Usuário(a):Manuel Terrinha/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Edições Tinta-da-china[editar | editar código-fonte]

Edições Tinta-da-china
Editora de livros independente
Atividade CAE 58110 - Edição de Livros
Fundação Agosto, 2005
Fundador(es) Bárbara Bulhosa e Inês Hugon
Sede Lisboa
Pessoas-chave Direcção editorial: Bárbara Bulhosa

Direcção geral: Rute Dias

Comunicação e assistência editorial: Catarina Homem Marques

Dept. comercial e foreign rights: Sofia Santos

Direcção de arte: Vera Tavares

Design e paginação: Pedro Serpa

E-commerce: Ana Diniz

Armazém e entregas: Anabela Martins

Website oficial https://tintadachina.pt/

Resumo[editar | editar código-fonte]

A Tinta-da-china é uma editora portuguesa independente criada em 2005, idealizada e fundada por Bárbara Bulhosa e Inês Hugon, sediada em Lisboa. A editora aposta na qualidade do seu catálogo em diferentes áreas, tais como: ficção em língua portuguesa, história e política, poesia, crónica, ensaio, entre outras. É também uma editora que se distingue pela aposta na qualidade gráfica e num design diferenciado. Em 2012, a empresa internacionalizou-se, formando a Tinta-da-china Brasil.[1] Em 2013, deu-se o início da publicação da revista Granta em Portugal e, a partir de 2018, a Tinta-da-china começou a publicar a revista em simultâneo em Portugal e no Brasil, agora com o nome de Granta em Língua Portuguesa. Em 2022, nasceu o Clube Tinta-da-china e os cursos organizados pela editora a partir do seu catálogo e dos seus autores: Tinteiro – Oficinas Tinta-da-china.

A editora também tem apostado no desenvolvimento de algumas colecções icónicas, como por exemplo a Colecção de Literatura de Viagens (dirigida por Carlos Vaz Marques), a Colecção de Literatura de Humor (dirigida por Ricardo Araújo Pereira), a Coleção Pessoa (dirigida por Jeronimo Pizarro) ou a Colecção de Poesia (dirigida por Pedro Mexia), cada uma delas com vários títulos, bem como algumas nascidas mais recentemente, como a coleção Os Melhores Deles Todos, dedicada ao melhor da literatura brasileira (dirigida por Abel Barros Baptista e Clara Rowland), ou a coleção A Vida Privada dos Livros (dirigida por Alberto Manguel).

Alguns autores Tinta-da-china são Alberto Manguel, A.M. Pires Cabral, Bernardo Pires de Lima, Carlos Vaz Marques, Daniel Blaufuks, Dulce Maria Cardoso, Fernando Rosas, Jerónimo Pizarro, José Pacheco Pereira, Matilde Campilho, Paulo Varela Gomes, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira, Rui Cardoso Martins, Rui Tavares e Teresa Veiga, entre muitos outros.

História[editar | editar código-fonte]

A Tinta-da-china foi fundada em 2005 por Bárbara Bulhosa e Inês Hugon, em Lisboa.

Foi ainda em 2005 que a editora publicou o seu primeiro livro: O Pequeno Livro do Grande Terramoto, da autoria de Rui Tavares. A estreia teve bastante sucesso, com três edições esgotadas, e recebeu o Prémio de Melhor Ensaio 2005 (Público e RTP). Até hoje, é um dos livros mais vendidos pela editora, tendo-se já tornado um long seller.

Em 2012, a editora expandiu para o Brasil, criando assim a Tinta-da-china Brasil. Sediada actualmente em São Paulo, desde 2022 que a empresa matriz portuguesa deixou de operar no Brasil, mas sem fechar portas. Agora, a editora brasileira é dirigida pela Associação Quatro Cinco Um, uma organização sem fins lucrativos dedicada à difusão da cultura do livro, e continua a manter a identidade gráfica e de catálogo.

Em 2013, a Tinta-da-china começou a publicar a revista Granta em Portugal e, em 2018, começou a publicar a Granta em Língua Portuguesa em simultâneo em Portugal e no Brasil.

Em 2022, a empresa deu início ao Clube Tinta-da-china e também aos cursos do Tinteiro – Oficinas Tinta-da-china.

