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Historiadores que pensam que o Estado Novo era fascista mas que reconhecem a exitência de outras correntes de pensamento[editar | editar código-fonte]

  • Irene Pimentel dizia em 2010 que "Está na hora de haver um debate público entre historiadores do Estado Novo", apela Irene Flunser Pimentel, para quem há várias correntes historiográficas que convivem em Portugal sem que isso seja assumido."
ver: [| Artigo no Jornal Público "A História de Rui Ramos desculpabiliza o Estado Novo?"].
  • Luis Reis Torgal diz que "Na verdade pode dizer-se que a historiografia - não confundir com historiografia ideológica ou idelogia historiográfica, que aparece em todos os tempos e que tem como paradigma no Estado Novo a história de João Ameal - de um modo geral observou o Estado Novo, as suas concepções e as sua práticas. De tal maneira que - como acabámos de ver - se afastou para uma metodologia de afastamento do salazarismo do do conceito de "fascismo", mesmo que em termos de omissão do problema."
Ver Reis Torgal, "Estados novos, estado novo: ensaios de história política e cultural vol. I - Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 1 sept. 2009 - Página 322.
Luis Reis Torgal também diz que de forma muito clara que: "verificarmos que a maioria dos historiadores, sociólogos e politólogos portugueses e estrangeiros (René Rémond, Pierre Milza, Stanley Payne…) ou ultrapassa a questão da caracterização do Estado Novo ou reconhece-lhe uma “originalidade” ou “singularidade” própria, não confundível com o sistema nomeado, em sentido genérico, de “fascismo”.
Ver: [“O fascismo nunca existiu…”: reflexões sobre as representações de Salazar ]
  • Manuel Loff diz que "Rui Ramos faz parte de um grande número de historiadores que refutam o carácter fascista. Eu próprio rejeito essa classificação, só considero essa perspectiva de análise entre 1933 e 1945
ver: [| Artigo no Jornal Público "A História de Rui Ramos desculpabiliza o Estado Novo?"].
  • Manuel de Lucena, académico estudioso dos corporativismos, fascismos, e totalitarismos. O primeiro cientista social português contemporâneo reconhecido no estrangeiro; entre outros, dialoga com [que defendia que o Estado Novo NÃO era Fascista], Emilio Gentile, Philippe Schmitter sobre a problemática do fascismo e do corporativismo. Ficou célebre por ter defendido a ideia de que o Estado Novo é um fascismo sem movimento fascista. Publicou trabalhos sobre as várias interpretaçoes do Salazarismo e em que argumentou contra historiadores que consideram que o Estado Novo nao foi fascita (e.g Stanley Payne)
Ver por exemplo [de Lucena. Análise Social,vol. XX (83), 1984-4.º, 423-451. Interpretações do salazarismo: notas de leitura crítica — I. ]
  • Jorge Pais de Sousa fez o doutoramento e o Mestrado em História Contemporânea diz que: em termos sintéticos, esta comunidade [Académica] encontra-se dividida entre aqueles que como Luís Reis Torgal, Fernando Rosas, Manuel Lofff e Enzo Colotti, consideram o Estado Novo uma forma de fascismo genérico e António Costa Pinto, Stanley Payne, Ernst Nolte e Emilio Gentile, que o consideram antes um regime autoritário de carácter conservador.
Ver [Pais de Sousa O Estado Novo de Salazar como um Fascismo de Cátedra Fundamentação histórica de uma categoria política]

Académicos que pensam que o Estado Novo NÃO era fascista[editar | editar código-fonte]

  • Albright, Madeleine professora de Relações Internacionais na Universidade de Georgetown, Doutorada pela Universidade de Columbia em Public Law and Government, autora do livro "Fascism: A Warning" que foi #1 on the New York Times bestseller. Diz que ["Salazar não era fascista"]
  • Almeida de Carvalho, Rita -
Embora alguns historiadores portugueses reconheçam a existência de um regime fascista português, investigadores em fascismo comparativo estudos costumam rotular o Estado Novo português como um autoritário conservador, regime pseudo-fascista, fascistizado ou para-fascista
Original (em inglês): Although some Portuguese historians recognize the existence of a Portuguese fascist regime,2 researchers in comparative fascist studies usually label the Portuguese New State as a conservative authoritarian,pseudo-fascist, fascistized or para-fascist regime.4
— Rita Almeida de Carvalho

 [Ideology and Architecture in the Portuguese ‘Estado Novo’: Cultural Innovation within a Para-Fascist State (1932–1945)] (em inglês)

