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FRANTA RICHTER[editar | editar código-fonte]

BIOGRAFIA[editar | editar código-fonte]

Franta Richter (Praga, 19 de novembro de 1872 — São Paulo, 6 de abril de 1964), também conhecido como Franz ou Francisco Richter, foi um pintor, ilustrador e litógrafo tcheco. Em 1888, formou-se em desenho litográfico na Escola de Artes e Ofícios de Praga.[1] Apesar disso, foi no Tirol que teve certeza da escolha de sua carreira profissional, onde também cumpriu serviço militar.[1] Para além da base teórica de sua formação, muitas de suas aptidões na área artística, como a técnica de aplicação de pintura e desenho nas artes gráficas, foram adquiridas por meio de estudo in loco, em uma gráfica.[1]

Em 1913, encantado pelos trópicos e atraído pelo campo gráfico-editorial recém-criado no Brasil, Richter fixou residência no país. Pouco tempo depois, foi contratado pelos irmãos Weiszflog para trabalhar na Companhia Melhoramentos de São Paulo, pois enxergaram nele grande potencial como ilustrador.[1]

Nessa carreira, juntamente com Arnaldo de Oliveira Barreto, teve papel determinante no desenvolvimento da literatura infantil brasileira. Integrados à coleção Biblioteca Infantil Melhoramentos, surgiram os primeiros livros para o público infantil e juvenil, cujas ilustrações são na maioria de Richter. O patinho feiofoi a primeira obra dessa coleção e pioneira no uso de ilustrações com quatro cores no mercado editorial brasileiro, em 1915[2]. Além disso, ilustrou alguns livros didáticos, volumes para Encanto e verdade, de Thales Andrade, e outras obras de autores nacionais.[1] Sua atuação na Companhia Melhoramentos de São Paulo durou até a década de 1940.[2]

Além das ilustrações, a produção artística de Richter também compôs o acervo do Museu Paulista.[3] São oito obras feitas pelo artista[4], sendo três delas inspiradas em desenhos de Hercule Florence e encomendadas por Afonso d’Escragnolle Taunay, então diretor da instituição, em função tanto das comemorações do 1° Centenário da Independência como do cinquentenário do Museu.

Richter foi considerado um desenhista primaz, alguém cuja técnica permitia ter domínio completo da aquarela e do nanquim.[2]. O artista faleceu aos 91 anos, deixando sua esposa, Maria Richter, e sua filha, Inês Bukvar. Seu corpo foi enterrado no Cemitério Campo Grande, em São Paulo.[5]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. GONÇALVES, Vergniaud. Richter, o ilustrador. A Tribuna, Santos, ano 71, n. 54, 31 maio 1964. 1o Caderno, p. 17. 2o Caderno, p. 9. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/153931_01/41554  e http://memoria.bn.br/DocReader/153931_01/41564. Acesso em: 26 fev. 2021.
  2. MAZIERO, Maria das Dores Soares. Arnaldo de Oliveira Barreto e a Biblioteca Infantil Melhoramentos (1915-1925): histórias de ternura para mãos pequeninas. 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/254070. Acesso em: 26 fev. 2021.
  3. MAKINO, Miyoko; SILVA, Shirley Ribeiro da; LIMA, Solange Ferraz de; CARVALHO, Vânia Carneiro de. O Serviço de documentação textual e iconografia do Museu Paulista. Anais do Museu Paulista: história e cultura material, [s. l.], v. 10, n. 1, 2003. p. 259-304. DOI: 10.1590/S0101-47142003000100014. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5390. Acesso em: 26 fev. 2021.
  4. LISTA das obras do Museu Paulista. In: WIKIPEDIA: the free encyclopedia. [San Francisco, CA: Wikimedia Foundation, 2010]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:GLAM/Museu_Paulista/Listas/Todas_as_pinturas. Acesso em: 26 fev. 2021.
  5. FRANCISCO Richter. O Estado de S. Paulo, ano 85, n. 27.287, 07 abr. 1964. p. 16. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19640407-27287-nac-0016-999-16-not/busca/RICHTER+Richter. Acesso em: 26 fev. 2021.
  1. a b c d e GONÇALVES, Vergniaud (1964). [http://memoria.bn.br/DocReader/153931_01/41554 http://memoria.bn.br/DocReader/153931_01/41564 «Richter, o ilustrador.»] Verifique valor |url= (ajuda) 54 ed. A Tribuna. A Tribuna: p. 17 do 1° caderno e p.9 do 2° caderno. Consultado em 26 de fevereiro de 2021  line feed character character in |url= at position 47 (ajuda)
  2. a b c MAZIERO, Maria das Dores Soares. Arnaldo de Oliveira Barreto e a Biblioteca Infantil Melhoramentos (1915-1925): histórias de ternura para mãos pequeninas. 2015. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2015. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/254070. Acesso em: 26 fev. 2021.
  3. MAKINO, Miyoko; SILVA, Shirley Ribeiro da; LIMA, Solange Ferraz de; CARVALHO, Vânia Carneiro de. O Serviço de documentação textual e iconografia do Museu Paulista. Anais do Museu Paulista: história e cultura material, [s. l.], v. 10, n. 1, 2003. p. 259-304. DOI: 10.1590/S0101-47142003000100014. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5390. Acesso em: 26 fev. 2021.
  4. LISTA das obras do Museu Paulista. In: WIKIPEDIA: the free encyclopedia. [San Francisco, CA: Wikimedia Foundation, 2010]. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:GLAM/Museu_Paulista/Listas/Todas_as_pinturas. Acesso em: 26 fev. 2021.
  5. FRANCISCO Richter. O Estado de S. Paulo, ano 85, n. 27.287, 07 abr. 1964. p. 16. Disponível em: https://acervo.estadao.com.br/pagina/#!/19640407-27287-nac-0016-999-16-not/busca/RICHTER+Richter. Acesso em: 26 fev. 2021.