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A época aqueménida[editar | editar código-fonte]

Entre a morte de Zaratustra e a ascensão do Império Aqueménida no século VI a.C., pouco se sabe sobre o zoroastrismo, a não ser que se difundiu por todo o planalto iraniano.

Em 549 a.C., Ciro II derrotou Astíages, rei dos Medos, e fundou o Império Persa, que unia, sob o mesmo ceptro, os Medos e os Persas. A dinastia à qual pertencia, os Aqueménidas, adotou o zoroastrismo como religião oficial do império, mas foi tolerante em relação às religiões dos povos que nele viviam. Foi o rei Ciro II (dito "O Grande") que libertou os Judeus do seu cativeiro e permitiu o regresso destes à Palestina. Provavelmente, o primeiro rei persa que reconheceu oficialmente esta religião foi Dario I, como mostra uma placa de ouro na qual o rei se proclama devoto de Aúra-Masda.

Dario teve que combater um usurpador chamado Gautama, que se fazia passar por um filho de Ciro. Gautama ordenou a destruição de santuários pagãos que seriam restaurados por Dario. Por causa deste comportamento, atribui-se, por vezes, a Gautama, a adopção do zoroastrismo.

Os Medos possuíam uma casta ou tribo sacerdotal, conhecida como os magos, que adoptaram a religião de Zaratustra, não sem introduzir alterações na mensagem original e incorporando antigas concepções religiosas. Os magos seriam a classe sacerdotal dos três grandes impérios persas. Casavam dentro do seu grupo e expunham os corpos dos mortos às aves de rapina, duas práticas que viriam a ser adoptadas pelos zoroastrianos. Os sacerdotes recuperam os antigos sacrifícios e o uso do haoma. Os Amesa Espentas, inicialmente abstractos no pensamento de Zaratustra, foram personalizados e antigas divindades passaram a ser adoradas. Entre essas divindades (yazatas), estavam o Sol, a Lua, Tishtrya (deus da chuva), Vayu (o vento), Anaíta (deusa das águas) e Mitra.

Foram também erigidos grandes templos e altares de fogo ao ar livre. Artaxerxes II (404–358 a.C.) chegou mesmo a ordenar a construção de templos em honra de Anaíta nas principais cidades do império. Durante este período, foi também criado o calendário zoroastriano e desenvolveu-se o conceito do Saoshyant, segundo o qual um descendente de Zaratustra, nascido de uma virgem, viria para salvar o mundo.


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A época aqueménida[editar | editar código-fonte]

Entre a morte de Zaratustra e a ascensão do Império Aqueménida no século VI a.C., pouco se sabe sobre o zoroastrismo, a não ser que se difundiu por todo o planalto iraniano, e que o Avesta, livro sagrado do zoroastrismo, foi elaborado durante o primeiro domínio persa[1]. Apesar de não existirem fontes concretas do Império Aquemênida que apresentem o nome do profeta Zaratustra ou de nomes e termos característicos da fé zoroástrica, como Spenta Mainyu, Angra Mainyu e Amesha Spenta[1], a maioria dos historiadores acreditam que os Aquemênidas eram zoroastristas[2][3][4][5], ou, no mínimo, masdeístas[6] (adoradores de Aúra-Masda).

Em 549 a.C., Ciro II derrotou Astíages, rei dos Medos, e fundou o Império Persa, que unia, sob o mesmo ceptro, os Medos e os Persas. A dinastia à qual pertencia, os Aqueménidas, adotou o zoroastrismo como religião oficial do império, mas foi tolerante em relação às religiões dos povos que nele viviam. Foi o rei Ciro II (dito "O Grande") que libertou os Judeus do seu cativeiro e permitiu o regresso destes à Palestina. Provavelmente, o primeiro rei persa que reconheceu oficialmente esta religião foi Dario I, como mostra uma placa de ouro na qual o rei se proclama devoto de Aúra-Masda. Dario I foi o primeiro rei Aquemênida a se mostrar como um eleito do deus Aúra-Masda para reinar o Império[6], de modo que ele é protegido pela divindade, nunca ela própria ou seu descendente[7] . Apesar de existirem relatos que confrontem a ideia da "tolerância religiosa" dos Aquemênidas, como a Inscrição de Beistum, sabe-se que os reis persas, visando a manutenção de seu poder central e evitando possíveis revoltas[8][7], respeitavam a grande maioria das religiões dos povos súditos, em muitos casos enviando sacrifícios e oferendas para cultos religiosos diferentes do zoroastrismo[6][8].