E para sustentar este parágrafo utiliza as seguintes fontes.
Para sustentar a afirmação "Alguns historiadores portugueses reconheçem a existência de um regime fascista português" a autora lista:
  • Fernando Rosas, ‘Le Salazarisme et L’homme nouveau : Essai sur L’État nouveau et la question du totalitarisme dans les années trente et quarante,’ in L’Homme nouveau dans l’Europe fasciste (1922–1945), ed. Marie-Anne Matard-Bonucci and Pierre Milza (Paris: Fayard, 2004) 87–123;
  • Luís Reis Torgal, ‘Salazar and the Portuguese “New State”: Images and Interpretations,’ Annual of Social History (Godišnjak za društvenu istoriju) 2 (2009): 7–18;
  • Manuel de Lucena, ‘Reflections on the Fall of the Salazarist Regime and on What Followed,’ in Modern Europe after Fascism, 1943–1980, ed. Stein Ugelvik Larsen (Boulder: Social Science Monographs, 1998): 1636–1678.
  • Diz a autora que "entre muitos outros", os historiadores que consideram o regime como sendo autoritário-conservador estão:
  • Roger Griffin, The Nature of Fascism (London: Routledge, 1993);
  • Stanley Payne, A History of Fascism, 1914–1945 (London: ucl Press, 1995);
  • António Costa Pinto, Salazar’s Dictatorship and European Fascism: Problems of Interpretation (New York: Columbia University Press, 1996);
  • A. James Gregor, Phoenix: Fascism in Our Time (New Brunswick, Transaction Publishers, 1999); Juan J. Linz, Authoritarian and Totalitarian Regimes (Boulder: Lynne Rienner, 2000);
  • Michael Mann, Fascists (Cambridge: Cambridge University Press,2004);
  • Robert O. Paxton, The Anatomy of Fascism (New York: Vintage Press, 2005);
  • Roger Eatwell, ‘Introduction: New Styles of Dictatorship and Leadership in Interwar Europe,’ Totalitarian Movements and Political Religions 7, no. 2 (2006): 127–137;
  • Arnd Bauerkämper,‘A New Consensus? Recent Research on Fascism in Europe, 1918–1945,’ History Compass 4, no.3 (2006): 536–566.
Rita Almeida Carvalho é mestre e doutora em História pela Universidade Nova de Lisboa e que integrou da equipa de investigadores dos projectos Political Decision-Making in Fascist Era Dictatorships, coordenado por António Costa Pinto.
  • Andrade, José Luis - Foi docente na Academia da Força Aérea, na European University, na Univ. Católica e na Lusíada. Doutorado em História Contemporânea, com vários livros de história publicados, diz que
Na realidade, contrariamente ao que a vulgata histórica contemporânea ensina, Salazar não partilhava dos gostos fascistas, nem estéticos nem éticos. Até porque na construção do Estado, espinha dorsal da sua concepção imperial, os fascistas eram instrumentalmente corporativos, autoritários mas laicistas. Salazar detestava a turbulência e o convívio com as multidões. Não apreciava as coreografias de massas, nem morria de amores pela exaltação modernista do progresso mecânico. Como lembra Goulart Nogueira no seu artigo Salazar: para um retrato de futuro, na revista Vanguarda, em Setembro de 1970, ao “viver perigosamente” de Mussolini opunha Salazar o “viver habitualmente”
  • Braga da Cruz, Manuel - historiador, Reitor da Universidade Católica entre 2000 e 2012, escreveu o seguinte:
Por outro lado, não tendo um partido originário para ocupar o Estado, preocupou-se o salazarismo, essencialmente em conquistar para si a Administração que encontrou, e não em eliminá-la ou substituí-la pela burocracia do partido. A União Nacional foi um importante instrumento de captação dessa adesão. Ao contrário do que se verificou no fascismo e no nazismo, não foi tanto o partido que invadiu e penetrou no Estado, mas sim o Estado que criou e penetrou no partido...De matriz basicamente católica, do ponto de vista ideológico, evitou afirmações totalitárias. Constitucionalmente híbrido, enjeitou a democracia, dosando porém o autoritarismo de Estado com algumas das suas fórmulas e princípios. De origem militar, repudiou a militarização do regime. Desejando-se «popular», não assentou a sua força em massas politicamente actuantes ou organizadas, nem delas pretendeu colher a própria legitimidade. Politicamente antiparlamentarista e antipartidarista, evitou a adopção do modelo de partido único dos fascismos europeus. Identificado com o chefe, de quem colheu o nome, nem por isso o carismatizou.
Para dissipar dúvidas sobre o que Braga da Cruz opinou sobre a União Nacional basta ler Reis Torgal que escreveu:
Braga da Cruz afirma peremptoriamente - depois de uma análise em que o tema nunca deixa de estar presente, de forma explícita ou sublmiminar, sobretudo no que respeita à União Nacional e ao seu sentido político como partido (com toda a contradição que isso supoe) como forma de partído cívico, ou não que tais semelhanças não chegam para classificar o Salazarismo como fascismo.
— Reis Torgal, "Estados novos, estado novo: ensaios de história política e cultural vol. I - Imprensa da Universidade de Coimbra / Coimbra University Press, 1 sept. 2009 - Página 318.
  • Campos e Cunha, Luis - Professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa, desde 1985, foi também docente na Universidade Católica - diz que:
"Foi Salazar um fascista? A resposta é, historicamente, não."
  • Cook, Bernard -
"Ele [Salazar] não foi um fascista mas um conservador autoritário. As suas políticas enfatizaram a despolitização...só um partido, a União Nacional de Salazar foi permitido"
Original (em inglês): He was not a fascist, rather an authoritarian conservative.His policies emphasized depoliticization....Only one party, Salazar`s National Union was permitted

