Usuário(a):Tatianethaisa/Testes

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Teste Auditivo[editar | editar código-fonte]

Um teste de audição fornece uma avaliação da sensibilidade do sentido da audição de uma pessoa e é mais frequentemente realizado por um audiologista usando um audiômetro. Um audiômetro é usado para determinar a sensibilidade auditiva de uma pessoa em diferentes frequências. Existem outros testes auditivos, como por exemplo, o teste de Weber e o teste de Rinne.

Exame das Orelhas[editar | editar código-fonte]

Antes do teste de audição, propriamente dito, as orelhas do cliente são geralmente examinadas com um otoscópio para avaliar a presença de cera, a integridade do tímpano, a presença de infecção de orelha (orelha externa ou média). Além disso, é levantado o histórico do cliente, verificando queixas auditivas e intercorrências na saúde. As razões mais comuns para o desenvolvimento de perdas auditivas podem estar relacionadas a: alterações genéticas, envelhecimento, exposição à ruído ocupacional ou no lazer, infecções, complicações no parto, trauma acústico ou mecânico e certos medicamentos que são tóxicos ao sistema auditivo.[1]

Audiometria Tonal:[editar | editar código-fonte]

Feito por um audiometro, o qual é composto por: um gerador de tom puro, oscilador de condução ossea, atenuador para medir loudness, microfone e fones.O teste é realizado em uma cabina acústica usando um par de fones de ouvido conectados ao audiômetro externo. Esse tipo de teste auditivo padrão é mais comum, pois mede os limiares auditivos por condução aérea e óssea para cada orelha em um conjunto de 8 frequências padrão (de 250 Hz a 8000 Hz). Na condução óssea, é colocado um vibrador na mastoide ou na fronte, medindo o limiar de 500 a 4000 Hz.

O mascaramento é utilizado neste tipo de teste, testando as vias aéreas e ósseas,. Na via area é utilizado o mascaramento quando a diferenca de atenuação interaural for igual ou maior a 40 dB. Na via ossea a atenuação é zero, por isso a recomendação é que seja maior que 10 dB ou quando a diferença de atenuação interaural for igual ou superior a 40 dB entre a via area e a via ossea da mesma orelha. [2]

Audiometria vocal[editar | editar código-fonte]

É o teste que avalia o quanto o paciente consegue reconhecer e perceber os sons da fala. Os testes que sao utilizados para avaliar são: limiar de reconhecimento de fala (LRF) e o indice percentural de reconhecimento de fala (IPRF).

  • Limiar de Reconhecimento de Fala (LRF)

Neste teste deve ser calculado a média dos limiares auditivos de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz, o teste deve ser iniciado aos 30dBNA ou 40dBNA acima desta média. É apresentado uma palavra dissílaba ou trissílaba e o paciente é orientado a repeti-la, assim cada vez que se tem um acerto são diminuidos 5dBNA, quando houver o primeiro erro, aumenta-se 5dBNA e é apresentado quatro palavras por niveis de intensidade, o valor de LRF é obtido quando o paciente acerta 50% das palavras apresentadas.

A lista de palavras mais utilizadas é a de Russo e Santos (1993), ja para crianças pode ser utilizada ordens simples ou identificação de figuras. O valor atingido deve ser igual ou até 10dBNA acima da média dos limiares tonais.

  • Indice de Percentual de Reconhecimento de Fala (IPRF)

Neste teste a média dos limiares auditivos 500Hz, 1000Hz e 2000Hz deve ser calculado. Logo após isso, o paciente deve repetir uma lista de 25 monossilabos em cada orelha. A intensidade é mantida fixa, 30 ou 40 dB acima da média dos limiares de 500Hz, 1000Hz e 2000Hz, as listas mais comuns de serem utilizadas são a de Russo e Santos (1993) e Pen e Mangabeira Albernaz (1973).

