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Antonio Spinosa (nascido em 04 de março de 1963) é um escultor, artista plástico, brasileiro, de formação autodidata. Começou desde muito cedo, aos 7 anos de idade, a demonstrar habilidade para desenhar. Por volta dos 16 anos passou a se interessar pela escultura, primeiramente esculpindo na madeira. Conheceu e trabalhou com outros materiais e desde 2005 passou a fazer seus trabalhos em aço.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Antonio Spinosa Barbosa Neto ou A. Spinosa como assina seus trabalhos nasceu em 4 de março de 1963, em Pentecoste, uma pequena cidade no Estado do Ceará. Spinosa é o oitavo filho, caçula, de Aprígio Paulino da Cruz e Maria Diva da Cruz. Foi o único dos irmãos que recebeu o nome do avô, Antonio Spinosa, por orientação do próprio avô, que no leito de morte pediu que colocasse o seu nome na criança que estava para nascer. E assim foi feito.

Aos 16 anos de idade, por indicação do pai, foi trabalhar de modo informal no DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra a Seca, mesmo órgão onde o pai trabalhava, como ajudante de arquiteto, onde passava a limpo os croquis de projetos do arquiteto. Foi justamente nesse período que conheceu a técnica de esculpir na madeira, através do artesão Paulo Barroso e desde então, seguiu pelos caminhos da escultura.

Início da Carreira em Fortaleza[editar | editar código-fonte]

Aos 18 anos Antonio Spinosa participa de um concurso em Fortaleza para ganhar um ateliê na Central de Artesanato do Ceará Luiza Távora, um espaço destinado a artesãos regionais. Spinosa foi selecionado para ocupar esse espaço e durante três anos desenvolve diversos trabalhos figurativos em madeira, que representavam os hábitos e costumes do Nordeste Brasileiro, sendo um dos mais solicitados na época. Entre os trabalhos desenvolvidos, destaca-se importante Monumento em homenagem à participação do Ceará na Segunda Guerra Mundial, com o título “Grito de Guerra”, encomenda do Batalhão do Exército.

Em 1984 Antonio Spinosa se inscreve no XXXIV Salão de Abril, um importante salão de Artes Plásticas, realizado anualmente em Fortaleza, onde haveria o prêmio de primeiro lugar para o melhor trabalho que representasse os 100 anos da libertação dos escravos.

Na ocasião Spinosa foi contemplado com o prêmio "Aquisição em Dinheiro", onde sua obra foi adquirida por uma quantia bem razoável para a época. No mesmo ano se inscreve no Salão de Arte BNB-Clube de Fortaleza, (Banco do Nordeste do Brasil), porém, dessa vez é cortado e não participa da exposição. Em seguida participa da Unifor Plástica, um salão de arte que reúne artistas cearenses, realizado pela Fundação Edson Queiroz.

Esses três fatos são muito importantes na carreira de Antonio Spinosa, pois o faz repensar a sua trajetória, até aquele momento como um artista local e o direciona em busca de uma carreira nas artes plásticas. A partir desse momento decide mudar-se para São Paulo.

Vida em São Paulo[editar | editar código-fonte]

Aos 21 anos Spinosa muda-se para São Paulo em busca de novas perspectivas e conhecimento a fim de se aprimorar. Aprende novas técnicas como modelagem em argila e passa a trabalhar suas criações, agora as figuras humanas mais abstraídas para fundição em bronze. A partir de então, pesquisa outras matérias-primas como mármore, fibra de vidro e cimento armado. Participa de diversas exposições em São Paulo e em 1993 faz sua primeira participação internacional na exposição de arte realizada na Organização dos Estados Americanos, em Buenos Aires na Argentina. De volta ao Brasil realiza encomendas para o Rotary Club Internacional e empresas multinacionais. Participa de diversas exposições de arte.

Novo Estilo[editar | editar código-fonte]

Ondas Brancas com Luz de Led - material aço carbono

Antonio Spinosa ainda em busca de algo que identificasse mais seu estilo de trabalho, passa um período sem produzir novos trabalhos, que vai de 2001 a 2005. Nesse período resolve fazer um curso de jardinagem e paisagismo, para ocupar seu tempo. É durante esse período que acontece uma mudança brusca em sua vida artística. Seu estilo se torna totalmente abstrato. As formas que eram curvas do corpo humano, se transformam em linhas onduladas traçadas no aço carbono, a matéria prima que passa a usar para suas criações, as quais as chamam de Ondas Cerebrais ou Ondas da Energia do Pensamento. A partir desse momento o artista começa a relacionar seu trabalho com o seu lado metafísico que era presente desde da infância.

Em 2006 Spinosa realiza a primeira exposição com as esculturas em aço, onde o estilo dos novos trabalhos apresenta uma característica de leveza, contrastando com a firmeza e dureza do aço.

Essa mudança marca uma nova fase no trabalho e na vida do artista, que em 2008 faz uma viagem pela Europa. Nessa jornada visita a Grécia, Itália, França e Espanha. Nos anos seguintes viaja também para Argentina, Alemanha, Holanda, Bélgica, Inglaterra, Turquia e Estados Unidos da América. Sendo que na Argentina, Grécia, Inglaterra e nos Estados Unidos, realizou exposições de suas obras.

Em 2011 recebe convite para participar da “Mostra de Escultura em Aço, 10 artistas brasileiros” no (CCBB) Centro Cultural Banco do Brasil, do Rio de Janeiro. Onde tem grande destaque da sua escultura “Trançado Vermelho”, publicado em cartazes e banners espalhados pelas estações do metrô do Rio de Janeiro. Essa Mostra foi realizada pela Fundação Villacero do México.

