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Jaime Domingos Cruz ou como é conhecido, Macalé (Orlândia, 1940), radicado em Ribeirão Preto desde os 7 anos de idade, é um dos maiores artistas plásticos de Ribeirão Preto e da região.

Macalé
Nascimento 1940,

Orlândia,  São Paulo São Paulo

Nacionalidade brasileiro
Movimento(s) Arte Contemporânea

Arte Afro-Brasileira

Artista Macalé

História[editar | editar código-fonte]

Ribeirão Preto é onde fez toda sua vida e se sente pertencente e natural. A primeira casa que vieram morar era de aluguel e ficava no bairro da Lapa. Seu pai José trabalhava com máquina de beneficiamento de arroz, era um amante da dança, tinha sapato de dança, diversos ternos para ir aos bailes e sua mãe Angelina era dona de casa. O terceiro de cinco filhos, Macalé começou a trabalhar para ajudar a família logo aos 10 anos de idade em 1950 para vender os jornais da A Tribuna. Já fora pintor de parede, engraxate, trabalhou com cana e café, já fora entregador de marmitas e até pedreiro. No ambiente acadêmico, estudou até o quarto ano da escola.[1]

Macalé teve em sua adolescência e começo de vida adulta competido no ciclismo de estrada, tendo vencido uma Volta de Ribeirão Preto nos meados dos anos 60, o futuro artista recebeu em São Paulo convite para ser ciclista, mas já sendo pai de cinco filhos, com o salário mínimo da época não seria possível conciliar, abandonando essa carreira. Inclusive, equipar uma bicicleta de competição tinha altos custos e seu patrocínio também não comportava.

O lado artístico ganha força quando por brincadeira e curiosidade começa a pintar com sua filha de cinco anos, utilizando tubos de tintas usadas da empresa em que o irmão trabalhava, e assim foi pegando gosto. Adaptando e reciclando tudo que encontrava, desde madeira para molduras, juta e sacos de estopas para telas, pedaços de bambu e cerdas para os pincéis. E assim foi criando, pintando e produzindo. Macalé tinha o habito de pendurar em casa tudo o que criava, até que certo dia, um colega entrou na sua casa, olhou as obras, perguntou de quem era e ao saber que eram do próprio Macalé, foi sugerido que ele vendesse na Praça XV de Novembro perto da fonte. Macalé assente a ideia, passa um fim de semana por lá para averiguar e decide acatar a proposta. Nos finais de semana seguinte, Macalé ia junto da sua esposa pegando ônibus e levando as obras debaixo do braço até chegar no centro e vendia as obras mesmo sem saber como precifica-las, até que um dia pagam um valor que na época valia quase que um mês de trabalho como pedreiro e cada vez mais surgiam ofertas como essa, passando a vir de taxi pro centro vender, melhorando as condições de vida e cada vez mais mergulhando nesse meio.

Durante sua carreira, fez diversos trabalhos e oficinas com crianças dentro de espaços culturais e no Museu Histórico de Ribeirão Preto.

Teve diversos reconhecimentos com temáticas para o lado social, étnico e ambiental tendo exposto na Itália, Cuba , Japão e em diversos locais no Brasil, como é claro, em várias galerias e centros de arte em Ribeirão Preto como um dos principais museus nacionais de Arte Contemporânea, o MARP.

Trajetória Artística[editar | editar código-fonte]

Macalé participou de diversas exposições desde o ínicio dos anos 70 e segue produzindo e expondo nos dias atuais do século XXI. O artista também conduziu diversos outros trabalhos como participante de comissões organizadoras de arte, elaboração e organização de oficinas de arte para crianças em centros culturais e museus de Ribeirão Preto, como também nos anos 80 participou compondo a direção artística do Grupo Teatral Travessias que visava fortalecer os movimentos de cultura negra, montando peças de teatro, fazendo músicas e exposições de artes plásticas sempre com o intuito de divulgar a cultura afro-brasileira contemporânea.[2]

Abaixo segue parte de sua carreira:

1972 - Exposição na Cantina do Vicente - Ribeirão Preto - SP

1972 - Exposição no Centro Universitário Barão de Mauá - Ribeirão Preto - SP

1973 - Exposição na Galeria de Artes da Praça "Ruy Barbosa" - Uberaba - MG

1990 - "A Noite é a luz para os que nela se inspiram", Exposição de Pinturas Afro - Brasileira na Eloarte Galeria - Ribeirão Preto - SP

1990 - Exposição "A Arte de Macalé", no Espaço Chafariz - Ribeirão Preto - SP

1991 - Exposição "A Arte de Macalé", na Faculdade de Filosofia da USP - Ribeirão Preto - SP

1995 - 1º Museu de Arte de Ribeirão Preto: "Afro-brasileira: 300 anos da morte de Zumbi dos Palmares" no Espaço de Exposição "Suzana E. Schimidt" nos Museus Municipais - Ribeirão Preto - SP

1995 - Exposição Afro-Brasileira, a "Zumbi 300 Anos" e a "Luta Continua" na sala de Reciclagem do Museu Histórico e de Ordem Geral "Pinto Travassos dos Santos" - Ribeirão Preto - SP

1997 - Exposição de Esculturas em Argila da CULTURA AFRO - BRASILEIRA no Museu do Café - Ribeirão Preto - SP

1998 - Exposição na Galeria VILAREJO - Penápolis - SP

2000 - Exposição "MACALÉ" na sala "Família Schmidt" no Museu do Café - Ribeirão Preto - SP

2003 - Exposição na Casa da Cultura "Cyro Armando Catta Preta" - Orlândia - SP

2009 - Exposição no mês da Consciência Negra no Centro Cultural Palace - Ribeirão Preto - SP

2022 - Exposição Coletiva no Museu Casa de Portinari - Brodowski - SP

2022 - Exposição Coletiva MARP - Ribeirão Preto - SP

2023 - Exposição Coletiva no Centro de Arte Contemporâneo W - Ribeirão Preto - SP

2023 - Exposição Coletiva no Museu Casa de Portinari - Brodowski - SP


Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

  1. «História do Artista Macalé». Consultado em 20 de maio de 2024 
  2. «Trajetória de Macalé». Consultado em 20 de maio de 2024