A cada acerto são pontuados 4%, ao final das 25 palavras o paciente pode obter um índice de 100% de acertos, se o numero de monossilabos repetidos corretamente seja menor que 88% (quatro palavras ou mais repetida incorretamente), sendo preciso apresentar uma lista com 25 dissilabos, repetindo-se o mesmo procedimento adotado com as palavras monossilabicos, a lista de dissilabos mais usada é a de Russo e Santos (1993).[3]

Timpanometria[editar | editar código-fonte]

A timpanometria é feita com uma sonda bem adaptada ao canal da orelha externa do paciente, contendo um plug que libera sons de 226Hz, um microfone que capta o som refletido e um manômetro que altera a pressão (mm H20) dentro do canal.

Este teste diz ao fonoaudiólogo como o tímpano e outras estruturas da orelha média estão funcionando. O volume do canal auditivo indica se uma perfuração no tímpano (membrana timpânica) pode estar presente. A pressão na orelha média indica se existe algum líquido no espaço da orelha média (também chamada de "otite média"). As medidas de complacência indicam quão bem o tímpano e os ossículos (os três ossos da orelha média) estão se movimentando.

Os resultados obtidos podem diagnosticar adultos, idosos e crianças maiores de seis meses, levando em consideração o tipo de curva, que podem ser elas: Tipo A, tipo As ou Ar, tipo Ad, tipo B e tipo C. Cada uma delas podem apontar normalidade ou alguma alteração.

Outro teste que pode ser realizado, após a timpanometria, é a avaliação do reflexo acústico . Neste teste, uma sonda é colocada na orelha e um tom intenso é produzido. O teste mede a contração reflexa do músculo estapédio , que é importante para proteger a orelha de ruídos intensos. Este teste pode ser usado para fornecer informações sobre os nervos vestíbulococlear e facial, indicando se uma lesão pode estar presente.

Hearing in Noise (HINT)[editar | editar código-fonte]

O teste Hearing in Noise (HINT) consiste em verificar o desempenho de uma pessoa no reconhecimento de fala em silêncio e no ruído. Este teste simula situações auditivas similares as do cotidiano e está disponível em várias línguas, inclusive na língua portuguesa falada no Brasil. Neste teste, é solicitado ao paciente repetir as sentenças, tanto em um ambiente silencioso quanto com ruído competitivo. O HINT avalia a função auditiva para sentenças no silêncio e em três condições de ruído:

  1. Ruído à frente (fala e ruído à frente a 0° azimute);
  2. Ruído à direita (fala na frente e ruído a 90° para a direita), e
  3. Ruído à esquerda (fala à frente e ruído a 90° para a esquerda).

O teste HINT contém 12 listas de 20 sentenças cada, totalizando 240 sentenças representativas da fala cotidiana, curtas, fonemicamente balanceadas, de fácil compreensão e com o mesmo grau de dificuldade. Desta forma, o teste mede a relação sinal / ruído para as diferentes condições, o que corresponde a quão intensas as frases precisam ser apresentadas acima do ruído, para que o paciente possa repeti-las corretamente em 50% das vezes.[4]

Words-in-Noise - Teste de Palavra no Ruído[editar | editar código-fonte]

O teste Words-in-Noise (WIN) usa palavras monossílabas apresentadas em sete diferentes relações sinal / ruído com ruído mascarante - tipicamente ruído de espectro de fala. O teste WIN resultará em uma pontuação para a habilidade de inteligibilidade de fala na presença de ruído de fundo. Este teste pode fornecer uma medida mais funcional da audição, em situação mais próxima do cotidiano.

