Usuário(a):Pandolfi92/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Vida e Obras[editar | editar código-fonte]

Alberto José Pessoa nasceu em Coimbra no ano de 1919 e em 1985 veio a falecer em Lisboa. Trabalhou em simultâneo em diversas obras e a maioria dessas obras foram desenvolvidas em equipa. Em 1942 trabalhou com Licínio Cruz no Gabinete do Plano de Obras da Praça do Império, sob a orientação de Cottinelli Telmo (1897-1948). Em 1943 formou-se em arquitetura na Escola de Belas Artes de Lisboa, onde entre 1953 e 196 foi assistente-professor na cadeira de projeto do Professor Luís Cristiano da Silva (1858-1948). Entre 1942-1945 participou dos projetos para a Cidade Universitária de Coimbra, com a remodelação da Biblioteca Central da Faculdade de Letras, o Arquivo Geral e a faculdade de Letras, em 1942 projetou os centros extra-escolares para a Mocidade Portuguesa. Entre 1946 e 1950, Alberto faz parte do grupo ICAT (Iniciativas Culturais Arte e Técnica), foi aí que começou a adquirir conhecimentos, discutiu ideias com arquitetos consagrados como Francisco Keil do Amaral (1910-1975), João Guilherme Faria da Costa (1906-1971), João Simões (1908-1995), Miguel Simões Jacobetty Rosa (1901-1970), Celestino Joaquim de Abreu Castro (1920-2007), Hernâni Guimarães Gandra (1914-1988), Raúl Chorão Ramalho (1914-2002), entre outros. Alguns desses membros do ICAT apresentaram no I Congresso Nacional de Arquitetura a tese O Alojamento Colectivo, revelando as possibilidades e as vantagens da construção em altura e a resolução da habitação económica. Em 1947, Alberto Pessoa projetou a casa Cantante da Mota, R. Duarte Pacheco Pereira 37, Restelo, a obra foi projetada seguindo os moldes tradicionais e ganhou o prémio Valmor em 1950. Em 1947 Alberto Pessoa trabalhou numa equipa coordenada por Faria da Costa juntamente com Chorão Ramalho, José Bastos (?-?) e Lucínio Cruz (?-?), na construção de um conjunto urbano para Avenida Paris e Praça Pasteur, antigamente nomeada Rua Actriz Virgínea. Com Kiel de Amaral que também projetaram juntos várias habitações e Hernâni Gandra projeta entre 1947 e 1955 equipamentos para os parques de Monsanto e Eduardo VII, ainda nesse ano Alberto abre o seu próprio atelier na Avenida Guerra Junqueiro. Em 1948 junto com a sua mulher participa do 1º Congresso Nacional de Arquitetura. Em 1949 projeta uma habitação com princípios modernos em Almada, porém não chega a ser construída mas foi publicado na revista de Arquitetura nesse mesmo ano. Em 1953 o seu atelier passa a ser na Avenida João Crisóstomo, onde conta com a presença do arquiteto João Abel Manta (1928-?), nesse ano projetou o Parque Infantil de Alvito. Entre 1959-1969 a obra considerada como o melhor edifício público do século XX em Portugal é a Sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, foi projetada juntamente com Pedro Cid (1925-1983) e Ruy Jervis d’ Athouguia (1917-2006) e recebeu o premio Valmor em 1975. A carreira de Alberto Pessoa foi marcada por suas diversas obras que teve grande relevância na arquitetura moderna, desde edifícios a planos de urbanização para algumas avenidas em Lisboa, e a participação de nomeados arquitetos portugueses na sua carreira contribuiu na construção da sua história. [1] [2] [3]

Avenida Infante Santo[editar | editar código-fonte]

Em 1947 Alberto Pessoa apresenta na Câmara Municipal de Lisboa um plano de urbanização da Avenida Infante Santo que até em 1950 era a Avenida Tenente Valadim, junto com os arquitetos Hernâni Gandra e João Abel Manta, o plano era composto por habitação multifamiliar, escritórios, lojas, cafés e equipamentos públicos, que iam estar expostos ao longo de toda avenida. O complexo habitacional terá um caracter inovador e funcional, o conjunto de edifícios atingiu o auge da arquitetura moderna, o mesmo será nomeado por Conjunto tipo A e são divididos em 5 lotes construídos com base num mesmo projeto base, sofrendo apenas pequenas alterações entre si. Esse projeto foi encomendado pela Câmara Municipal de Lisboa e eram destinadas ao aluguer. Um nome importante para a execução desta obra foi o engenheiro Jordão Vieira Dias (?-?) responsável pelo projeto de betão armado, material que foi muito usado nas construções modernas. Uma particularidade deste projeto é ele teve duas fases de construção, a primeira foi entre 1954 e 1956 com a construção dos lotes de 1 a 4 e a segunda fase foi de 1960 a 1963 finalizando com a construção do lote 5. [4] [5] [6]

  1. Agarez, Ricardo Costa (2009). O Moderno Revisitado: Habitação Multifamilar em Lisboa nos anos de1950. Lisboa: SOARTES - artes gráficas, lda. pp. 252–253 
  2. Fonseca, João Pedro Esteves de Carvalho (2005). Forma e Estruturas no Bloco de Habitação, Património Moderno em Portugal. Porto: Faculdade deArquitectura da Universidade do Porto. pp. 128–131 
  3. Machado, Paula (2005). Alberto José Pessoa 1919-1985, Arquitecto. Lisboa: Câmara Municipal de Lisboa. pp. 3–9 
  4. Agarez, Ricardo Costa (2009). O Moderno Revisitado: Habitação Multifamilar em Lisboa nos anos de1950. Lisboa: SOARTES - artes gráficas, lda. 197 páginas 
  5. Arquitetctura do Século XX - Portugal. Lisboa: Centro Cultural de Belém. 1997. pp. 228–229  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)
  6. Fonseca, João Pedro Esteves de Carvalho (2005). Forma e Estruturas no Bloco de Habitação, Património Moderno em Portugal. Porto: Faculdade deArquitectura da Universidade do Porto. pp. 131; 136–138; 152;159