Usuário(a):Sunny Thay/Testes/Q62064620, Obra de arte

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Retrato do prefeito Pereira Passos
Sunny Thay/Testes/Q62064620, Obra de arte
Autor Eliseu Visconti
Data 1911
Gênero retrato
Técnica tinta a óleo, tela
Dimensões 68 centímetro x 98 centímetro
Localização Palácio da Cidade


Retrato do prefeito Pereira Passos é uma pintura de Eliseu Visconti. A sua data de criação é 1911. A obra é do gênero retrato. Encontra-se sob a guarda de Palácio da Cidade.[1]

Descrição[editar | editar código-fonte]

 A obra foi produzida com tinta a óleo, tela. Suas medidas são: 68 centímetros de altura e 98 centímetros de largura.[1]

Contexto[editar | editar código-fonte]

Eliseu Visconti

Eliseu d’Angelo Visconti nasceu em 30 de julho de 1866, na Vila Santa Caterina, em Giffoni Valle Piana, no sul da Itália. Era filho de Gabriele d’Angelo Visconti e de Christina Visconti e aos 7 anos, imigra com a sua irmã Marianella para o Brasil, se abrigando na fazenda de de Luiz de Souza Breves, o barão de Guararema, em Além Paraíba.

Com 17 anos, ingressa no Liceu de Artes e Ofícios, no Rio de Janeiro e passa a ter aulas com o pintor Vitor Meireles e por sugestão do imperador, dom Pedro II, ingressa na Academia Imperial Belas-Artes, tendo como professores Zeferino da Costa, Rodolfo Amoedo, Henrique Bernardelli, Victor Meirelles e José Maria de Medeiros.

Em 1890, Visconti se une ao grupo dos “modernos”, formados pelos professores e alunos que se rebelaram contra as normas de ensino da Academia, abandonando-a e fundando um Ateliê Livre. Porém, depois das reformas do governo republicano, a Academia se transforma em Escola Nacional de Belas Artes e volta a frequentar, recebendo depois de 2 anos, após um concurso, uma viagem ao exterior concedido pela República. 

Partindo para capital francesa em 1893, Visconti fica na Europa por 7 anos, aperfeiçoando sua formação artística frequentando Academia Julian e Escola Guérin, tendo contato com a chamada art nouveau ou arte nova. Voltando para o Brasil em 1900, no ano seguinte, realiza sua primeira exposição individual, no Rio de Janeiro. [2]

Durante duas décadas o artista divide seu tempo entre o Brasil e a França e as cores e efeitos de luz torna-se característica de suas telas. Então, participa do processo de modernização urbana do Rio de Janeiro, executando importantes decorações para a Biblioteca Nacional, o Palácio Tiradentes e Palácio Pedro Ernesto.

A primeira exposição de Visconti, teve apenas uma boa acolhida entre os críticos da época, porém, foi responsável pelo convite do prefeito Pereira Passos, em 1905, para executar todas as pinturas da sala de espetáculos do Teatro Municipal do Rio de Janeiro e o pesa para que isso acontecesse foram as inovações artísticas à época, como as de Paris entre 1905 a 1907, que foram consideradas as mais importantes de sua carreira.

Ao longo de quase sessenta anos de carreira, Visconti pintou inúmeras telas, que além das técnicas impressionistas, aparece outros estilos como naturalismo, neorrealismo e também influências renascentistas. Os temas de seus quadros incluem autorretratos, sua família – em especial sua esposa Louise Palombe – e paisagens. Eliseu morreu no Rio de Janeiro, em 15 de outubro de 1944


Francisco Pereira Passos

Francisco Pereira Passos (29 de agosto de 1836 – 2 de março de 1913), filho de Antônio Pereira Passos e Dona Clara Oliveira Passos, foi criado em uma fazenda de café, nomeada “Fazenda do Bálsamo”, localizada no município fluminense de São João Marcos.

Desde jovem já ingressou na carreira diplomática e em 1857 foi nomeado adido à legação brasileira em Paris, onde permaneceu até 1860. Neste período completou seus estudos em engenharia na École Nationale des Ponts et Chaussées onde depois atuou como engenheiro na construção da Estrada de Ferro Paris-Lion-Mediterranée, nas obras do porto de Marselha e na abertura do túnel no monte Cennis.