[5]

Teste de Rima Modificado[editar | editar código-fonte]

O Modified Rhyme Test (MRT) é definido na American National Standard (ANSI S3.2) - Methods for Measuring the Intelligibility of Speech Over Communication Systems. O método consiste em 50 conjuntos de seis palavras monossílabas que diferem na consoante inicial ou final (por exemplo, not, tot, got, pot, hot, lot or ray, raze, rate, rave, rake, race). As seis palavras que rimam são apresentadas ao ouvinte para selecionar o que elas acreditam ser a resposta correta. O MRT tem sido amplamente utilizado pela Força Aérea dos EUA para testar o desempenho de diferentes sistemas de comunicação, que geralmente incluem um componente de interferência de ruído. Se uma condição atinge uma pontuação de 80% de respostas corretas ou melhor, então esse é frequentemente um nível de desempenho aceitável.

[6]

Teste Weber[editar | editar código-fonte]

Este é um teste de clinico pratico, realizado em consultorio apenas com o auxilio de um diapasão ou um vibrador ósseo, a função que ele tem é de avaliar qualitativamente a fisiolofia do nervo vestibulo-coclear, o qual é responsavel pela nossa audição.

Tem como intuito comparar a condutividade óssea entre as duas orelhas e estabelecer se há perda neurossensorial ou condutiva, caso exista.

Teste simples, o medico deve ficar de frente para o paciente, dessa forma ele faz o diapasão vibrar, seja com um peteleco, uma batida na mão ou qualquer outra parte de seu proprio corpo ou somente coloca o vibrador ósseo, e logo depois o encosta na região medial da fronte (testa) do paciente. Ele precisa ficar paralelo entre as orelhas esquerda e direita. Quando o diapasão ou o vibrador ósseo para de vibrar, o paciente deve informar onde o som foi “percebido”: no centro da testa, ouvido igualmente nos dois lados ou de forma lateralizada (mais à esquerda ou à direita).

Teste Rinne[editar | editar código-fonte]

Este teste também é realizado com um diapasão e compara a percepção de sons transmitidos pelo ar com sons transmitidos por condução ossea, atraves do processo mastoide (acidente anatomico localizado no osso temporal), este teste tem como finalidade avaliar a perda auditiva, a fisiologia e o funcionamento do nervo vestibulo-coclear, alem da condução ossea e aerea do som, a tecnica utilizada é similar com a do teste de Weber.

O medico deve ficar à frente ou do lado do paciente, fazendo o diapasão vibrar e encostar sua ponta unica no processo mastoide do paciente, dessa forma o paciente deve avisar quando parar de ouvir o som, assim o diapasão deve ser desencostado, e ser posicionado (ainda vibrando) proximo a orelha do paciente, tendo muito cuidado para que nao haja contato algum, e deve ser perguntado se ele esta ouvindo o som, quando o paciente parar de ouvir deve avisar novamente. [7]

Referencias[editar | editar código-fonte]

  1. Davies, R. A. (1 de janeiro de 2016). Furman, Joseph M.; Lempert, Thomas, eds. «Chapter 11 - Audiometry and other hearing tests». Elsevier. Neuro-Otology (em inglês): 157–176. Consultado em 4 de outubro de 2022 
  2. (PDF) https://www.aborlccf.org.br/imageBank/iii_forum_otoneurologia-final.pdf#page=10  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. «Avaliação Audiológica Básica». www.ufrgs.br. Consultado em 4 de outubro de 2022 
  4. Sbompato, Andressa Forlevise; Corteletti, Lilian Cassia Bornia Jacob; Moret, Adriane de Lima Mortari; Jacob, Regina Tangerino de Souza (1 de julho de 2015). «Hearing in Noise Test Brazil: standardization for young adults with normal hearing». Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (em inglês) (4): 384–388. ISSN 1808-8694. doi:10.1016/j.bjorl.2014.07.018. Consultado em 4 de outubro de 2022 
  5. (PDF) https://www.audiology.org/sites/default/files/journal/JAAA_18_06_06.pdf  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. https://webstore.ansi.org/Standards/ASA/ANSIASAS32009R2014  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  7. «Teste de Weber e de Rinne: o que é, para que servem, como fazer?». www.eumedicoresidente.com.br. Consultado em 4 de outubro de 2022 

Principios da Abordagem Aurioral[editar | editar código-fonte]

