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Design de jogos[editar | editar código-fonte]

Processos de Desenvolvimento de Jogos Digitais[editar | editar código-fonte]

O processo de desenvolvimento de jogos digitais é complexo e tem a participação de diversas áreas profissionais. Além das necessidades do desenvolvimento do software, outras área como o enredo, mecânicas de jogo, design de ambiente, design de efeitos sonoros, trilha sonora, design de personagens e interação entre o jogo e o jogador, foram recebendo mais investimentos dos estúdios, trazendo outros profissionais como roteiristas, artistas 3D, ilustradores, animadores e músicos.[1] Não é necessário possuir um grande capital para se criar um jogo, diversos projetos de sucesso foram inicialmente produzidos por uma única pessoa, como o jogo Stardew Valley[2] produzido por Eric Barone. Para produtores independentes, é necessário criatividade e pesquisa com jogadores para produzir jogos com menos recursos.

Com a evolução do mercado de jogos digitais, surgiram ferramentas para auxiliar os desenvolvedores na elaboração de seus jogos. Ferramentas como programas de modelagem 3D, motores para simulação de efeitos gráficos e de luz, motores de jogo e programas para animação. Os motores de jogos são uma das principais ferramentas para fazer todas as simulações necessárias para o funcionamento de um jogos, e os dois principais encontrados no mercado são a Unreal Engine e a Unity.[3]

Vários autores propõem diferentes processos de desenvolvimento de jogos digitais, porém todos concordam que é necessário partir de um conceito de jogo e seguir um processo altamente interativo, pois é necessário entender como o jogo funciona quando jogado desde muito cedo.

Práticas comuns do design de jogos incluem a criação de um Game Design Document, ou a Bíblia do Jogo, o uso de protótipos, inclusive de papel e de baixa fidelidade, preocupação extreme com os testes e metodologias ágeis como Scrum.

Design de Jogos no Brasil[editar | editar código-fonte]

No Brasil, a história do design de jogos vem antes mesmo da chegada dos europeus no continente americano. Povos nativos na região onde atualmente se encontra o Brasil, já produziam jogos como Peteca e Jogo da onça[4], o primeiro jogo de tabuleiro criado no Brasil. Esses jogos além de ser uma forma de entretenimento, muitas vezes também serviam como forma de promover cooperação, senso de estratégia e diversas outras habilidades.

Jogos de Tabuleiro[editar | editar código-fonte]

O primeiro jogo de tabuleiro criado no Brasil foi o Jogo da Onça. O jogo foi criado pelos bororos, povo indígena que habita o estado do Mato Grosso. Inicialmente o tabuleiro era feito no chão, com marcações na areia e utilizando 15 pedras ou sementes como peças, onde um das peças representa a onça e as outras 14 representavam os cachorros. Um dos jogadores controla a peça da onça, tendo como objetivo comer pelo menos 6 cachorros. Já o jogador que utiliza os cachorros, tem como objetivo cercar a onça.

Monopoly

No século XX, alguns títulos estrangeiros como Monopoly[5] e Risk foram trazidos para o Brasil, onde foram traduzidos e adaptados para a realidade brasileira. A Estrela foi a responsável pela adaptação do jogo Monopoly, lançando então no mercado brasileiro como Banco Imobiliário[5], que modificava os endereços americanos de seu tabuleiro por bairros brasileiros.

Jogo da Onça

Jogos eletrônicos[editar | editar código-fonte]

O primeiro jogo produzido comercialmente no Brasil foi o "Aeroporto 83"[6], produzido por Renato Degiovani e sua primeira edição lançada em 1983 pela revista Micro Sistemas, uma revista especializada em Computador doméstico. O título foi produzido para computadores da linha Sinclair ZX81 e vinha na forma de fita cassete, formato utilizado normalmente para gravação e reprodução de músicas.

Uma pesquisa feita pela PGB (Pesquisa Game Brasil), 74,5% dos entrevistados possuem o habito de jogar jogos eletrônicos, sendo o smartphone a plataforma mais utilizada pra jogar.

A produção e consumo de jogos vem crescendo mundialmente ao longo dos anos, ultrapassando o faturamento de mercados como de cinema e de música[7]. Por mais que o mercado de jogos no Brasil tenha arrecadado cerca de R$ 12 bilhões em 2021, se tornando o 12º maior consumidor do mundo[8][3], a produção nacional de jogos ainda é discreta se comparado à produção em países como Estados Unidos, China e Japão. Como o consumo de jogos no país possui mais engajamento em celulares[1], a produção nacional se concentra nessa plataforma.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b De Oliveira Amélio, Camila (2018). «A Industria e o Mercado de jogos digitais no Brasil» (PDF). sbgames. Consultado em 11 de Fevereiro de 2023 
  2. Prata, Dori (14 de abril de 2016). «O surpreendente Stardew Valley chega a um milhão de cópias vendidas». Meio Bit. Consultado em 11 de fevereiro de 2023 
  3. a b «Pesquisa Gamer Brasil 9° Edição Gratuita 2022» 
  4. «O "Jogo da Onça" – Conexão Escola SME». Consultado em 11 de fevereiro de 2023 
  5. a b «Monopoly: como jogo inventado para denunciar os males do capitalismo teve efeito oposto». BBC News Brasil. Consultado em 11 de fevereiro de 2023 
  6. Couto, Lucas (13 de maio de 2017). «Aeroporto 83 (Micro Sistemas, 1983)». Bojogá. Consultado em 11 de fevereiro de 2023 
  7. «INDÚSTRIA DE GAMES VAI FATURAR SEIS VEZES MAIS DO QUE OS CINEMAS». Insper. 19 de setembro de 2022. Consultado em 11 de fevereiro de 2023 
  8. «Mercado de games cresce no país e atrai cada vez mais empreendedores». Folha de S.Paulo. 19 de agosto de 2022. Consultado em 11 de fevereiro de 2023