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Projeto Resgate Barão do Rio Branco[editar | editar código-fonte]
O Projeto Resgate Barão do Rio Branco é um programa arquivístico internacional cujo principal objetivo é duplicar e inventariar os documentos referentes ao Brasil que estão nos arquivos estrangeiros [1].
Movido pelas orientações da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) realizada em 1974[2], em que seus estados membros são convidados a refletirem sobre a possibilidade de transferência documental entre as nações que possuem uma história comum, o Projeto Resgate foi institucionalizado sob os auspícios da seção brasileira da Comissão Luso-Brasileira para a Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental (COLUSO), como uma atividade vinculada ao extinto Ministério da Cultura, sendo a COLUSO vinculada ao Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ).
O projeto recebeu este nome a fim de homenagear o diplomata brasileiro que alicerçou as fronteiras do Brasil, José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco.
O projeto contou com o apoio de instituições públicas e privadas [3] e, desde 2015, seus recursos são oriundos de um Projeto de Cooperação Técnica Internacional com a UNESCO. A direção deste projeto foi confiada à presidência da Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
História[editar | editar código-fonte]
Primórdios[editar | editar código-fonte]
O início do Projeto Resgate se encontra por volta do século XIX, quando diplomatas e historiadores brasileiros se debruçaram sobre o desafio de recuperar e instituir a história do Brasil. Entre os estudiosos, temos o próprio Barão do Rio Branco, o advogado José Higino e Guilherme Chambly Studart[4] – o Barão de Studart–.
Institucionalização[editar | editar código-fonte]
Sendo Portugal a nação que conserva a maior parte da massa documental que antecede a independência brasileira, em 1983 foi firmado o primeiro protocolo entre Brasil e Portugal [5]. Em 1996, tendo em vista a celebração dos 500 anos da chegada dos lusitanos ao Brasil, o Conselho Nacional de Arquivos propeliu a criação da Comissão Luso-Brasileira para Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental e a aprovação do Plano Luso-Brasileiro de Microfilmagem[6].
Coordenação[editar | editar código-fonte]
De 1996 a 2011, a servidora federal Esther Caldas Guimarães Bertoletti integrou a seção brasileira da COLUSO a título de Coordenadora Técnica do Projeto Resgate Barão do Rio Branco [7][8][9]; seguidamente, foi substituída pela servidora Katia Jane de Souza Machado, de 2012 a 2020 [10]. Após a aposentadoria de Katia Jane, a FBN designou o servidor João Carlos Nara Júnior como preposto do Projeto Resgate junto à COLUSO.
Projeção[editar | editar código-fonte]
Tendo em vista que a sondagem e a cópia dos documentos existentes na Europa e nos Estados Unidos da América já foi realizada, o Projeto Resgate pretende disponibilizar esse acervo nos meios digitais, além de levantar o mapeamento da documentação existente em outros continentes.
Frutos[editar | editar código-fonte]
Acessibilidade[editar | editar código-fonte]
Por meio da Biblioteca Nacional Digital, o Projeto Resgate realiza uma contribuição para a memória brasileira e torna acessível – aos pesquisadores e ao grande público – uma rica documentação que anteriormente só era possível conhecer por meio de onerosas viagens aos países que salvaguardam os documentos.
Catálogos e guias de fontes[editar | editar código-fonte]
Além do acervo digital, como fruto do trabalho que se iniciou em 1983, foram publicados catálogos e guias de fontes da massa documental presente no Arquivo Histórico Ultramarino de Lisboa, na Espanha[11], nos Estados Unidos[12], na França[13], na Inglaterra e na Irlanda[14], na Holanda[15], além dos guias de fontes referentes às antigas capitanias do nordeste, sudeste e sul do Brasil.
Projeto Reencontro[editar | editar código-fonte]
O Projeto Reencontro[16] é a contrapartida do Projeto Resgate para a nação lusitana. Trata-se de uma coletânea de cópias da documentação presente nos arquivos brasileiros, atualmente conservadas no Arquivo Nacional Torre do Tombo. Além disso, o Projeto Reencontro também foi desenvolvido no contexto das Comemorações dos Quinhentos Anos do Brasil e projetado nos termos do Plano Luso-Brasileiro de Microfilmagem.