A abordagem aurioral tem como objetivo as habilidades auditivas, que é adquirir e desenvolver a  comunicação oral, os aspectos cognitivos da linguagem e fornecer orientações para familiares e escolas. [1]Por isso existem estratégias terapêuticas para que seja estimulado a aquisição e o desenvolvimento da linguagem oral trabalhando a audição, contribuindo para o aproveitamento satisfatório do aparelho auditivo, isso se mostra eficaz na reabilitação auditiva de pacientes que apresentam perda auditiva. [2]Além da terapia, o uso de prótese auditiva ou implante coclear é fundamental, para assim alcançar mais resultados positivos, já que a criança com deficiência auditiva ao utilizar terá acesso amplo às informações acústicas dos sons da língua, gerando grandes chances para o desenvolvimento da linguagem oral.[3]Essa tecnologia é indicada para variados tipos e graus de perdas auditivas.

Diante disso é de fundamental importância os princípios da abordagem aurioral que são eles:

Detecção e intervenção precoce da deficiência auditiva: Existe um exame para identificação precoce da deficiência auditiva, ele é feito diretamente no berçario atraves da triagem auditiva neonatal. O diagnóstico precoce possibilita um melhor prognóstico da intervenção, já que é aproximadamente até os dois anos de idade que ocorre a plasticidade auditiva, quanto maior forem os inputs nas crianças maior será a forma de construção da linguagem oral.[4]

Integrar: A integração sensorial é o processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e do meio ambiente, tornando possível que o corpo utilize para o uso na vida cotidiana. O som está em toda a parte e provê contato emocional com o meio ambiente continuamente e significativamente. Escutar deve ser prazeroso e auxiliar no aprendizado, trazendo efeitos subsequentes na sua personalidade, deve ajudar a construir uma nova fonte de informação e compreensão pelo desenvolvimento adequado da função auditiva. Auxiliando também na linguagem oral e nas experiências auditivas. O adulto precisa observar, refletir, registrar, interagir e dialogar com as crianças sobre seus sentimentos, suas experiências, o que aprendem na escola, o que pensam sobre si e sobre o mundo. Ajudando também a criança a entender que ela precisa ser protagonista da própria história. [5]

Comunicação: Nesse momento de desenvolvimento é muito importante a exploração do ambiente através da interação com outras pessoas, por isso é importante os pais deixarem um pouco a tecnologia de lado. A troca afetiva é o que mais estimula o desenvolvimento socioemocional e da própria fala.

Etapas das habilidades auditivas: Igual todo processo o desenvolvimento, a da audição não é diferente. A aquisição das habilidades auditivas ocorre em várias fases do processo terapêutico, elas são estimuladas de forma lúdica e devem estar baseadas nas possibilidades auditivas reais da criança, ou seja, não se deve super ou subestimar suas condições[6].[7]

Avaliação: As avaliações devem ser constantes para ver se a criança precisa ser encaminhada para outros especialistas, também servem para diagnósticos constantes. [8]

Escola: A educação inclusiva tem como objetivo incluir os alunos em instituiçoes de escola regular, independentemente da condição organica, afetiva, socieconomica ou cultural, tendo que ter o minimo possivel de distorção idade-série, e com condições físicas e pedagogicas adequadas às suas limitações. É responsabilidade da escola promover a inclusão, tendo que se adequar para receber os alunos com deficiencia, garantindo o direito à igualdade que está presente na Constituição Brasileira. Deve ser apoiado a inserção da criança em escola regular, criando condições optimais ao desenvolvimento da audição, fala, linguagem, cognição, comunicação e comportamento.É de extrema importância sistematizar a essencial parceria entre os profissionais em auxilio mutuo que possa beneficiar e acelerar o desenvolvimento da criança. Um dos princípios da abordagem aurioral é  inserir a  criança no ensino regular para que tenha maiores experiências auditivas proporcionadas pelo convívio com crianças ouvintes[9]