Usuário(a):José Bruno Silva Gomes/Testes
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A polimerização em etapas corresponde à condensação sucessiva de grupos funcionais, geralmente com a eliminação de moléculas de baixo peso molecular. Esse mecanismo de reação ocorre de maneira aleatória entre duas moléculas, que podem ser a combinação de um monômero, um oligômero ou mesmo uma molécula de cadeia longa. Para que a mesma venha ocorrer é necessário a existência de dois grupos funcionais diferentes nas extremidades do monômero ou em monômeros diferentes. A polimerização geralmente prossegue pelas reações entre esses dois grupos funcionais diferentes, por exemplo, grupos hidroxilo e carboxilo, ou grupos isocianatos e hidroxilo. O estudo deste tipo de polimerização é importante, visto que a mesma promove a síntese de polímeros de grande interesse industrial, tais como: poliamida 6,6, poliuretano, poli(tereftalato de etileno) e outros.
Introdução[editar | editar código-fonte]
As polimerizações em etapa podem ser divididas em dois grupos dependendo do tipo de monômero utilizado na reação. O primeiro grupo utiliza-se de dois monômeros bifuncionais e /ou polifuncionais diferentes, em que cada um deles possuem apenas um tipo de grupo funcional. Um monômero polifuncional é um monômero com mais de um grupo funcional por molécula. Ao passo que um monômero bifuncional é um monômero com dois grupos funcionais por molécula. Já o segundo grupo utiliza-se um único monômero contendo ambos os tipos de grupos funcionais.
Estas duas situações podem ser visualizadas a partir do exemplo da síntese de poliamidas. As mesmas podem ser produzidas tanto a partir da reação entre diaminas com diácidos, ambos monômeros bifuncionais, como visualizado abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/95/REA%C3%87%C3%83O_10_FORMA%C3%87%C3%83O_DO_NYLON_66.png/954px-REA%C3%87%C3%83O_10_FORMA%C3%87%C3%83O_DO_NYLON_66.png)
Polimerização do Nylon 6,6.
Ou por meio da reação de aminoácidos consigo mesmo, demonstrada na imagem abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/69/REA%C3%87%C3%83O_13_DE_AMINOACIDOS_CONSIGO_MEMSO.png)
Reação de aminoácidos consigo mesmo.
Referencial teórico[editar | editar código-fonte]
O estudo da polimerização em etapas torna-se essencial na área da síntese de polímeros, visto que a mesma é responsável pela obtenção de importantes polímeros de uso industrial, como citados anteriormente. No estudo deste tema, é preciso compreender as principais características neste tipo de polimerização, bem como o mecanismo e cinética envolvidas na mesma. Além disso, alguns fatores externos também podem ser listados como fatores de influência à ocorrência da polimerização em etapas. Tais tópicos, serão descritos abaixo.
Características da polimerização em etapas[editar | editar código-fonte]
Dentre as principais características da polimerização em etapas, podem ser citadas:
- O monômero é consumido nos primeiros estágios da polimerização.
- Trata-se de um mecanismo lento e simultâneo de todas as cadeias.
- Não apresenta estágio de terminação e todos os grupamentos reacionais são reativos durante toda a reação.
- Em geral, há apenas um tipo de reação, no qual usualmente há dois monômeros, podendo ser denominados simplesmente como A e B. Neste caso, A pode reagir apenas com B e vice-versa.
- Ocorre a combinação de monômeros com eles mesmos ou com outros polímeros de comprimentos variáveis e durante a reação as moléculas crescem durante todo o tempo, através da ocorrência de colisões aleatórias.
- A massa molar aumenta devido o acoplamento entre os monômeros, oligômeros e cadeias longas, ou seja, quaisquer espécies presentes no meio reacional podem combinar-se.
- Os produtos obtidos neste tipo de polimerização apresentam em geral, baixa massa molecular quando em comparação com produtos obtidos por outros tipos de polimerização.
- Em geral, são produzidas cadeias lineares neste tipo de reação.
- Obtêm-se longas moléculas, podendo chegar a até 99,99% de completude, ou seja, o processo é conduzido quase até a reação completa dos grupos funcionais.