Granta em Língua Portuguesa[editar | editar código-fonte]

A Granta original foi fundada em 1889 por estudantes da Universidade de Cambridge, denominada de The Granta, um periódico de política, humor e iniciativa literária estudantil, baptizado com o nome do rio que banha a cidade. A revista publicou, entre outros, os primeiros trabalhos de Sylvia Path e de Ted Hughes. Renasceu em 1979 apenas como Granta, divulgando a obra de muitos escritores que viriam a ser internacionalmente reconhecidos. Neste momento, a Granta é um procjeto com edições por todo o mundo, tais como Espanha, Itália, Bulgária, Noruega, China, Israel, EUA, entre outros, e afirmou-se como a mais conceituada revista literária do mundo, publicando textos originais dos mais reconhecidos escritores.

A revista Granta começou a ser publicada pela Tinta-da-china em 2013 em Portugal, com direcção de Carlos Vaz Marques, tendo sido publicados dez números, com temas como «Eu», «África», «Palco», «Medo» ou «Revolução». Alguns exemplos de autores publicados nesta altura foram Dulce Maria Cardoso, Martha Gellhorn, Miguel Esteves Cardoso e Saul Bellow.

Posteriormente, em 2018, a revista passou a ser publicada pela Tinta-da-china em Portugal e no Brasil com o nome de Granta em Língua Portuguesa. A Granta em Língua Portuguesa é uma revista literária de publicação semestral, codirigida por Pedro Mexia (Portugal) e Gustavo Pacheco (Brasil), e com direção de imagem de Daniel Blaufuks. Alguns temas já publicados pela Granta em Língua Portuguesa são «Rússia», que conta com autores como Elif Batuman, Camila Chaves e Hélia Correia; «Futuro», que conta com autores como Álvaro Domingues, Ana Paula Maia e Antônio Xerxenesky; e «Fronteiras», que conta com autores como José Eduardo Agualusa, Francisco Bosco e Emma Cline.[2]

Tinteiro[editar | editar código-fonte]

O Tinteiro, com início em 2022, é uma escola e oficina online (com alguns cursos a terem também opção presencial) que oferece aos seus participantes aulas, cursos ou workshops construídos a partir de livros e autores Tinta-da-china, reconhecidos pela sua qualidade, em parceria com a Academia Público.[3]

Alguns cursos já realizados pelo Tinteiro:[editar | editar código-fonte]

Oficina «Pelos dedos de uma mão»: oficina sobre os cinco romances de Dulce Maria Cardoso, leccionada pela própria escritora.

Oficina «A arte da leitura»: oficina de cinco lições com Alberto Manguel sobre papel do leitor na criação literária, a partir de grandes clássicos da literatura.

Oficina «Escrita de crónica literária»: oficina de nove aulas com nove grandes cronistas da língua portuguesa a falarem sobre o seu ofício e a sua abordagem à crónica literária.

Oficina «O século XX português»: oficina com Fernando Rosas, Francisco Louçã, João Teixeira Lopes, Andrea Peniche, Luís Trindade e Miguel Cardina.

Oficina «Os melhores deles todos»: seis lições de literatura brasileira com Abel Barros Baptista, Clara Rowland, Joana Matos Frias e Carlos Mendes Sousa.

Oficina «Fotografia da Memória»: Oficina de quatro sessões conduzidas pelo fotógrafo, escritor e artista visual Daniel Blaufuks.

Clube[editar | editar código-fonte]

O Clube Tinta-da-china, que arrancou em Fevereiro de 2022, consiste numa assinatura mensal ou anual. Ao aderirem, os leitores da Tinta-da-china passam a receber em casa, todos os meses, uma caixa-surpresa que inclui um livro escolhido criteriosamente pela equipa da editora entre as novidades do catálogo, um brinde oferta, um postal e um guia de leitura.[4]

Os membros do Clube Tinta-da-china têm ainda outros benefícios:[editar | editar código-fonte]

Oferta de um Livrário no momento da inscrição, para que possa registar todas as suas leituras.

20% de desconto extra em todo o site Tinta-da-china (excepto livros com menos de 24 meses, ao abrigo da Lei do Preço Fixo, e não acumulável com outras campanhas) durante o período da assinatura.

