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Predefinição:Literatura afro-brasileira

Carlindo Fausto Antonio


Poeta, escritor, romancista, dramaturgo e professor universitário nascido em Campinas - SP. Mais conhecido como Fausto Antonio o poeta é doutor em teoria literária pela UNICAMP. Seu trabalho nasce com Fala de Pedra e Pedra publicado em 1986 pelo selo editorial RG. É uma obra de Poesia concreta. Seus temas exploram a Ancestralidade e está inserido no que se conhece como Literatura africana.

Livros individuais:

1986 - "Fala de Pedra em Pedra" (poesia), Selo editorial RG[editar | editar código-fonte]

1991 - "Linhagem de Pedra e outra Pessoa" (poesia), Selo editorial RG[editar | editar código-fonte]

1995 - "Exumos (romance), Selo editorial RG[editar | editar código-fonte]

2006 - "Vinte anos de Poesia", editora Arte Literária[editar | editar código-fonte]

2006 - "Vinte anos de Prosa", editora Arte Literária[editar | editar código-fonte]

2016 - "No Reino da Carapinha" (livro infantil)[editar | editar código-fonte]

==Segundo Heloisa Pires Lima: A sociedade brasileira demorou um tanto para integrar personagens negros nas bibliotecas dirigidas ao jovem leitor. Esta ausência ou presença auxilia na percepção positiva ou negativa acerca da origem africana e suas descendências ao longo de nossas histórias. Afinal, o modelo de humanidade que habita a ficção é um mediador para como a realidade é percebida. Nesta perspectiva, o livro No Reino da Carapinha assinado por Fausto Antônio oferece elementos de muita qualidade para o Imaginário dessa faixa etária em formação. O humor será uma estratégia a desafiar curiosos irrequietos. Também as imagens poéticas cativam. Mas, a qualidade singular do projeto l está na arquitetura que alude outro clássico, o reino das águas claras de M. Lobato. Porém, da interlocução muito bem realizada, resulta o alto valor das carapinhas. Como um fio da navalha, preciso no corte de nada aquém e nada além, Fausto Antônio inverte a posição desprestigiada dos personagens negros, tão marcada nas obras do escritor consagrado. Desta vez, o reino, ou aldeia ou república vai deixando pistas que referem figuras ou acontecimentos históricos relacionados à população negra. Esta passagem entre informar, aludir e encaixar a referência na fluidez do texto têm, da mesma forma, muito acerto. Sobretudo, por não recair no didatismo que interrompe a fantasia. Trata-se de uma aventura bem estruturada e dimensionada em aspectos filosóficos, linguísticos, históricos. Porém, com a singeleza e a alegria de um texto delicioso. Fisgado pela trama o leitor irá conhecer o nome do personagem só quando ele entrar na história. E se divertirá com a hábil sonoridade executado na pena do tin tin por tin tin.

E nada mais atual do que o assunto das carapinhas. Tema representativo da inversão cultural necessária à eliminação de racismos naturalizados é quando o ponto de virada da vulnerabilidade empodera o sentimento de pertencimento. Há uma demanda alta por materiais de apoio à questão. E como é importante a garantia de escritore(a)s negros estarem nas estantes para serem descobertos para uma leitura.  As tão negras carapinhas vão revelando um ponto de vista existencial e original nessa autoria. A cartografia dos nomes e fatos que aparecem no enredo poderá ser reconhecida pela comunidade negra ou por quem a conhece muito bem. Por isso, este autor se torna um memorialista que refaz o elo entre gerações. Talvez, a obra tenha nascido pressupondo um momento de narrar, de ler para os mais novos abrindo conversas sobre as passagens citadas. Todavia, isto não é imprescindível para quem adentrar nesse reino tão especial. A obra poderá ser lida e relida muitas vezes e por toda a vida pois já nasce clássica. Portanto, recomendo, vivamente, a sua publicação. 


Antologias:[editar | editar código-fonte]

1987 - "Cadernos Negros vol.20" - Arthur Bispo do Rosário, o Rei (conto)[editar | editar código-fonte]

2000 - "Cadernos Negros vol.23" - Si Ori (conto)[editar | editar código-fonte]

2001 - "Cadernos Negros vol.24" - Vaníssima Senhora=== (Poesia)[editar | editar código-fonte]

2004 - "Cadernos Negros vol.27" - Fala de Pedra em Pedra (Poesia)[editar | editar código-fonte]

2005 - "Cadernos Negros vol.28" - Vanissíma Senhora (conto)[editar | editar código-fonte]

2016 - "Cadernos Negros vol.36" - Memória dos meus carvoeiros (romance)[editar | editar código-fonte]

Teatro:[editar | editar código-fonte]

De que Valem os Portões, 1992.

Arthur Bispo do Rosário, o Rei, 1995.

Rutília e Estamira, 2010

Patuá de Palavras, 2012.