- A bifuncionalidade dos reagentes configura-se como condição mínima para a sintetização dos polímeros.
Polifuncionalidade e Gelificação[editar | editar código-fonte]
A funcionalidade de uma molécula corresponde ao número de sítios disponíveis para realizar ligação com outras moléculas sob as condições específicas da reação de polimerização. Um monômero bifuncional pode ser ligado a outras duas moléculas sob condições adequadas, e um monômero polifuncional pode reagir com mais de duas moléculas para formar o número correspondente de novas ligações de valência durante a reação de polimerização.
A gelificação ou ponto gel, por sua vez, corresponde ao instante no qual se forma uma molécula virtualmente infinita por reticulação. Este ponto caracteriza-se por um aumento súbito da viscosidade do meio reacional. Para lá do ponto gel, apenas a estrutura reticulada aumenta.
Análise do mecanismo e cinética de polimerização[editar | editar código-fonte]
Para compreendermos a cinética de polimerização em etapas, primeiramente devemos fazer uma análise da reatividade dos grupos funcionais. É importante entendermos como funciona a cinética de reação quando desejamos obter um polímero com alto peso molecular (>5000 – 10000), sendo assim um polímero de interesse industrial. No entanto, para conseguirmos um polímero com alto peso molecular através de uma reação de polimerização em etapas é muito difícil, pois o peso molecular do polímero aumenta de forma lenta, sendo necessário taxas de conversões maiores que 98% a 99%. Sendo assim, faz-se necessário um estudo da cinética da reação de polimerização em etapas.
Para visualizarmos o mecanismo da reação de polimerização em etapas, consideraremos a reação de poliesterificação. Os dois monômeros utilizados para essa reação é um diol e um diácido, como descrito na figura abaixo.
- PRIMEIRA ETAPA:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a6/Figura_01-_Rea%C3%A7%C3%A3o_de_um_diol_com_um_di%C3%A1cido_formando_um_d%C3%ADmero..png/833px-Figura_01-_Rea%C3%A7%C3%A3o_de_um_diol_com_um_di%C3%A1cido_formando_um_d%C3%ADmero..png)
Reação de um diol com um diácido formando um dímero.
A primeira etapa consiste na reação de um diol com um diácido formando um dímero. Em seguida, o dímero formando anteriormente reage com um diol formando um trímero, visualizado na figura abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/40/Rea%C3%A7%C3%A3o_2-_diol.png/872px-Rea%C3%A7%C3%A3o_2-_diol.png)
Reação de um dímero com um diol formando um trímero.
De forma similar à equação anterior, o mesmo ocorre para a reação do dímero com o diácido formando o trímero, demonstrado na figura abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a1/REA%C3%87%C3%83O_3.png/892px-REA%C3%87%C3%83O_3.png)
Reação de um dímero com um diol formando um trímero.
O dímero também reage consigo mesmo formando o tetrâmero, como pode ser visto na figura abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f8/Rea%C3%A7%C3%A3o_4_uuudyyydyydy.png/960px-Rea%C3%A7%C3%A3o_4_uuudyyydyydy.png)
Reação entre dois dímeros formando um tetrâmero.
Dessa forma, essas moléculas ficam reagindo consigo mesmas e umas com as outras: monômero com monômero, dímero com monômero tetrâmero com trímero, e diversas outras possibilidades de combinação de moléculas. Durante essas reações, o monômero desaparece rapidamente, reagindo consigo mesmo e com outras moléculas. Assim, pode se resumir algumas dessas interações como se segue.
- Monômero + Monômero = Dímero
- Dímero + Monômero = Tetrâmero
- Dímero + Dímero = Tetrâmero
- Trímero + Monômero = Tetrâmero
- Trímero + Dímero = Pentâmero
- Trímero + Trímero = Hexâmero
- Tetrâmero + Monômero = Pentâmero
- Tetrâmero + Dímero = Hexâmero
- Tetrâmero + Trímero = Heptâmero
- Tetrâmero + Tetrâmero = Octâmero
- Pentâmero + Trímero = Octâmero
- Pentâmero + Tetrâmero = Nonâmero
Uma observação que pode ser feita é que qualquer molécula contendo (OH) pode reagir com uma molécula contendo (COOH). Inúmeras dessas reações ocorrem durante a polimerização em etapas, e quantificar a cinética de cada uma dessas reações seria difícil.