 [Europe Since 1945: An Encyclopedia, Volume 2 pag 1027] (em inglês)

  • Costa Pinto António - Historiador cuja obra incide justamente sobre o estudo comparado dos sistemas autoritários e em particular sobre a longevidade do Estado Novo, num livro com um capítulo justamente dedicado à Uniao Nacional diz que :
A UN representou um caso extremamente interessante de formação de uma organização partidária em situações políticas autoritárias. Sob o ponto de vista genético, este foi um típico partido criado a partir de cima, visando monopolizar a representação política e para ele canalizar e neutralizar o amplo e contraditório bloco de apoio à ditadura25. O partido de Salazar foi uma variante de um tipo particular de partidos a que Juan Linz, pensando na sua génese, chamou «partidos unificados» e Giovanni Sartori, pensando na sua função, chamou partidos únicos....Em Portugal e Espanha partidos com esta vocação tinham já antecedentes e modelos em ditaduras, como as de Sidónio Pais (Partido Nacional Republicano) ou de Primo de Rivera (União Patriótica). Projectos de vocação semelhante aliás, mais ou menos conseguidos, foram também promovidos por outros regimes autoritários dos anos 30, particularmente em Espanha, na Áustria, na Hungria (Partido da União Nacional) e na Polónia (Campo da Unidade Nacional)
Costa Pinto, António (2000). The Blue Shirts - Portuguese Fascists and the New State - Capítulo The UN and Authoritarian Single Parties. [S.l.]: Social Science Monographs, Boulder - Distributed by Columbia University Press, NY. pp. 132–134. ISBN 088033-9829 
  • Ferrinho Lopes, Hugo - Historiador e Professor Assistente da Universidade da Beira Interior diz que
"Como Freitas do Amaral assaz salienta: «o fascismo é um produto característico do século XX, Salazar é um governante restauracionista do passado; o fascismo é um fenómeno de massas, o salazarismo é um governo de elites; o fascismo é um regime de partido único, o salazarismo mantém e exerce o poder através do Estado, não dando qualquer relevo à União Nacional; o fascismo é totalitário, o Estado Novo é um paternalismo autoritário; o fascismo é um movimento popular revolucionário, que nasce dos sindicatos, o salazarismo é um regime conservador e reaccionário dominado por professores universitários; o fascismo é laico e ignora ou subalterniza a Igreja, o salazarismo repõe em vigor, em novos moldes, a velha “aliança do trono e do altar” e reconhece publicamente a “soberania espiritual de Roma” sobre um povo que nasceu “já, como nação independente no seio do catolicismo"....Se ao nível do sistema político ainda subsistem dúvidas quanto à catalogação do Estado Novo, ao nível do sistema partidário não há espaço de manobra...Criada após o golpe de 28 de Maio, e por isso desprovida da compleição revolucionária própria do partido fascista, a UN jamais procurou a destruição do sistema parlamentar, exercendo antes uma função de legitimação do regime e do poder do chefe, uma função de apoio à monopolização do poder político pelo Governo, e uma função de unificação das forças de apoio ao regime (Caldeira, 1986: 943-977).
  • Gallagher, Tom - Historiador, professor emérito da Universidade de Bradford, Reino Unido, com várias obras publicadas sobre Portugal, no seu mais recente livro "Salazar: the dictator who refused to die" publicado em Julho de 2020 por ocasião dos 50 anos sobre a morte de Salazar, diz neste livro que:
Ao contrário de Mussolini ou Hitler, Salazar nunca teve a intenção de criar um Estado-Partido. Salazar era contra o conceito de partido-total e em 1930 ele criou a União Nacional, um partido único, que foi anunciado como um não-partido. A União Nacional tronou-se num organsimo de apoio, mas não uma fonte de poder político. A União Nacional foi criada para refrear a opinião pública e não para a mobilizar, o objectivo era o de fortalecer e preservar valores tradicionais em vez de induzir uma nova ordem social. Em momento algum Salazar deu a entender que queria que a União Nacional ocupasse o papel central que o Partido Fascista tinha adquirido na Itália de Mussolini. De facto o objectivo [da União Nacional] era que fosse uma plataforma de conservadorismo e não de vanguarda revolucionária.
Gallagher, Tom (2020). SALAZAR : the dictator who refused to die. [S.l.]: C HURST & CO PUB LTD. pp. 43–44. ISBN 978-1787383883 
  • Gentile Emilio, historiador italiano especializado na ideologia e cultura do fascismo, conforme citado por Manuel Lucena.
Ver : [de Lucena. Análise Social,vol. XX (83), 1984-4.º, 423-451. Interpretações do salazarismo: notas de leitura crítica — I. ]
  • A. James Gregor diz que:
O Estado Novo português não foi fascista porque fascista sempre foi revolucionário, anticonservador, antiburguês, etc. algo que o Estado Novo nunca foi.
Original (em inglês): Portuguese Estado Novo was not Fascist because fascist has always been revolutionary, anticonservative, anti-bourgeois, etc.. somethin that the Estado Novo never was.

