Usuário(a):OTAVIO1981/Postpartum infections

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Predefinição:Info/Condição médica

Infeções pós-parto, também conhecida como infeção puerperal, são quaisquer infeções bacterianas do aparelho reprodutor feminino seguintes ao parto ou aborto espontâneo. Sinais e sintomas geralmente incluem uma febre maior que 38,0 °C (100,4 °F), calafrios, dor no abdômen inferior, e possivelmente mau cheiro do corrimento vaginal.[1] Normalmente ocorre entre as primeiras 24 horas e os primeiros dez dias após o parto.[2]

A infeção mais comum é a do útero e tecidos circundantes, conhecida como sépsis puerperal ou metritis pós-parto. Fatores de Risco incluem a cesariana, a presença de certas bactérias como a streptococcus do grupo B na vagina, ruptura prematura de membranas, vários exames vaginais, remoção manual da placenta, e parto prolongado, entre outros.[1][3] A maioria das infeções envolvem uma série de tipos de bactérias. O diagnóstico raramente é ajudado pelo cultura microbiológica da vagina ou do sangue. Naquelas que não apresentam melhora, imagiologia médica pode ser necessária. Outras causas para a febre após o parto incluem ingurgitamento mamário, infecções do trato urinário, infecções da incisão abdominal ou episiotomia, e atelectasias.[1][3]

Devido aos riscos seguintes a cesariana, recomenda-se que todas as mulheres recebam uma dose preventiva de antibióticos como ampicilina durante a cirurgia. O tratamento para infeções estabelecidas é com antibióticos, com a maioria das mulheres melhorando em dois ou três dias. Naquelas com um quadro leve, antibióticos orais podem ser usados; caso contrário, antibióticos intravenosos são recomendados. Os mais comuns incluem uma combinação de ampicilina e gentamicina seguintes ao parto vaginal ou clindamicina e gentamicina naqueles que tiveram uma cesariana. Para aquelas que não estão melhorando com o tratamento apropriado, outras complicações como um abscesso devem ser consideradas.[1]

Em 2015, ocorreram cerca de 11,8 milhões de infeções.[4] Nos países desenvolvidos, cerca de um a dois por cento desenvolvem infeção uterina após o parto vaginal. Esta aumenta de cinco para treze por cento entre aquelas que têm partos mais difíceis e cinquenta por cento com a cesárea antes do uso preventivo de antibióticos.[1] Em 2015, estas infeções resultaram em pelo menos 17.900 mortes, a partir de 34.000 mortes em 1990.[5][6] Elas são a causa de cerca de 10% das mortes em todo o período de gravidez.[3] A primeira descrição conhecida da doença é datada de pelo menos o século 5 A.C., nos escritos de Hipócrates.[7] Estas infeções foram causa mortis muito comum para um parto, começando em, pelo menos, o século 18 até a década de 1930, quando os antibióticos foram introduzidos.[8] Em 1847, na Áustria, Ignaz Semmelweiss reduziu o risco de morte de vinte para dois porcento através do uso de lavagem das mãos com cloro.[9][10]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e «37». Williams obstetrics 24th ed. [S.l.]: McGraw-Hill Professional. 2014. pp. Chapter 37. ISBN 978-0-07-179893-8 
  2. Hiralal Konar (2014). DC Dutta's Textbook of Obstetrics. [S.l.]: JP Medical Ltd. p. 432. ISBN 978-93-5152-067-2. Cópia arquivada em 8 de dezembro de 2015 
  3. a b c WHO recommendations for prevention and treatment of maternal peripartum infections (PDF). [S.l.]: World Health Organization. 2015. p. 1. ISBN 9789241549363. PMID 26598777. Cópia arquivada (PDF) em 7 de fevereiro de 2016 
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  5. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome GBD2015De
  6. GBD 2013 Mortality and Causes of Death, Collaborators (17 December 2014). «Global, regional, and national age-sex specific all-cause and cause-specific mortality for 240 causes of death, 1990–2013: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2013.». Lancet. 385: 117–71. PMC 4340604Acessível livremente. PMID 25530442. doi:10.1016/S0140-6736(14)61682-2  Verifique data em: |data= (ajuda)
  7. Walvekar, Vandana (2005). Manual of perinatal infections. New Delhi: Jaypee Bros. p. 153. ISBN 978-81-8061-472-9. Cópia arquivada em 4 de março de 2016 
  8. Magner, Lois N. (1992). A history of medicine. New York: Dekker. pp. 257–258. ISBN 978-0-8247-8673-1. Cópia arquivada em 4 de março de 2016 
  9. Anderson, BL (April 2014). «Puerperal group A streptococcal infection: beyond Semmelweis.». Obstetrics and gynecology. 123 (4): 874–82. PMID 24785617. doi:10.1097/aog.0000000000000175  Verifique data em: |data= (ajuda)
  10. Ataman, AD; Vatanoğlu-Lutz, EE; Yıldırım, G (2013). «Medicine in stamps-Ignaz Semmelweis and Puerperal Fever.». Journal of the Turkish German Gynecological Association. 14 (1): 35–9. PMC 3881728Acessível livremente. PMID 24592068. doi:10.5152/jtgga.2013.08