Dessa forma, vamos assumir que ambos os grupos funcionais de um monômero bifuncional possuam a mesma reatividade, e que ambos sejam independentes, não importando se um dos grupos funcionais do monômero bifuncional já tenha reagido, e não importando também o tamanho de molécula no qual eles esteja ligado[1]. Estas hipóteses foram adotadas a partir de experimentos realizados por Bhide e Sudborrough no qual foi observado que em muitas polimerizações em etapa a constante de velocidade (k) das reações não dependiam do tempo da reação nem do peso molecular do polímero.
Para explicar a cinética de reação da polimerização em etapas, vamos continuar utilizando o exemplo da esterificação do poliéster, partindo-se de um ácido e um álcool, para então generalizarmos para a polimerização em etapa como um todo. Nesse tipo de reação ocorre inicialmente a protonação do ácido, através de um catalisador ácido forte (HA), como podemos ver a seguir.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e1/REA%C3%87%C3%83O_653.png)
Reação de protonação do ácido carboxílico (REAÇÃO I).
Nessa reação, um ácido representado como (HA) introduz um próton na carbonila (C=O), fazendo com que a dupla ligação seja desfeita formando o carbocátion (C+). Em seguida esse carbocátion reage com o álcool formando o poliéster protonado.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5f/IMAGEM_755_DE_MUNDO.png/519px-IMAGEM_755_DE_MUNDO.png)
Reação de protonação do poliéster (REAÇÃO II).
Em seguida, esse poliéster protonado se estabiliza liberando uma molécula de água e regenerando o ácido, como pode ser visto na reação abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/9c/REA%C3%87%C3%83O_9.png/700px-REA%C3%87%C3%83O_9.png)
Reação de formação do poliéster neutro e regeneração do catalisador (REAÇÃO III).
O que se observa ao longo dessas reações é que estas são reações de equilíbrio, indicada pelas setas (ß ou à). No entanto, estas reações são feitas no sentido de deslocar o equilíbrio da reação para se obter preferencialmente o polímero. Esse deslocamento de equilíbrio é feita com base nos princípios de Le Chatelier, onde, é removida água do reator, que é um subproduto da reação, como mostrado na reação (III). A redução da concentração dos produtos desloca o a reação para o sentido dos polímeros (remoção de água).
Para estudarmos a cinética de reação, vamos analisar as reações (II) e (III). A taxa de polimerização é normalmente representada em função da concentração dos grupos funcionais que estão reagindo. Portanto, essa taxa está relacionada com o desaparecimento dos grupos funcionais que reagiram, pois uma vez reagido, eles deixam de ser o que era. Isso pode ser visualizado a partir da quantidade de (COOH) que está reagindo com o ácido, através de uma titulação por exemplo.
Matematicamente temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d5/Equa%C3%A7%C3%A3o_1_velocidade_da_rea%C3%A7%C3%A3o_.png/178px-Equa%C3%A7%C3%A3o_1_velocidade_da_rea%C3%A7%C3%A3o_.png)
Equação 1
Onde Vp é a taxa de polimerização. Essa equação representa a quantidade de monômeros (COOH) que estão desaparecendo em função do tempo na mediada que a reação prossegue. O sinal negativo indica exatamente essa a redução na concentração de (COOH) no meio reacional. Como a reação é feita de modo a favorecer a formação do polímero, ou seja, de deslocar o equilíbrio da reação para a direita, observa-se que k4 é muito pequeno, uma vez que a reação é favorecida para a direita. Analogamente, K1, k2 e k5 são grandes quando em comparação com k1. Dessa forma, podemos escrever a seguinte equação de cinética para a reação II:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/50/Q_3_CONTINUA%C3%87%C3%83O_DA_DEDU%C3%87%C3%83O.png/331px-Q_3_CONTINUA%C3%87%C3%83O_DA_DEDU%C3%87%C3%83O.png)
Equação (2)
Onde [COOH], [OH] e [C+(OH)2] são as concentrações de ácido carboxílico, hidroxíla e poliester protonado, respectivamente, dados em mols por/litros de solução.