 Phoenix: Fascism in Our Time (New Brunswick, Transaction Publishers, 1999); - (em inglês)

  • Linz, Juan José, Professor emérito da Universidade de Yale, em Ciencia Política, Linz é considerado um dos maiores especialistas sobre o tema do fascismo e regimes totalitários. Sobre Portugal disse:
O regime de Salazar onde o fascismo tal como o caracterizamos nunca assentou raízes
Original (em inglês): The regime of Salazar where fascism as we characterize it has never taken roots

 [Totalitarian and Authoritarian Regimes - Originally a chapter in the "Handbook of Political Science,"] (em inglês)

  • Medina, João - professor catedrático jubilado da Faculdade de Letras de Lisboa e autor de Salazar em França, Salazar e os Fascistas. Salazarismo e Nacional-Sindicalismo e Salazar, Hitler e Franco. Nas palavras de Manuel Lucena:
João Medina, depois de zurzir a «facilidade jornalística adoptada por alguns pseudo-historiadores apressados» que definem a ditadura de Salazar como fascista defende a tese que, em última análise, o regime salazarista não deve ser considerado fascista. Na mais desenvolvida das definições em apreço, Medina acha-o «um regime autoritário, antiliberal e anti-socialista, católico e ruralista, um paternalismo ríspido e retrógado ainda que subtilmente apostado em camuflar as suas arestas mais repressivas. Para ele, o Estado Novo — «lugar geométrico de todas as direitas nacionalistas»; vagarosamente edificado, com notável «tacto clerical», em obediência a uma metodologia empirista, cínica, jesuítica, meticulosa e fria — foi um regime ecléctico no qual pode ver-se um «republicanismo conservador monárquico» como um «integralismo republicano» e que ao eclectismo ficou em grande parte a dever a sua capacidade de durar.
  • Morgan , Philipp –
Faltando o impulso e a vontade para as guerras de expansão, e a necessidade, então, de organizar as suas populações para a guerra, foi a razão pela qual os regimes autoritários de Salazar e Franco nunca se tornaram totalitários.
  • Meneses, Filipe Rebeiro - Diz que:
incluir Salazar na grande família “fascista” equivale a esticar o conceito de fascismo a tal ponto que ele perde significado
Meneses leciona no Departamento de História da National University of Ireland, Maynooth. É o autor de, entre outras obras, União Sagrada e Sidonismo: Portugal em Guerra, 1916- 1918 (2000), Franco and the Spanish Civil War (2001) e Afonso Costa (2010).
Onde Franco sujeitou o partido fascista de Espanha ao seu controlo pessoal, Salazar aboliu completamente em Julho de 1934 aquilo que em Portugal havia mais próximo a um autentico movimento fascista....O seu regime era não só não-fascista mas voluntariamente não totalitário (pag 150)....O Estado Novo de Portugal diferenciou-se do fascismo ainda mais profundamente do que a Espanha franquista
Original (em inglês): Where Franco subjected Spain’s fascist party to his personal control, Salazar abolished outright in July 1934 the nearest thing Portugal had to an authentic fascist movement, Rolão Preto’s blue-shirted National Syndicalists. The Portuguese fascists, Salazar complained, were “always feverish, excited and discontented . . . shouting, faced with the impossible: More! More!” Salazar preferred to control his population through such “organic” institutions traditionally powerful in Portugal as the Church....His regime was not only non-fascist, but “voluntarily non-totalitarian,” preferring to let those of its citizens who kept out of politics “live by habit. (page 150)...The Estado Novo of Portugal differed from fascism even more profoundly than Franco’s Spain (pag 270).

