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Expedição Científica Kasato-Maru[editar | editar código-fonte]

O ITAPAR(Instituto Tecnológico e Ambiental do Paraná) participa de Expedição de resgate de peças do navio Kasato-Maru.

O Instituto Tecnológico e Ambiental do Paraná – ITAPAR e a Sociedade Geográfica da Rússia – SGR (Russian Geographical Society) assinaram termo de cooperação técnica e científica para realização da Expedição Científica Kasato-Maru em 16 de fevereiro de 2016, o navio que, em 1908 e 1914, trouxe para o Brasil um total de 133.200 imigrantes japoneses que desembarcaram em Santos, e afundou no Mar de Okhotsk em agosto de 1945, durante um violento ataque aéreo norte-americano. Além do resgate das peças da embarcação (âncoras, sino, leme, timão e demais artefatos), serão feitas pesquisas que envolverão questões como aquecimento global, biologia marinha, estudo da zona de mistura rio-mar e análise de lagos vulcânicos. A assinatura do termo aconteceu via Skype entre o presidente do ITAPAR, Acef Said, Aleksandrov D.G. e Sergey M. Fazlullin, respectivamente diretor executivo e vice-presidente, da Sociedade Geográfica da Rússia, e Yuriy Mozgovoy, primeiro secretário da SGR, representado o embaixador da Federação da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, em Curitiba.

A Expedição

De acordo com o presidente do ITAPAR, a sua participação e início das tratativas para a realização do resgate de peças do Kasato-Maru começaram em 2011 junto ao governo da Federação da Rússia. Em 2013, “recebemos oficialmente a primeira autorização para os projetos necessários. Em abril de 2015, o governo do Paraná e o Senado Federal manifestaram-se favoravelmente a respeito e formalizou-se o pedido, entregue pessoalmente ao embaixador russo Sergey Akopov. Dois meses depois, a Embaixada da Federação da Rússia emitiu nota oficial endereçada ao Ministro da Cultura do Brasil informando que o ITAPAR seria a única instituição autorizada a fazer a expedição”, explicou Acef Said. O governo da Rússia designou a Sociedade Geográfica da Rússia, instituição tem 170 anos de existência e é uma das maiores do mundo, para coordenar os trabalhos de resgate. Acef Said esclarece que os mergulhadores e demais técnicos envolvidos serão exclusivamente russos. A expedição contará também com professores e alunos de universidades russas e brasileiras e tem apoio de diversas entidades representativas, dentre elas, a Câmara de Comércio Brasil Japão. A expedição exploratória será iniciada em maio de 2016 na Península de Kamchatka, onde o navio afundou.

Local da realização da Expedição Kasatu-Maru

Cronograma dos trabalhos

Acef Said informa que, em maio de 2016, será realizada uma expedição precursora, com a finalidade de avaliar o local do acampamento base de mergulho e geolocalização exata do navio, bem como a contratação de técnicos, tripulação, equipe de resgate de emergência e demais equipamentos de campo. Em julho e agosto, ocorrerá o resgate das peças. Entre setembro e dezembro, as peças resgatadas serão tratadas, catalogadas e certificadas pelo Ministério da Cultura da Rússia, e remetidas ao ITAPAR no Porto de Paranaguá. As peças percorrerão o Brasil em exposições itinerantes. Uma delas poderá ser destinada ao governo japonês para ficar exposta definitivamente no Porto de Kobe, local de partida dos primeiros imigrantes. Acef coloca que o país abriga a maior população de descendentes japoneses fora do Japão.

O navio

Navio foi construído na Inglaterra (Liverpool) a pedido do Governo Russo, em 1900. Primeiramente, se chamou Potosi e depois Kazan. Foi utilizado como navio-hospital durante a Guerra Russo-Japonesa. No final do conflito bélico, foi capturado pela marinha do Japão e adaptado para ser um navio de passageiros, transportando soldados que regressavam do combate na Manchúria, já com o nome de Kasato-Maru. Em seguida, passou a ser utilizado para transporte de imigrantes japoneses. Em 1908, trouxe o primeiro grupo oficial de imigrantes japoneses para o Brasil. A viagem começou no Porto de Kobe e terminou 52 dias depois no Porto de Santos. Vieram 133.200 imigrantes que foram trabalhar nos cafezais do oeste paulista. Depois de algum tempo, Kasato-Maru foi transformado em navio cargueiro e ainda voltou ao Brasil uma segunda e última vez, em 1917, em 1930, foi vendido a uma empresa de pesca japonesa, sendo então convertido em navio-fábrica, transportando cargas. Em 1942, foi requisitado pela Marinha Imperial do Japão e passou a fazer parte da esquadra japonesa na Segunda Guerra Mundial como navio de apoio. No dia 9 de agosto de 1945, foi bombardeado por três aviões russos e afundou no mar de Okhtosk, nas águas russas próximas da Península de Kamchatka. Está atualmente submerso a uma profundidade estimada de 18 metros e em bom estado de conservação.

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Categoria:Kasato Categoria:Navio Categoria:Expedicao Categoria:Imigrantes Categoria:Japoneses