Os contatos com a Europa foram decisivos em dois aspectos na sua formação profissional: a Engenharia Ferroviária e o Urbanismo. De volta ao Brasil, em 1860, se dedicou à construção e à expansão de malha ferroviária, participando da construção da ferrovia Santos-Jundiaí, inaugurada em 1867. Além disso, trabalhou decisivamente na integração da primeira à malha ferroviária nordestina e em setembro de 1869 foi nomeado Engenheiro- Presidente da E. F. D. Pedro II.

Em 1870 foi alçado ao cargo de consultor técnico de Ministério da Agricultura e Obras Públicas No ano seguinte, em companhia do Barão de Mauá, viaja novamente à Europa como Inspetor Especial das Estradas de ferro subvencionadas pelo governo imperial e estudando este sistema, mais tarde, é usado no trecho que ligava Porto Mauá a Raiz da Serra e se tornando a primeira estrada de ferro construída no Brasil

Ainda na escala pública, em 1874 foi nomeado engenheiro do Ministério do Império, atuando junto com o conselheiro João Alfredo e no novo cargo passou a acompanhar todas as obras do governo imperial.

Entre 1876 e 1880, Pereira Passos dirigiu a ampliação da estação da Corte e as construções do ramal ferroviário e da estação marítima, na Gamboa. Este complexo foi inaugurado em junho de 1880. No mesmo ano, viajou para Paris novamente e durante a estadia frequentou cursos na Sorbonne e no Collége de France e ao regressar ao Brasil resolveu assuntos técnicos da ferrovia do Paraná. Após a ferrovia entrar em operação voltou ao Rio de Janeiro e assumiu a presidência da Companhia de Carris de São Cristóvão e garantindo seu grande marco com a futura Avenida Centra que só seria construída em sua gestão como prefeito.

Assumindo a prefeitura em dezembro de 1902, desde os primeiros momentos já iniciou uma série de decretos para impor disciplina, proibindo no centro da cidade o comércio ambulante de leite, venda de miúdos e bilhetes de loterias nas praças e bondes.

Além disso, suspendeu construções e reformas em quinze freguesias da cidade, sem a licença da prefeitura. Em 1903 regulou a “apanha a extinção de cães vadios” resultando na captura de 2.212 cães só em abril e mais de 20 mil dois anos depois. Outras proibições decretadas: esmola nas ruas, pingentes dos bondes, cuspidura no assoalho do bonde e criação de porcos no Distrito Federal. Por esta e tantas outras seu mandato sofreu diversas críticas pesadas da imprensa e insatisfações do povo. [3]

Apesar de tudo, seu mandato mudou definitivamente a cidade, inaugurando o Pavilhão da Praça XV, iniciação do Teatro Municipal, construção do Aquário do Passeio Público e muitos outros remodelamentos da cidade

Análise[editar | editar código-fonte]

Um ano antes da obra ser feita, Visconti mudou o ateliê para um espaço maior, selecionou um número menor de obras para a exposição no local, o que rendeu grandes críticas. Muitas das obras expostas não agradaram o público, que se queixava da falta de luz e no ano seguinte, pela primeira vez, Visconti fez parte da comissão organizadora da EGBA. Porém, essa informação não foi constada no catálogo da exposição, sendo descoberto dois anos seguintes em um cartão impresso nos arquivos da família.[4]

Recepção[editar | editar código-fonte]

No jornal O Paiz sua obra foi chamada de assombrosa e curiosamente em apenas uma das crônicas e logo após outra obra foi citada, porém, dessa vez, com grandes elogios.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b https://eliseuvisconti.com.br/obra/P257
  2. escola.britannica.com.br https://escola.britannica.com.br/artigo/Eliseu-Visconti/483640. Consultado em 12 de novembro de 2019  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. «BNDigital». BNDigital. Consultado em 15 de novembro de 2019 
  4. SERAPHIM, Miriam Nogueira (2010). A Catalogação das Pinturas a Óleo de Eliseu D'Angelo Visconti: O Estado da Questão. Campinas, SP: [s.n.] 
  5. SERAPHIM, Miriam Nogueira (2010). A Catalogação das Pinturas a Óleo de Eliseu D'Angelo Visconti: O Estado da Questão. Campinas, SP: [s.n.] 


Categoria:Pinturas de 1911

Categoria:Pinturas de Eliseu Visconti