No entanto, a utilização da equação (2) torna-se inconveniente, pois é muito difícil de quantificar na pratica, a concentração de grupos carboxílicos protonados, dessa forma, escrevendo a equação de velocidade da reação (1), temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/12/R1_ED_EBRT_OR_FRE_.png/250px-R1_ED_EBRT_OR_FRE_.png)
Equação (3)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/25/R2_REA%C3%87AO_CONTINUA%C3%87%C3%83O_.png/250px-R2_REA%C3%87AO_CONTINUA%C3%87%C3%83O_.png)
Equação (4)
Igualando as equações (3) e (4), temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/68/R6_FGFG_RRRE_HGG.png/342px-R6_FGFG_RRRE_HGG.png)
Reorganizando essa equação, obtemos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1c/R7-_TRANDFORMANDO_RESTRE.png/275px-R7-_TRANDFORMANDO_RESTRE.png)
Equação (5)
Substituindo a equação (5) na equação (2), temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/08/R8-_TRAN_TRET_TRE_TRASDER_.png/326px-R8-_TRAN_TRET_TRE_TRASDER_.png)
Equação (6)
No caso da reação de poliesterificação [HA] é substituído pelo ácido [COOH], constituindo assim uma reação auto catalisada, pois o próprio diácido funciona tanto como monômero, como catalisador na reação. dessa forma temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/09/R9_IGUALDADE_DE_MONOMEROS.png/156px-R9_IGUALDADE_DE_MONOMEROS.png)
Equação (7)
Substituindo a equação (7) na equação (6), temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/84/R10_FESTA_DE_CRENTE.png/312px-R10_FESTA_DE_CRENTE.png)
Reorganizando a equação acima, temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/3e/R11_FUESTERR_LA_CASA.png/293px-R11_FUESTERR_LA_CASA.png)
Equação (8)
K1, K2 e K3são todos constantes, portanto, passaremos a chama-lo de K.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/20/R12_DESPACITO_SUAVE_.png/255px-R12_DESPACITO_SUAVE_.png)
Equação (9)
Se a razão entre os monômeros for igual a 1, temos uma reação estequiométrica, assim:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/44/R13_GREU_FURCAGERABS_.png/155px-R13_GREU_FURCAGERABS_.png)
Equação (10)
Substituindo a equação (10) na equação (9), temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/64/R14_GGGER_RESTA_SERTOJSJG.png/333px-R14_GGGER_RESTA_SERTOJSJG.png)
Reorganizando a equação acima, temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/ba/R15_ESSA_%C3%89_UMA_.png/255px-R15_ESSA_%C3%89_UMA_.png)
Equação (11)
Para fins de didática, [COOH] será chamado de [M], assim: [M] = [COOH], assim:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1a/R16_RESTA_SO_UMA_.png/186px-R16_RESTA_SO_UMA_.png)
Reorganizando e integrando essa equação, temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/38/R19_SEMPRE_QUE_FOI_TERA_IDO.png/148px-R19_SEMPRE_QUE_FOI_TERA_IDO.png)
Integrando essa equação, temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a2/R20_INTEGRANDO_LA_PUEBRA.png/220px-R20_INTEGRANDO_LA_PUEBRA.png)
Reescrevendo, temos:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/17/R21_SNATOS_E_S%C3%87SA.png/232px-R21_SNATOS_E_S%C3%87SA.png)
Resolvendo a integral:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b3/Rea%C3%A7ao_1_v.png/241px-Rea%C3%A7ao_1_v.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/2b/Rea%C3%A7%C3%A3o_2_v.png/226px-Rea%C3%A7%C3%A3o_2_v.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/00/Rea%C3%A7%C3%A3o_3_v.png/232px-Rea%C3%A7%C3%A3o_3_v.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e3/Rea%C3%A7%C3%A3o_4_v.png/220px-Rea%C3%A7%C3%A3o_4_v.png)
Equação (12)
Escrevendo essa equação em termos da fração de conversão, que corresponde à fração de monômero que reagiu no tempo t. Dessa forma, temos que:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/3/33/Rea%C3%A7%C3%A3o_5_v.png/258px-Rea%C3%A7%C3%A3o_5_v.png)