  [|THE ANATOMY OF FASCISM. New York: Alfred A. Knopf.] (em inglês)

Este livro teve tradução para Português do Brasil - A Anatomia Do Fascismo - 2007 - Editor: Paz e Terra
  • Sánchez Cervelló, Josep- Historiador, Catedrático da Universidade Rovira i Virgili - diz que:
Foi um regime autoritário, com algumas semelhanças com o fascismo genérico, embora não se possa confundir com ele.
Original (em castelhano): Fue un régimen autoritario, con algunas semejanzas con el fascismo genérico aunque no puede confundirse con éste

 [Características del régimen salazarista, Stud. hist., H.ª cont., 21, 2005, pp. 115-136, Ediciones Universidad de Salamanca] (em castelhano)

  • Stanley G. Payne é um historiador especializado em fascismo, europeu Professor emérito na Universidade do Wisconsin-Madison. Debruçando-se sobre o salazarismo em 1976 e em 1980, Stanley Payne pensa que tanto o Portugal de Salazar como a Espanha de Franco, contando-se embora entre «os primeiros países que engendraram formas mais autoritárias de governo», não forarn completa nem intrinsecamente fascistas - Ver Stanley Payne, «Fascism in 'Western Europe' in Walter Laqueur (ed.). Fascism, a reader's guide, Wiltwood House, 1976, e muito principalmente Fascism, comparison and definition, Madison, University of Wisconsin Press, 1980.
Em 1995 Payne publicou [History of Fascism, 1914–1945] onde voltou a dizer
"O único movimento fascista que se desenvolveu em Portugal foi esmagado pelo próprio ditador, tal com na Austria, Hungria e Roménia...a Uniao Nacional foi criada para suportar o governo e que o regime era corporativo, autoritário e liberal."
Rui Ramos faz parte de um grande número de historiadores que refutam o carácter fascista. Eu próprio rejeito essa classificação, só considero essa perspectiva de análise entre 1933 e 1945
  • da Silva Raquel & Ferreira, Ana Sofia (Doutorada em História, especialidade em História Contemporânea, pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade NOVA de Lisboa. Investigadora do Instituto de História Contemporânea) dizem que:
"Também é importante destacar que, no discurso popular, o Estado Novo costuma ser denominado fascismo. Esse rótulo nem sempre recebe respaldo no meio acadêmico porque embora seja considerado um regime autoritário, o Estado Novo não retratou todas as características de um tipo ideal de fascismo."

Historiadores que estudam a polémica mas que não tomam partido[editar | editar código-fonte]

  • Griffiths, Richard - Professor eméritus da Universidade de Leiden, diz: "Antes de falar de Portugal devo clarificar que o meu propósito não é substituir uma série de generalizações simplistas por outra. No que concerne a Salazar não pretendo substituir a generalizaçao fascista por conservador... Os comentadores têm tendido a classificar os regimens nestes dois países [Portugal e Espanha] como conservadores e não como fascistas....As pessoas tendem a fazer uma distinção entre Salazar "o conservador" e o movimento fascista dos Nacionais Sindicalistas [de Rolão Preto]"
Ver [| GRIFFITHS, RICHARD. “Fascist or Conservative? Portugal, Spain and the French Connection.” Portuguese Studies, vol. 14, 1998, pp. 138–151. JSTOR]

Segundo muitos historiadores o próprio Salazar sempre se demarcou do fascismo e sempre criticou o fascismo[editar | editar código-fonte]

Fontes que consideram o Estado Novo, como uma realidade independente do fascismo, naquilo que Reis Torgal classifiou "mesmo que em termos de omissão do problema."[editar | editar código-fonte]

Outras Personalidades que consideram que Salazar não era fascista[editar | editar código-fonte]

  • Mário Soares em 1974 publicou "PORTUGAL AMORDAÇADO. Depoimento sobre os anos do fascismo. Arcádia." onde disse que “Salazar não foi um doutrinário, um ideólogo, nem um homem de sistema ou de partido – era um empirista”. Mais tarde viria a dizer
Salazar nunca foi propriamente fascista, era assim uma coisa...era um ditador isso era.