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Aves marinhas[editar | editar código-fonte]

Aves marinhas constituem um grupo antigo e diversificado de espécies que se adaptaram com grande eficiência a ambientes costeiros e oceânicos. Um número relativamente pequeno de espécies de aves, em torno de 3,2% de um total de 9.970 espécies conhecidas, está adaptado à vida no mar, apesar da quantidade e diversidade potenciais de alimento disponível ^[1].

Caracterização[editar | editar código-fonte]

São consideradas aves marinhas as espécies que obtêm seu alimento desde a linha da baixa mar até o mar aberto. Apesar de o Brasil possuir um extenso litoral, vários estuários, ilhas costeiras e 6 ilhas ou arquipélagos oceânicos, o mar brasileiro é considerado pobre em aves marinhas, devido a baixa produtividade das águas tropicais, exceto no extremo sul do país, sob influência da Convergência Subtropical^[1].

Esse grupo de aves possui uma serie de adaptações morfológicas, fisiológicas e comportamentais, garantindo que elas consigam explorar esses hábitos tão diversos com sucesso. A maioria destas adaptações está relacionada com métodos de captura de alimento (que vão desde o mergulho ao simples contato com a água), com a distribuição espacial das aves em termos de procura de alimento (desde as zonas costeiras às zonas pelágicas), com os padrões diários de alimentação (diurnos e noturnos) e com a dieta (desde espécies que se alimentam de zooplâncton, peixe e lulas a espécies necrófagas, que se alimentam de animais mortos)^[2]. A maioria das espécies alimenta-se em áreas marinhas mais produtivas, facilmente caracterizadas em termos oceanográficos por temperaturas da água do mar mais baixas, maior concentração de clorofila, zonas de upwelling ou convergência entre massas de água de características diferentes ou outras características físicas ou biológicas que explicam o aumento da produtividade dessas áreas^[2].

A disponibilidade de alimento é o principal fator que afeta o sucesso reprodutor das aves marinhas, sobretudo o das aves marinhas pelágicas, que nidificam em ilhas isoladas e não estão sujeitos a predação. Enquanto o insucesso das aves marinhas em zonas temperadas está muito associado a sobrexploração de recursos pesqueiros ou com alterações climatéricas a longo prazo^[2].

Diversidade[editar | editar código-fonte]

Podem ser agrupadas como aves marinhas as ordens Procellariiformes, Sphenisciformes, Charadriiformes e Pelecaniformes^[3].

↑ ^a ^b BRANCO, Joaquim Olinto; BARBIERI, Edison; FRACASSO, Hélio Augusto A. Técnicas de pesquisa em aves marinhas. Ornitologia e Conservação: Ciência Aplicada, Técnicas de Pesquisa e Levantamento. p. 219-235.
↑ ^a ^b ^c RAMOS, Jaime Albino. As Aves Marinhas como Indicadores Ecológicos. Departamento de Zoologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade de Coimbra, 2010. 17 p.
↑ SCHREIBER, Elizabeth Anne; BURGER, Joanna (2002). Biology of Marine Birds. United States of America: CRC Press LLC. 741 páginas

[:0-1] BRANCO, Joaquim Olinto; BARBIERI, Edison; FRACASSO, Hélio Augusto A. Técnicas de pesquisa em aves marinhas. Ornitologia e Conservação: Ciência Aplicada, Técnicas de Pesquisa e Levantamento. p. 219-235.

[:1-2] RAMOS, Jaime Albino. As Aves Marinhas como Indicadores Ecológicos. Departamento de Zoologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade de Coimbra, 2010. 17 p.

[3] SCHREIBER, Elizabeth Anne; BURGER, Joanna (2002). Biology of Marine Birds. United States of America: CRC Press LLC. 741 páginas

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