Dario teve que combater um usurpador chamado Gautama, que se fazia passar por um filho de Ciro. Gautama ordenou a destruição de santuários pagãos que seriam restaurados por Dario. Tendo em vista que diversas imagens, incrições e homenagens referentes à Aúra-Masda eram difundidas pelo império, é importante ressaltar a postura adquirida por alguns reis aquemênidas seguidores do deus Aúra-Masda como protetores da Verdade e combatentes da Mentira[8][7], ou seja, a utilização da religião como prática da retórica imperial de legitimação de dominação[8].

Os Medos possuíam uma casta ou tribo sacerdotal, conhecida como os magos, que adoptaram a religião de Zaratustra, não sem introduzir alterações na mensagem original e incorporando antigas concepções religiosas. Os magos seriam a classe sacerdotal dos três grandes impérios persas. Casavam dentro do seu grupo e expunham os corpos dos mortos às aves de rapina, duas práticas que viriam a ser adoptadas pelos zoroastrianos. Os sacerdotes recuperam os antigos sacrifícios e o uso do haoma. Os Amesa Espentas, inicialmente abstractos no pensamento de Zaratustra, foram personalizados e antigas divindades passaram a ser adoradas. Entre essas divindades (yazatas), estavam o Sol, a Lua, Tishtrya (deus da chuva), Vayu (o vento), Anaíta (deusa das águas) e Mitra.

Foram também erigidos grandes templos e altares de fogo ao ar livre. Artaxerxes II (404–358 a.C.) chegou mesmo a ordenar a construção de templos em honra de Anaíta nas principais cidades do império. Durante este período, foi também criado o calendário zoroastriano e desenvolveu-se o conceito do Saoshyant, segundo o qual um descendente de Zaratustra, nascido de uma virgem, viria para salvar o mundo.

  1. a b HENRIQUES, Ana Cândida Vieira. Zoroastrismo da Pérsia e catolicismo romano: um estudo comparado entre concepções escatológicas. 2019. 281 f. Tese (Doutorado) - Curso de Ciências das Religiões, Universidade Federal da Paraíba, Paraíba, 2019. p.130. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/19037
  2. SCHWARTZ, M. THE RELIGION OF ACHAEMENIAN IRAN. In: GERSHEVITCH, I. The Cambridge History of Iran, Vol. 2, the Median and Achaemenian Periods. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. p.664-697.
  3. BOYCE, Mary. A Persian Stronghold of Zoroastrianism. Oxford: At The Clarendon Press, 1977.
  4. SOARES, Dionísio O. A apocalíptica no zoroastrismo, judaísmo e cristianismo: uma análise das relações entre o Avesta, Dn 12, 1-3 e Mt 27, 51b-57 quanto à ideia de ressurreição. Tese (Doutorado em Teologia Bíblica) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, p. 387. 2011. Disponível em: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/projetosEspeciais/ETDs/consultas/conteudo.php?strSecao=resultado&nrSeq=56491@1
  5. Shahbazi, A. Shapur (1 de janeiro de 2002). «Recent Speculations on the «Traditional Date of Zoroaster»». Studia Iranica (1): 7–45. ISSN 0221-5004. doi:10.2143/SI.31.1.275. Consultado em 24 de junho de 2023 
  6. a b c ASHERI, David (2006). O Estado Persa. São Paulo: Perspectiva. p. 25. 25 páginas. ISBN 9788527307468 
  7. a b c ASHERI, David (2006). O Estado Persa. São Paulo: Perspectiva. p. 82. 82 páginas. ISBN 9788527307468 
  8. a b c d Araujo, Matheus Treuk Medeiros De (13 de março de 2019). «O Império Aquemênida em Heródoto: identidade e política nas Histórias». São Paulo. doi:10.11606/t.8.2019.tde-13032019-104322. Consultado em 24 de junho de 2023