eliot, T. S.: Selected Essays, pp. 422 and 425, Faber & Faber, 1961.
  42. Eliot, T.S.: Typescript, Hayward Bequest [held at King's College Archives, University of Cambridge]; subsequently adapted for the lecture later published as From Poe to Valéry, The Hudson Review Vol. 2, No. 3 (Autumn, 1949), pp. 327-342
  43. cf. Eliot, 'Religion in Literature', in Eliot, op. cit., p. 388.
  44. 'The Task of the Translator', in Benjamin, Walter: Selected Writings Vol. 1: 1913–1926, pp. 253–263, Belknap/Harvard, 1996.
  45. Benjamin, Walter: The Arcades Project, trans. Howard Eiland and Kevin McLaughlin, Belknap/Harvard, 1999.
  46. Benjamin, Walter (1996), «The Paris of the Second Empire in Baudelaire», in: Benjamin, Walter, Selected writings: Vol. 4 1938–1940, ISBN 9780674010765, Cambridge, Massachusetts: Belknap Press, pp. 3–92. 
  47. Rimbaud, Arthur: Oeuvres complètes (Obras Completas), p. 253, NRF/Gallimard, 1972.
  48. Wilson, Edmund: Castillo de Axel (Axel's Castle), p. 20, Fontana, 1962 (publicado originalmente em 1931).
  49. "Baudelaire" em Ensaios escorridos de T. S. Eliot, pp. 422 y 425, Faber & Faber, 1961.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

Túmulo de Baudelaire em Montparnasse.
Cenotáfio de Charles Baudelaire no Cimetière du Montparnasse em Paris.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Wikisource
Wikisource
A Wikisource contém fontes primárias relacionadas com Charles Baudelaire
Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Charles Baudelaire
Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Cignenoire/Testes/Charles Baudelaire

em português[editar | editar código-fonte]

em francês[editar | editar código-fonte]



Categoria:Naturais de Paris Categoria:Poetas da França Charles Baudelaire Categoria:Precursores da poesia moderna Categoria:Poetas do simbolismo Categoria:Poetas malditos da poesia moderna Categoria:Sonetistas Categoria:Sepultados no Cemitério do Montparnasse Categoria:Alunos do Lycée Louis-le-Grand