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Aldo Pais (Chioggia, 3 de novembro de 1906 - Veneza, 17 de outubro de 1999) foi um violoncelista italiano. Ele foi reconhecido como solista, professor, e também por suas publicações.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Pais estudou violoncelo sob a orientação de Prospero Montecchi no Liceo Musicale "Benedetto Marcello" em Veneza,[1] onde se formou com honrarias e notas máximas em 1926. Também em Veneza, conheceu a pianista napolitana, aluna de Sigismondo Cesi, Eleonora Bergamo, com quem ele se casou em 1935.*2*
Pais teve contatos com algumas das grandes personalidades de sua época, incluindo Gian Francesco Malipiero e Gabriele d'Annunzio; e esteve entre os membros do "Quartetto del Vittoriale" e do "Gruppo strumentale italiano".
Durante a Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Asolo, onde trabalhou juntamente com a editora Casa Ricordi na publicação de seu trabalho mais conhecido: A técnica do violoncelo (mão esquerda).
Como titular da cadeira de professor de violoncelo no Liceo Musicale de Cagliari, de 1934 a 1938, e no Conservatório "Benedeto Marcello", de 1939 a 1976, ele sempre dedicou um considerável esforço ao ensino. Tocou por muitos anos em orquestras sob a direção de grandes músicos, incluindo Arturo Toscanini [2] e Herbert von Karajan. Também atuou como solista e, em particular, apresentou os concertos para violoncelo e orquestra de Ildebrando Pizzetti e Riccardo Zandonai, regidos pessoalmente pelos autores.
Até 1971, ele desempenhou o papel de primeiro violoncelo no Teatro La Fenice, do qual também era membro do conselho. Ele participou ativamente da organização de eventos importantes no contexto da descentralização do teatro como o concerto realizado na Cidade do Vaticano na presença do Papa João XXIII em dezembro de 1958, e o concerto realizado em julho de 1974 para o quarto centenário a morte de Francisco Petrarca em Arquà Petrarca, uma vila à qual ele estava profundamente ligado e a quem dedicou sua composição para violoncelo intitulada L'Arquatense.
A partir de 1977, ele supervisionou a revisão de todo o trabalho de música de câmara de Luigi Boccherini para a editora Zanibon: o estudo que ele conduziu, em colaboração com inúmeras bibliotecas internacionais sobre os manuscritos do autor, permitiu a descoberta de obras até então desconhecidas, como o Concerto n. 12 (G. deest) em Eb para Violoncelo e Orquestra, ou inéditas, como a primeira versão do Stabat Mater para soprano, dois violinos, viola, violoncelo e contrabaixo (G. 532). Para concluir o projeto, ele criou um livro sobre Luigi Boccherini (completo, mas não publicado) que documenta e conclui o caminho de pesquisa desenvolvido ao longo de 20 anos dedicados a essa editora.
Honras[editar | editar código-fonte]
Cavaliere dell'Ordine al merito della Repubblica italiana
(link wikimedia doc?)
Publicações[editar | editar código-fonte]
- La Tecnica del Violoncello (mano sinistra), Milano, Ricordi, 1943.
- Venti Studi per Violoncello, Milano, Ricordi, 1947.
- Venti Studi per Violoncello, (edizione riveduta), Milano, Curci, 1974.
- Esercizi Elementari di Tecnica dell'Arco per Violoncello, Milano, Curci, 1975.
- La Tecnica dell'Arco per Violoncello, Milano, Curci - Tipolitografia armena di Venezia, 1977.
- 16 Esercizi Brevi tratti da "La Tecnica dell'Arco per Violoncello", Milano, Curci, 1978.
- L'Arquatense - composizione per Violoncello Solo, Milano, Curci, 1980.
- 10 Formule di Studio da Elementi di Pietro Locatelli per Violoncello, Milano, Curci, 1981
Ver Também[editar | editar código-fonte]
- Friedrich Dotzauer (em inglês)
- Otakar Ševčik (em inglês)
- János Starker (em inglês)
- Matteo Goffriller (em inglês)
Referências
- ↑ Sartori, Claudio (1964). «Pais, Aldo». Enciclopedia della musica. Milão: Ricordi. 358 páginas
- ↑ Sachs, Harvey (1978). Toscanini : Musician of Conscience [Toscanini : Músico de consciência] (em inglês). Estados Unidos: Liveright. p. 506. ISBN 9781631492723.
Aldo Pais, a cellist in the orchestra, later a well-known pedagogue and chamber music player, recalled that Toscanini (...)