Equação (13)
Para uma conversão igual a zero, temos p = 0 e [M] = [M0]. Isso quer dizer que nenhum monômero reagiu. Já para o caso que a conversão seja igual a 1, temos p = 1 e [M] = 0, neste caso, isso significa que todo monômero reagiu. Vamos então reescrever a equação 12 em termos de fração de conversão. Substituindo a equação (13) na equação (12), temos então que:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f1/Rea%C3%A7%C3%A3o_6_v.png/291px-Rea%C3%A7%C3%A3o_6_v.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/16/Rea%C3%A7%C3%A3o_7_v.png/291px-Rea%C3%A7%C3%A3o_7_v.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/0d/Rea%C3%A7%C3%A3o_8_v.png/326px-Rea%C3%A7%C3%A3o_8_v.png)
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d7/Rea%C3%A7%C3%A3o_9_v.png/295px-Rea%C3%A7%C3%A3o_9_v.png)
![271.997x271.997px](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b4/Dddd_fgfhhfhgffhhfhg.png/220px-Dddd_fgfhhfhgffhhfhg.png)
Equação (14)
Fazendo uma análise da equação (14), vemos que ela possui um comportamento linear versus o tempo, do tipo y = ax +b, onde:
![imagem](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/4e/Qqqqqqq_resta_resta_resta_.png/220px-Qqqqqqq_resta_resta_resta_.png)
O gráfico[1] abaixo mostra os resultados obtidos para a polimerização do dietilieno glicol e ácido adípico a 160ºC. A curva formada corresponde aos dados experimentais, enquanto que a reta indica aos resultados teórico obtidos a partir da equação (14).
![356.997x356.997px](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/7/73/Grafico_de_plimeriza%C3%A7%C3%A3o_gggg_gggg.png/220px-Grafico_de_plimeriza%C3%A7%C3%A3o_gggg_gggg.png)
Fatores que afetam a polimerização em etapas[editar | editar código-fonte]
Diversos fatores podem influenciar no mecanismo de polimerização em etapas, tais como; temperatura, tempo, presença de catalisador na reação, excesso de um dos reagentes, etc. Quando se fala de tempo, por exemplo, uma das principais alterações diz respeito a massa molar do polímero formado. Quanto maior o tempo, maior a massa molar do produto, isto é; do polímero obtido na reação.
Já quando se trata da temperatura, o efeito que a mesma irá produzir dependerá do estágio que se encontra a polimerização. Inicialmente, o aumento da temperatura aumenta a taxa de polimerização, isso porque fornece maior energia para as moléculas iniciais que estão reagindo. A longo prazo, o aumento da temperatura desloca o equilíbrio para o sentido dos reagentes, ou seja, tornando a reação exotérmica.
Já o excesso de um dos reagentes pode dificultar o encontro de duas pontas de cadeia com grupos funcionais diferentes e reduzir a velocidade da reação. De tal modo que a razão ideal entre os reagentes é equimolar: 50% de
chance de uma ponta de cadeia encontrar outra ponta de cadeia com grupo funcional diferente.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bb/MemoryFoam-slow.jpg/350px-MemoryFoam-slow.jpg)
Polímeros de importância industrial sintetizados a partir de polimerização em etapas[editar | editar código-fonte]
- Poliuretanos: A classificação dos poliuretanos pode ser feita conforme a classificação tipológica, sendo divididos em três grupos principais: (i) espumas flexíveis e semi-rígidas, (ii) elastômeros microcelulares e (iii) elastômeros sólidos, nos quais estão inclusos polímeros a base de tintas, vernizes, colas, assim como poliuretanos termoplásticos, em que cada um destes tipos apresenta um grande número de variantes específicas, conforme a forma de aplicação ou transformação[2].