Desconto especial em cursos do Tinteiro – Oficinas Tinta-da-china.

30% de desconto na assinatura da Granta em Língua Portuguesa.

Sessões de conversa (online ou presencial) sobre os livros do Clube, com autores, tradutores, a equipa da Tinta-da-china ou outros convidados.

Um mês grátis de assinatura online do jornal Público.

Três meses de acesso livre à edição online da revista literária Quatro Cinco Um.

Alguns livros que já foram enviados aos leitores através do Clube:[editar | editar código-fonte]

«O Africano da Gronelândia» de Tété-Michel Kpomassie.

«Um Diário de Leituras» de Alberto Manguel.

«Tudo Pode Ser Roubado» de Giovana Madalosso.

«O Rinoceronte e o Poeta» de Miguel Barrero.

«Dicionário da Erosão» de John Freeman.

«Todos os Homens São Mentirosos» de Alberto Manguel.

«Peste & Cólera» de Patrick Deville.

«Consumidos Pelo Fogo» de Jaume Cabré.

«O Púcaro Búlgaro» de Campos de Carvalho.

«Os Perigos do Imperador» de Ruy Castro.

«Roteiro Afetivo de Palavras Perdidas» de António Mega Ferreira.

«A Novela do Gordo Entalhador» de Antonio Manetti.

Autores[editar | editar código-fonte]

A Tinta-da-china aposta numa relação continuada e de confiança com os seus autores, contando no seu catálogo com vários escritores portugueses de renome, em diferentes áreas, como A.M. Pires Cabral, Bernardo Pires de Lima, Carlos Vaz Marques, Daniel Blaufuks, Dulce Maria Cardoso, Fernando Rosas, Matilde Campilho, Paulo Varela Gomes, Pedro Mexia, Ricardo Araújo Pereira, Rui Cardoso Martins, Rui Tavares e Teresa Veiga, entre muitos outros. Além disso, vários autores internacionais apostaram numa relação longa com a editora, como é o caso de Alberto Manguel, Jan Morris, Jaume Cabré, Jeronimo Pizarro, John Freeman ou Lilian Thuram.

Estes autores, juntamente com a Tinta-da-china, conseguiram ganhar diversos prémios , tais como: o romance O Retorno, de Dulce Maria Cardoso, que foi considerado Livro do Ano 2011 (Público, Expresso, Ler e Time Out); Prémio de Inovação 2009 e Prémio Melhor Design de Colecção 2010 atribuídos à Colecção de Clássicos do Humor dirigida por Ricardo Araújo Pereira; Gente Melancolicamente Louca, de Teresa Veiga, ganhou o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco | APE 2015; Passos Perdidos, de Paulo Varela Gomes, foi o vencedor do Prémio PEN Narrativa 2015; e, em anos diferentes, alguns autores foram distinguidos com o Grande Prémio de Crónica APE: Ricardo Araújo Pereira (2009, Novas Crónicas da Boca do Inferno), Rui Cardoso Martins (2017, Levante-se o Réu Outra Vez), Pedro Mexia (2018, Lá Fora)[5]; Caderneta de Lembranças, de A.M. Pires Cabral, ganhou o Prémio de Poesia António Gedeão 2022 e o Prémio Ruy Belo 2022[6]; O Senhor d'Além, de Teresa Veiga, ganhou o Prémio Literário Fernando Namora 2022[7]; entre muitas outras distinções.

  1. «Sobre nós». Tinta da China. Consultado em 10 de abril de 2023 
  2. «GRANTA - Sobre a Granta». granta.tintadachina.pt. Consultado em 10 de abril de 2023 
  3. «Oficinas». Tinta da China. Consultado em 10 de abril de 2023 
  4. «Clube Tinta da China». Tinta da China. Consultado em 10 de abril de 2023 
  5. «Edições tinta-da-china». www.facebook.com. Consultado em 10 de abril de 2023 
  6. «CADERNETA DE LEMBRANÇAS». Tinta da China. Consultado em 10 de abril de 2023 
  7. «SENHOR D'ALÉM». Tinta da China. Consultado em 10 de abril de 2023