Usuário(a):VW2005/Testes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Reino da Albânia (em azeri: Qafqaz Albaniyası) foi um antigo reino que ocupava o sul da atual República do Daguestão e grande parte do Azerbaijão.

O Reino da Albânia (em azeri: Qafqaz Albaniyası) foi um antigo reino que ocupava o sul da atual República do Daguestão e grande parte do Azerbaijão. Não se sabe o nome original que seus habitantes a chamavam, mas em tempos modernos é muitas vezes referida pelo nome de Aghwank ou Aluank, de acordo com o nome Udi para a região, derivado do nome similar em Armênio; ou pelo nome Albânia ou Albânia Caucasiana, do nome Grego para este mesmo local. O reino foi um estado próspero entre as zonas de influência ocidentais (Gregos, Romanos, Armênios) e Persas, durando de aproximadamente os séculos 2 AC[1] até 8 DC, quando existe quase que só como uma denominação geográfica[2].

Pouco se sabe sobre este país, mas é estimado que se falavam uma língua de origem Nordeste-Caucasiana, possivelmente a predecessora da língua Udi atual[3], cujo mesmo povo toma como ancestrais de sua etnia. A língua foi escrita em um alfabeto próprio que supostamente foi inventado pelo posteriormente santo Armênio Mesrobes Mastósio[4][5], junto com a escrita Armênia e possivelmente a Georgiana, mesmo que pouco desta se restou até hoje. Desde no mínimo o período de Estrabão são conhecidos pelo mundo Grego[6], e frequentemente foram referidos ao longo de várias obras como povos bárbaros[7] governados por um monarca[8]. Devido as suas principais influências - os Persas[9] e Armênios[10] - houve uma presença significativa do Zoroastrismo e posteriormente, sua conversão[5] ao Cristianismo[10] por meio da Igreja Apostólica Armênia, formando uma diocese[1] no país que durou até depois do colapso deste país devido às invasões islâmicas[11]. No século 3 DC, o reino transformou-se em um vassalo do Império Sassânida[12], que décadas depois implementou o governo da dinastia Arsácida[9], antigos governantes do Império Parto, no país, que posteriormente foram substituídos pela também-Iraniana dinastia Mirrânida[7].

  1. a b CHAUMONT, M. L. (15 dezembro 1985). «ALBANIA». Encyclopædia Iranica. Consultado em 20 junho 2023 
  2. Chorbajian, Levon; Donabédian, Patrick; Mutafian, Claude, eds. (1994). The Caucasian knot: the history & geopolitics of Nagorno-Karabagh. Col: Politics in contemporary Asia. London: Zed Books 
  3. ALEKSIDZE, Zaza (2003). «Comparing Ancient Albanian with Contemporary Udi». Azerbaijan International. Udi Language. 11 (3): 42. Consultado em 20 junho 2023 
  4. Terian, Abraham (2022). Life of Mashtots' by his Disciple Koriwn. [S.l.]: Oxford University Press 
  5. a b KAGHANKATVATSI, Movses (1961). «2». The History of the Caucasian Albanians (translated by C. F. J. Dowsett). Col: 8. Oxford: Oxford University Press. p. 69 
  6. Estrabão. Geografia. Col: Livro XI. [S.l.: s.n.] 
  7. a b BOSWORTH, C. E. (15 dezembro 1986). «ARRĀN». Encyclopædia Iranica. Consultado em 20 junho 2023 
  8. Plutarco. «35». Vidas Paralelas. [S.l.: s.n.] 
  9. a b TOUMANOFF, Cyril (1986). «ARSACIDS vii: The Arsacid Dynasty of Armenia». Encyclopaedia Iranica. Consultado em 20 junho 2023 
  10. a b SAMUELIAN, Thomas J.; HEWSEN, Robert H. (1982). «Ethno-History and the Armenian Influence upon the Caucasian Albanians». Classical Armenian Culture. Chigaco: Influences and Creativity 
  11. SCHULZE, Wolfgang (2005). «Towards a History of Udi» (PDF). International Journal of Diachronic Linguistics. Consultado em 20 junho 2023 
  12. YARSHATER, Ehsan (1983). The Cambridge History of Iran. Cambridge: Cambridge University Press. p. 141. ISBN 0-521-20092-X