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Baía de Câmara de Lobos

O Pico da Torre, também conhecido por Pico da Cruz ou apenas por Pico, é um miradouro localizado na freguesia de Câmara de Lobos, na Ilha da Madeira, em Portugal. A sua denominação relaciona-se com o local onde se encontra situado- Torre. Neste local é possível observar um panorama não só sobre a baía de Câmara de Lobos, como também da freguesia do Estreito de Câmara de Lobos e ainda uma certa parte da cidade do Funchal.

História[editar | editar código-fonte]

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Localização -

Em 1901, o miradouro era também conhecido como Pico da Arruda e na época, relativamente à beleza que se poderia desfrutar a partir deste miradouro, era dito:

E quem subir o Pico da Arruda, em cujas faldas tem assento o maior grupo de casas, a que se dá o nome especial de Vila, para qualquer dos lados que volte o olhar terá patente o mais soberbo panorama. Para leste os matizes, variados, que o terreno acidentado apresenta numa dilatada extensão; do lado oposto o Cabo Girão elevado perpendicularmente a 660 metros acima do nível do mar, causando assombro a quem o examina da base, e duplicando a impressão se do cimo lhe forem medir a altura.

Para norte a cumiada das montanhas vestidas de arvoredo, cujo verde-escuro forma o carregado da pintura deste admirável quadro. E para o sul, como sepultada aos pés do observador, a denominada Vila, orlada de rochas negras e caprichosamente dentadas, que servem de baliza ao mar, e ante as quais se humilham as águas, temerosas da sua rude e sinistra perspectiva. Alongando estão a vista pelo mar, ora se observa nos confins do horizonte uma barca de velas içadas, semelhando antigo e solitário castelo num imenso Sahara, ora gigante vapor, avizinhando-se destas paragens confortáveis, parece na sua imperturbável carreira de escarnecer dos próprios elementos!

Nada mais agradável e poético do que ao descair da tarde ver as dezenas de barquinhos piscatórios, com as velas enfunadas, demandando o porto da Vila, como tímidas pombinhas a buscar asilo na morada predilecta. E nada nos pode tocar tanto a sensibilidade como ver o sol rastejando seus raios oblíquos pela face do mar, dando-nos o adeus de saudade ao transpor os umbrais do infinito!”.[1][2]  

Tendo em conta a sua localização, o Pico da Torre constitui um lugar privilegiado para a observação do centro da cidade de Câmara de Lobos, principalmente. Deste modo, o local começou por se tornar num ponto de paragem obrigatório para as pessoas locais e visitantes, devido à sua potencialidade turística.

Com as obras de construção do cruzeiro da independência surgiu a ideia de criar um miradouro no local, em 1941.

A Bateria do Pico[editar | editar código-fonte]

O Pico da Torre albergou em tempos um reduto militara de defesa da baía de Câmara de Lobos, denominado de bateria ou forte do Pico. A referência mais antiga relativamente a esta bateria é de 1807, altura em que segundo o Tenente Coronel do Real Corpo de Engenheiros, Paulo Dias de Almeida, ali se encontrava uma peça de 12 abandonada e sem reparo, peça essa que ali permaneceu até 1981, após ter sido recolhida para o museu de artilharia do GAG 2, em São Martinho.

Num excerto de uma carta militar de data não especificada e publicada, em 1907, no Heraldo da Madeira, o Pico da Torre encontra-se assinalado como o Pico do Forte, o que reforça a ideia da existência de uma bateria neste local.[3]

Ainda relativamente a esta bateria ou forte, o Diário de Notícias, em 1879, a propósito dos limites de uma propriedade, ao referir-se ao Pico da Torre, aponta-o como o antigo forte do Pico.

O Cruzeiro da Independência[editar | editar código-fonte]

Atualmente, o Pico da Torre está dotado de um cruzeiro da independência, símbolo das comemorações dos centenários, levados a efeito por António Oliveira Salazar. O lançamento da primeira pedra para a sua construção realizou-se a 28 de Maio de 1941, por ocasião do 15º aniversário da Revolução Nacional.

Cruzeiro da Independência

O cruzeiro foi construído em pedra de cantaria e possui na sua base a seguinte inscrição “Fundação- 1140/ Restauração- 1640/ Mandado erigir pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos”, tendo sido solenemente inaugurado e benzido a 14 de Setembro de 1941. A sua construção partiu da Ação Católica de Câmara de Lobos, tendo sido assumida financeiramente pela Câmara Municipal de Câmara de Lobos.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. http://www.visitmadeira.pt
  2. http://www.concelhodecamaradelobos.com
  3. https://pt.wikipedia.org