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Sitio São Bento (Sitio Morrinhos)
Matteusmoreira/Testes
Português: Edifício da Casa Grande do Sítio dos Morrinhos ou Chácara de São Bento - entrada principal
Estilo dominante Taipa de pilão, com reformas benditinas
Construção indefinida
Estado de conservação São Paulo
Património nacional
Classificação Iphan e Condephaat
Data Patrimônio Histórico e Arqueológico
Geografia
Cidade São Paulo


O Sitio São Bento, conhecido também como Sitio Morrinhos, é um conjunto arquitetônico que integra o acervo de Casas Históricas, sob responsabilidade do Departamento do Patrimônio do Estado de São Paulo.

O sitio Morrinhos foi tombado pela primeira vez em 1948 pelo antigo SPHAN (Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, atual IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Em 1973 o CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) reforçou a proteção ao sitio São Bento[1]graças as possibilidades de contribuição histórica, arqueológica e arquitetônica das quais o local dispõe.

História[editar | editar código-fonte]

Acredita-se que o primeiro proprietário do Sitio Morrinhos foi José de Góes e Moraes, nomeado Capitão Mor da capitania de São Vicente[2]. Ele teria o adquirido em 1710 após se casar. Esses dados foram observados, pela primeira vez, em 1799, em documento de autoria do Coronel Luiz Antônio Neves de Carvalho. Para estabelecer os limites da área do sitio, o coronel utilizou ação de vistoria. A documento relativo a ação foi o primeiro a relacionar os primeiros proprietários, o Capitão José de Góes e D. Antonio Mendes.

De acordo com o arquiteto Luis Saia[3] em estudo feito para o SPHAN, é possível atribuir a Antonio Mendes o título de proprietário graças a um documento lavrado no Mosteiro de São Bento. Os pais de Mendes eram influentes e abastados, Manoel de Almeida e Cecília Mendes de Almeida eram um dos casais mais ricos da região e importantes doadores do Mosteiro de São Bento. Cecília Mendes doou, em 1727, uma âmbula de prata dourada ao Mosteiro[4].

Em 1902 o Sitio São Bento, mais conhecido como Sitio Morrinhos, foi levado a leilão e comprado pela Associação Pedagógica Paulista, representada pelo Mosteiro São Bento.

Desenho representativo das casas bandeiristas do período colonial, das quais o Sitio Morrinhos faz parte.

A casa principal do Sitio Morrinhos foi construída na margem direita do rio Tietê, cerca de um quilometro de distancia em inclinação, o que teria servido para nomear o local como "morrinhos". Ao longo de sua história, o Sitio Morrinhos perdeu área duas vezes, ambas durante a gestão do prefeito Figueiredo Ferraz. Os cortes do terreno aconteceram devido a aprovação do decreto Nº 9883 de 1972, que desapropriava a área referente a rua dos Tibães[5].

Em 1798 já haviam documentos que relacionavam a existência de um "Sitio Morrinhos". Os documentos descreviam processos de venda e transferência do patrimônio. Foi em 1798 que os então proprietários, José Pinto Tavares e sua esposa Maria Joaquina da Conceição venderam o sitio para José Rodrigues de Almeida e Manuel Rodrigues de Barros por 150 mil réis. Atualmente, o Sitio Morrinhos faz parte do conjunto de construções conhecido como Casas Bandeiristas.

Instalações[editar | editar código-fonte]

Em 1776, o Sitio Morrinhos por José Pinto Tavares e sua esposa dispunha de um inventário que relacionava uma casa com paredes de taipa de pilão. Além disso, dá conta de repartições utilizadas como senzala, bem como arvoredos e bananais. Não somente, o Sitio Morrinhos apresentava ainda um outro sitio anexo que também tinha casas feitas com taipa de pilão cobertas por telhas. Esse inventário foi utilizado na escritura de venda do sítio, sendo assim o primeiro registro discriminatório dos elementos dispostos no sítio.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «digitalizar0026.jpg». Google Docs. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  2. «digitalizar0026.jpg». Google Docs. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  3. «Museu da Cidade de São Paulo - Casa do Bandeirante». www.museudacidade.sp.gov.br. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  4. «digitalizar0026.jpg». Google Docs. Consultado em 16 de novembro de 2016 
  5. «digitalizar0027.jpg». Google Docs. Consultado em 16 de novembro de 2016