Para a reação de formação dos poliuretanos, destacam-se dois processos fundamentais: o primeiro processo corresponde a formação de matriz sólida de poliuretano e o segundo processo consiste na expansão que conduz a formação de uma espuma. Este segundo por sua vez, é referido para o caso da produção de espumas ou elastômeros micromoleculares. No presente estudo, somente o processo de formação de matriz sólida será enfatizado, uma vez que ocorre através da reação de polimerização em etapas. O primeiro processo citado, formação de matriz sólida, é resultado da reação química, também denominada de gelificação, que ocorre entre um álcool polifuncional ou poliol e um poli isocianato, dando origem ao poliuretano de cadeia linear.Por outro lado, para se produzir poliuretanos que apresentem estrutura tridimensional, ao menos um dos componentes, isto é; o poliol ou o isocianato deve ser trifuncional ou com maior grau de funcionalidade[3].
- Poli (etileno tereftalato): O poli (etileno tereftalato) conhecido pela sigla em inglês PET, é classificado quimicamente como um polímero poliéster termoplástico. O principal uso industrial deste polímero é em garrafas plásticas, mas o mesmo também pode ser aplicado na fabricação de tecidos, cordas, filmes fotográficos, fitas de áudio e vídeo, guarda-chuvas e outros. O mesmo é produzido industrialmente por esterificação direta do ácido tereftálico e etileno glicol, como demonstrado na figura abaixo.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/dc/Pet_rea%C3%A7%C3%A3o.jpg)
Polimerização do PET.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/bd/Nylon.jpg/350px-Nylon.jpg)
- Poliamida 6,6: A poliamida (PA) 6,6 se posiciona no campo de aplicação como um dos materiais mais nobres, técnicos e versáteis da sociedade contemporânea, visto que possui um conjunto de propriedades físico-químicas. A mesma apresenta um conjunto de boas propriedades térmicas e mecânicas, tenacidade e processabilidade. Além disso, por ser altamente cristalina, é resistente à deformação por calor, forte, rígida e bem adequada à moldagem por injeção[4]. Trata-se de um polímero sintetizados a partir do processo de polimerização em etapas, descrito no presente estudo. A reação ocorre entre ácido adípico ou ácido hexanodioico, que possui 6 átomos de carbono, e sua diamina é a hexametilenodiamina ou 1,6-hexanodiamina, que também possui 6 átomos de carbono; daí a origem do nome náilon 66, como demonstrado abaixo:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/95/REA%C3%87%C3%83O_10_FORMA%C3%87%C3%83O_DO_NYLON_66.png/777px-REA%C3%87%C3%83O_10_FORMA%C3%87%C3%83O_DO_NYLON_66.png)
Polimerização do Nylon 6,6.
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/27/Outro.jpg/350px-Outro.jpg)
- Polifenol ou baquelite: é obtido pela condensação do fenol com o formaldeído (metanal). No primeiro estágio dessa reação, forma-se um polímero predominantemente linear, de massa molecular relativamente baixa, conhecido como novolae. Ele é usado na fabricação de tintas, vernizes e colas para madeira. A reação, no entanto, pode prosseguir dando origem à baquelite, que trata-se de um polímero tridimensional. A baquelite é o mais antigo polímero de uso industrial (1909) e se presta muito bem à fabricação de objetos moldados, tais como cabos de panelas, tomadas, plugues etc. A reação pode ser representada como demonstrada abaixo:
![](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/0b/REA%C3%87%C3%83O_DA_BAQUELITE.jpg)
Polimerização da baquelite.
Referências[editar | editar código-fonte]
- ↑ a b 1933-, Odian, George G.,. Principles of polymerization Fourth edition ed. Hoboken, N.J.: [s.n.] ISBN 0471274003. OCLC 54781987
- ↑ CANGEMI, J. M.; SANTOS, A. M. Poliuretano: de travesseiros, a preservativos, um polímero versátil. 2009.
- ↑ SOARES, M. S. (2012). Síntese e caracterização de espumas de poliuretano para imobilização de células íntegras e aplicação da síntese de de biodiesel. [S.l.: s.n.]
- ↑ https:// alunosonline.uol.com.br/quimica/ acessado em 05/02/2018 às 22:31