Ver também[editar | editar código-fonte]
• Arquivo Nacional • História Colonial do Brasil • Império Português • Capitanias do Brasil
• Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e CulturaLigações externas[editar | editar código-fonte]
• BNDigital • Comissão Luso-Brasileira para a Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental • Conselho Nacional de Arquivos
• Arquivo Nacional Torre do TomboReferências[editar | editar código-fonte]
- ↑ PROJETO RESGATE BARÃO DO RIO BRANCO. BNDigital. Disponível em: https://bndigital.bn.gov.br/dossies/projeto-resgate-barao-do-rio-branco/ Acesso em 28 de dez. de 2021
- ↑ GENERAL CONFERENCE, 18th, Paris,1974. UNESCO. Disponível em: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000182900.locale=en Acesso em 28 de dez. de 2021
- ↑ PINHEIRO, Antônio César Caldas (2012). «O Projeto Resgate Barão do Rio Branco: a documentação colonial brasileira dos arquivos europeus e estados Unidos, seu impacto na historiografia e interdisciplinaridade». Tese (Doutorado em Biblioteconomia e Documentação). Universidade de Salamanca. Consultado em 28 de dezembro de 2021
- ↑ PINHEIRO, Antônio César Caldas (2012). «O Projeto Resgate Barão do Rio Branco: a documentação colonial brasileira dos arquivos europeus e estados Unidos, seu impacto na historiografia e interdisciplinaridade». Tese (Doutorado em Biblioteconomia e Documentação). Universidade de Salamanca. Consultado em 28 de dezembro de 2021
- ↑ PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO NA ÁREA DE ARQUIVOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA PORTUGUESA E O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. Consulado Geral de Portugal em São Paulo. Disponível em: https://consuladoportugalsp.org.br/dados-sobre-portugal/tratados-e-acordos-entre-portugal-e-brasil/protocolo-de-colaboracao-na-area-de-arquivos-entre-o-governo-da-republica-portuguesa-e-o-governo-da-republica-federativa-do-brasil/ Acesso em 28 de dezembro de 2021
- ↑ BRASIL. Ministério da Justiça. Conselho Nacional de Arquivos. Portaria nº 12 de 1996
- ↑ BRASIL. Ministério da Justiça. Conselho Nacional de Arquivos. Portaria nº 12 de 1996
- ↑ BRASIL. Ministério da Justiça. Conselho Nacional de Arquivos. Portaria nº 62 de 2002
- ↑ BRASIL. Ministério da Justiça. Conselho Nacional de Arquivos. Portaria nº 83/2009
- ↑ BRASIL. Ministério da Justiça. Conselho Nacional de Arquivos. Portaria nº 99 de 2012
- ↑ GUÍA DE FUENTES MANUSCRITAS PARA LA HISTORIA DEL BRASIL EN ESPANÃ. BNDigital. Disponível em: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1054736/mss1054736.html#page/2/mode/1up
- ↑ http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1310550/mss1310550.html#page/1/mode/1up Acesso em 28 de dezembro de 2021
- ↑ GUIA DE FONTES PARA A HISTÓRIA FRANCO-BRASILEIRA. BNDigital. Disponível em: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1051251/mss1051251.html#page/1/mode/1up Acesso em 28 de dezembro de 2021
- ↑ BRAZIL IN BRITISH AND IRISH ARCHIVES. BNDigital. Disponível em: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/mss1421951/mss1421951.html#page/1/mode/1up Acesso em 28 de dezembro de 2021
- ↑ O BRASIL EM ARQUIVOS NEERLANDESES. BNdigital. Disponível em: http://objdigital.bn.br/objdigital2/acervo_digital/div_manuscritos/bndigital0456/bndigital0456.pdf Acesso em 28 de dezembro de 2021
- ↑ PROJETO REENCONTRO. Arquivo Nacional Torre do Tombo. Disponível em: https://digitarq.arquivos.pt/details?id=4374561 Acesso em 28 de dezembro de 2021