Usuário(a):Ignacio Xavier/psicoterapia neurodinamica

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Psicoterapia neurodinamica[editar | editar código-fonte]

A ‘’’Psicoterapia Neurodinamica’’’ é um desenvolvimento da vegetoterapia caractero-analítica de Wilhelm Reich e Federico Navarro e consiste na ampliação da teoria e da clínica da psicoterapia corporal, levando-se em conta o paradigma da Neurodinamica no que diz respeito ao estudo das interações ente o ser e o ambiente e das interações entre os diversos segmentos e estruturas que constituem o Sistema Nervoso.

A evolução da psicoterapia reichiana se faz a partir da articulação das bases reichianas da psicoterapia corporal com um dos novos paradigmas aportados pelas neurociências. a neurodinamica, é o ramo das neurociências que se dedica ao estudo e compreensão da atividade em curso na rede de neurônios a partir de eventos dependentes da experiência atual; dedica-se também ao estudo de como o ambiente e o organismo se agenciam mutuamente criando a fluidez da realidade em que se vive.

A Neurodinamica (ND) encontra suas origens na obra de A. R. Luria - para quem "a psicoterapia no futuro deverá ser neurodinamica"[1] e no laboratório do psicólogo canadense Donald Hebb. Em 1949, Hebb postulou a lei da força das conexões sinápticas que pode ser sumarizada no seguinte aforismo: “neurônios que disparam juntos permanecem unidos; neurônios que não disparam juntos, perdem o contato.” O advento da microscopia eletrônica propiciou, dez anos depois, a validação empírica de sua teoria que se tornou conhecida como Lei de Hebb.

Contribuem também para a constituição e o desenvolvimento da Neurodinamica o trabalho de pesquisadores como Walter Freeman, Rodolfo Llinás, Ribari, Gerald Edelmann e Tononi, António Damásio, Jaak Panksepp e outros pesquisadores de renome no campo da neurociência das emoções, da cognição e dos estados sucessivos que caracterizam a atenção e o campo da consciência.

Princípios teóricos[editar | editar código-fonte]

Os marcos teóricos da Psicoterapia neurodinamica emergem da contribuição contemporânea de Xavier e Haldane à teoria da formação do caráter elaborada por Wilhelm Reich, das contribuições da Etologia humana ao entendimento das bases naturais do comportamento humano providas pelas observações de Charles Darwin, Konrad Lorenz, John Bowlby e Irenaus Eibl-Eibesfeldt, além das contribuições atuais de autores como Damásio, Panksepp e outros no âmbito da pesquisa neurocientífica de ponta acerca do Sentido de Self ("self sentience"), das emoções e da cognição na construção de uma nova concepção para a constituição da subjetividade humana. Nesse modelo, a constituição do indivíduo e sua identidade apresenta-se como uma construção e uma desconstrução permanentes, cuja estabilidade subjetiva e suas possibilidades de deriva criativa encontram-se recursivamente ancoradas na atividade neurodinâmica em curso nos distintos estratos da rede de neurônios.

Princípios clínicos[editar | editar código-fonte]

Do ponto de vista da técnica, a PN caracteriza-se pela ação clínica em três dimensões distintas e mutuamente interligadas da experiência humana. O manejo clínico é balizado pela psicodinâmica que emerge da teoria libidinal de Wilhelm Reich em cada uma das vertentes da vivencia do presente: 1. o plano da experiência corporal: inclui as experiências sensoriais nas suas distintas modalidades, com a facilitação de experiências sensíveis atuais da corporeidade, das memórias, sentimentos e fantasias do sujeito. A técnica de facilitação das experiências da corporeidade é balizada pelos dispositivos clínicos da vegetoterapia elaborada por Navarro; 2. o plano da relação interpessoal: inclui as vivencias relacionais que implicam na interação entre o sujeito e o terapeuta, orientado pelos aportes oriundos da etologia humana. A dimensão relacional subdivide-se entre as experiências intrapsíquicas do sujeito (as relações entre o ego e o self) e as experiências interpessoais propriamente ditas; 3. o plano linguístico: implicando nas produções discursivas do sujeito, com a identificação das linhas de força que caracterizam a sua estrutura linguística e habilidades comunicativas, balizando-se o trabalho clínico segundo o paradigma do cognitivismo linguístico de George Lakoff e Mark Johnson.