Em 2019 participa do Salão Internacional de Escultura Contemporânea, no Centro Cultural Borges, em Buenos Aires, organizado pela curadora Alicia Cunto. Durante sua estadia em Buenos Aires, a convite de Maria Perossa, coordenadora da unidade de Ligação Cultura da Unaj – Universidade Nacional de Arturo Jauretche, Spinosa foi recebido pelo vice-reitor Arnaldo Medina[1] e concede uma entrevista à rádio da Unaj.

Projetos[editar | editar código-fonte]

  • Exposição Elementos em Fragmentos[2]
Exposição Elementos em Fragmentos - Museu Nacional de História Natural e da Ciência de Lisboa, Outubro/2019

Mais recentemente, em 2019 Spinosa recebeu convite para expor no Museu Nacional de História Natural e da Ciência de Lisboa, onde apresentou a Exposição Elementos em Fragmentos[3], uma serie composta por peças em aço corten, que se encaixam de múltiplas maneiras e que podem ser desmontadas e montadas novamente com outras configurações. Para criar as peças da exposição o artista residiu, durante seis meses, na cidade de Aveiro, em Portugal. A obra, que pesa uma tonelada, ocupou 20 metros dentro do pátio central do Museu Nacional.

A curadora da exposição, Larissa Weiland é uma arquiteta, brasileira, que há mais de 20 anos mora em Viena, na Austria, juntamente com a museóloga portuguesa, Sofia Marçal, foram as responsáveis pela realização da Exspoição no Museu, em Lisboa - Portugal.

  • O Caminho da Consciência

Em 2021 a escultura de Antonio Spinosa é inspiração para projeto arquitetônico, unindo arte, design e arquitetura, apresentado na 17ª Bienal de Arquitetura de Veneza 2021, no Palazzo Mora, em Veneza. A escultura monumental, projetada em 3D, foi chamada “The Path of Consciousness” (O Caminho da Consciência).

Principais Exposições[editar | editar código-fonte]

2021 O Caminho da Consciência – Bienal de Veneza – Centro Cultural Europeu - Palazzo Mora – Veneza

2019 Elementos em Fragmentos – Museu Nacional de História Natural e da Ciência – Lisboa

Prêmio 2º Lugar no Salão Internacional de Escultura Contemporânea – Centro Cultural Borges – Buenos Aires

2017 Affordable Art Fair – Singapura

Art Busan – International Art Fair – Korea

Index Design Series – Emirados Arabes Unidos – Dubai

Art Stage Singapura – Singapura

2016 Scope Miami Beach – International Contemporary Art Show – USA

Exposição de Inauguração da Escultura na Av. Paulista, 1776 – Edifício Parque Avenida- SP

Art Marbella – Mark Hachem Gallery e Saphira & Ventura Gallery – Marbella – Espanha

Art Southampton – Mark Hachem Gallery – New York – USA

2015 Spectrum Miami Art Show – Miami – USA

PARTE Feira de Arte Contemporânea – Paço das Artes USP – São Paulo

Art Expo New York – Pier 94 – New York – USA

2014 Individual “Flores para São Paulo” – Esporte Clube Pinheiros – São Paulo

Individual “Forma, Luz e Movimento” – Shopping Ibirapuera – São Paulo

Individual “Passagem” – Aeroporto Internacional de São Paulo – GRU Airport

Individual “O Jardim” – Banco Uruguay – São Paulo

2013 Lançamento Livro de Arte: Antonio Spinosa Esculturas em Aço Carbono – Livraria Cultura – São Paulo

Feira de Arte “Olhe Brasil” – MuBe Museu Brasileiro da Escultura – São Paulo

Individual “O Significado da Aparência” – Unit 24 Gallery – Londres, Inglaterra

Individual “Passado e Presente” Lar Brasileiro – Atenas, Grécia

2012 Recortes em Arte Contemporânea – Galeria de Arte “A Hebraica” – São Paulo

Casa Cor – Jockey Clube – São Paulo

Coletiva – Brasil x 2 – Palácio Paz – Buenos Aires – Argentina

V Salão de Escultura Contemporânea – Museu Metropolitano de Buenos Aires – Argentina

2011 Mostra de Escultura em Aço – Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

IV Salão Internacional da Escultura Contemporânea – Museu Metropolitano de Buenos Aires – Argentina

Anuário Latino Americano – Arte 17 – Fundação Memorial da América Latina – São Paulo

Anuário Latino Americano – Arte 17 – Faculdade de Direito – Buenos Aires – Argentina

2010 Coletiva - Casa da Fazenda – São Paulo

2009 Individual – Centro Cultural Unimed Paulistana – São Paulo

Coletiva – Brasil x 6 Artistas – Museu Metropolitano de Buenos Aires

Coletiva – Brasil x 6 Artistas – Espaço Unimed Paulistana

Coletiva – Fauna e Flora – Galeria Cidade Jardim

2008 Coletiva – Hotel Sofitel São Paulo

Individual – Empório Luz – São Paulo

2007 Individual – Conjunto Nacional – Av. Paulista – São Paulo

2006 Individual – Jardim das Esculturas em Aço – Shopping Paulista – São Paulo

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Jauretche, Universidad Nacional Arturo (20 de março de 2019). «El artista brasileño Antonio Spinosa visitó la UNAJ». Universidad Nacional Arturo Jauretche (em espanhol). Consultado em 10 de janeiro de 2022 
  2. «Escultura uma tonelada criada em Aveiro rumou para o Museu de História Natural». Diário de Aveiro. Consultado em 11 de janeiro de 2022 
  3. «Elementos em Fragmentos | Museu Nacional de História Natural e da Ciência». www.museus.ulisboa.pt. Consultado em 10 de janeiro de 2022