A PN destaca-se no campo das psicoterapias como uma psicoterapia do presente, da atenção e da consciência, embasada num modelo teórico-clínico interdisciplinar solidamente embasado na neurociência e cuja ênfase consiste na identificação e reconstrução dos processos emergentes disfuncionais que decorrem dos encontros entre o sujeito e seu ambiente, entre o sujeito e a sua corporeidade e entre o sujeito e a cultura que o atravessa.

Áreas:

Categoria: Psicoterapias

Referencias:

Referências

  1. Haldane, S.W. - Uma abordagem relacional para a psicoterapia neurodinamica. In: Revista Reichiana, nº 13, 45-59. São Paulo, 2004.ISSN: 1678-9792

Princípios teóricos[editar | editar código-fonte]

Os marcos teóricos da Psicoterapia neurodinamica emergem da contribuição contemporânea de Xavier e Haldane à teoria da formação do caráter elaborada por Wilhelm Reich, das contribuições da Etologia humana ao entendimento das bases naturais do comportamento humano providas pelas observações de Charles Darwin, Konrad Lorenz, John Bowlby e Irenaus Eibl-Eibesfeldt, além das contribuições atuais de autores como Damásio, Panksepp e outros no âmbito da pesquisa neurocientífica de ponta acerca do Sentido de Self ("self sentience"), das emoções e da cognição na construção de uma nova concepção para a constituição da subjetividade humana.

Nesse modelo, a constituição do indivíduo e sua identidade apresenta-se como uma construção e uma desconstrução permanentes, cuja estabilidade subjetiva e suas possibilidades de deriva criativa encontram-se recursivamente ancoradas na atividade neurodinâmica em curso nos distintos estratos da rede de neurônios.

Princípios clínicos[editar | editar código-fonte]

Do ponto de vista da técnica, a PN caracteriza-se pela ação clínica em três dimensões distintas e mutuamente interligadas da experiência humana. O manejo clínico é balizado pela psicodinâmica que emerge da teoria libidinal de Wilhelm Reich em cada uma das vertentes da vivencia do presente:

1. o plano da experiência corporal: inclui as experiências sensoriais nas suas distintas modalidades, com a facilitação de experiências sensíveis atuais da corporeidade, das memórias, sentimentos e fantasias do sujeito. A técnica de facilitação das experiências da corporeidade é balizada pelos dispositivos clínicos da vegetoterapia elaborada por Navarro;

2. o plano da relação interpessoal: inclui as vivencias relacionais que implicam na interação entre o sujeito e o terapeuta, orientado pelos aportes oriundos da etologia humana. A dimensão relacional subdivide-se entre as experiências intrapsíquicas do sujeito (as relações entre o ego e o self) e as experiências interpessoais propriamente ditas;

3. o plano linguístico: implicando nas produções discursivas do sujeito, com a identificação das linhas de força que caracterizam a sua estrutura linguística e habilidades comunicativas, balizando-se o trabalho clínico segundo o paradigma do cognitivismo linguístico de George Lakoff e Mark Johnson.

A PN destaca-se no campo das psicoterapias como uma psicoterapia do presente, da atenção e da consciência, embasada num modelo teórico-clínico interdisciplinar solidamente embasado na neurociência e cuja ênfase consiste na identificação e reconstrução dos processos emergentes disfuncionais que decorrem dos encontros entre o sujeito e seu ambiente, entre o sujeito e a sua corporeidade e entre o sujeito e a cultura que o atravessa.

Áreas:

Categoria: Psicoterapias

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