Usuário(a):Vinícius Marodin de Souza/Ampére

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Geografia[editar | editar código-fonte]

Ampére é um município brasileiro, localizado na região sudoeste do estado do Paraná, pertencendo a Mesorregião do Sudoeste Paranaense, e a microrregião de Capanema. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município possui uma área de 298,349 km²[1]. Estando localizada na latitude de 25°54'54" Sul, e na longitude 53°28'22" Oeste, com aproximadamente 600 metros de altura acima do nível do mar, situando-se a 425 km em linha reta (ou 528 km via BR-277) da capital estadual Curitiba e a 1.267 km em linha reta (ou 1.589 km via BR-050) da capital federal Brasília.

Ainda segundo o IBGE, a população de Ampére em 2010 foi de 17.308, com estimativa para que em 2020 seriam em torno de 19.311 pessoas[1]. A indústria ganha destaque na cidade, empregando um número significativo de trabalhadores, fazendo a cidade de Ampére ser reconhecida como cidade industrial dentro da região do sudoeste e até mesmo em nível estadual e nacional. Já o interior do município é composto por diversas comunidades de pequenos produtores, os quais produzem mais de 30 produtos diferentes, destacando-se a soja, o milho e o trigo. Em relação aos animais, destacam-se a produção de aves, e bovinos de leite e corte.[2]

Ampére faz fronteiras com os municípios de Santa Izabel do Oeste, Nova Esperança do Sudoeste, Francisco Beltrão, Manfrinópolis, Pinhal de São Bento, Santo Antônio do Sudoeste, Pranchita, Bela Vista do Caroba, e Planalto.

O município conta com sua sede urbana e ainda dois distritos, São Pedro e São Salvador. Existem ainda 28 localidades rurais: Alto Floresta, Santa Fé, Santa Luzia, São Paulo, Alto Alegre, Fonte Bela, Scariot, Santa Rita, Bom Princípio, Barra Ampére, São José, Linha Quadro, Água Doce, Lazzarotto, Água Preta, Linha Bonita, Água Boa Vista, Lª Gularte, Anta Nova, Arroio Tigre, Santa Inêz, Vargem Bonita, São Sebastião, Itaipú, Km 55, São Thomaz, Saggioratto, e Furlan.[3]

Clima[editar | editar código-fonte]

Estando no Terceiro Planalto do estado, na região Sudoeste Paranaense, com uma altitude variando em torno de 600 metros, Ampére situa-se numa região de clima subtropical úmido mesotérmico, caracterizado por chuvas constantes e bem distribuídas ao longo do ano, variando em torno de 2000 mm anuais, com a temperatura máxima média mais altas chegando em 29°C nos meses de janeiro, fevereiro, março e dezembro, e temperaturas mínima medias com 12°C no mês de julho. Com verões quentes e invernos com geadas pouco frequentes, não possuindo estação seca definida.

De acordo com a classificação climática de Köppen-Geiger, Ampere localiza-se na região climática Cfa, com verão quente e temperaturas superiores a 22ºC nesta estação, com mais de 30 mm de chuva no mês mais seco.[4]

Dados climatológicos para Ampére, com média de 30 anos[5]
Mês Mínima (°C) Máxima (°C) Precipitação (mm)
Janeiro 20° 29° 178
Fevereiro 20° 29° 182
Março 19° 29° 137
Abril 17° 26° 158
Maio 13° 21° 199
Junho 13° 21° 154
Julho 12° 20° 128
Agosto 13° 23° 123
Setembro 14° 24° 171
Outubro 17° 27° 243
Novembro 18° 28° 183
Dezembro 19° 29° 171

Geologia[editar | editar código-fonte]

Segundo o Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná (ITCG), a evolução geológica do Estado do Paraná iniciou há mais de 2.800 milhões de anos. Os registros geológicos anteriores a 570 milhões de anos, são essencialmente rochas magmáticas e metamórficas, que constituem o embasamento da Plataforma Sul-Americana. Posteriormente está plataforma constituiu a base para as unidades sedimentares e vulcânicas. A Bacia do Paraná, onde está localizado Ampére, é ocupado pelos derrames do imenso vulcanismo continental ocorrido no período Jurássico/Triássico (entre 201,3 milhões de anos e 145 milhões de anos atrás.), representado pelas rochas da Formação Serra Geral, e que dotou o Estado, além das possibilidades do desenvolvimento de um solo de excelente qualidade, da ocorrência de minerais de cobre, ágatas e ametistas. A Mesorregião Sudoeste tem substrato rochoso formado por rochas ígneas básicas da Formação Serra Geral, compostas por basalto maciços e amigdalóides, afaníticos, cinzentos a pretos, raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos. Essas rochas têm baixo índice de vulnerabilidade à denudação (1,5), com alta resistência ao intemperismo e erosão.[6]

Relevo[editar | editar código-fonte]

O relevo de Ampére possui deformidades, chegando a 784 metros em seu ponto mais alto e 372 metros em seu ponto mais baixo[7], nas margens do Rio Capanema, porém possui um desnível continuo, sem grandes declividades. À medida que se desloca da região Sudeste para a região Noroeste do município, percebe-se pequenas declividades, praticamente não passando de 20%, sendo em sua parte mais alta a região Sul e Sudeste, e a região mais baixa a região Oeste e Norte. As áreas com maior declividade ficam por conta das curvas mestras presentes no município, que se concentram nas partes próximas aos rios.[8]

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Localizado na Bacia do Iguaçu, mais precisamente no Baixo Iguaçu, Ampére possui inúmeras nascentes, o que em conjunto acaba formando também vários rios, no qual um recebeu o nome da cidade, o Rio Ampére que corta a área urbana do município. Outro ponto importante é que as fronteiras municipais são praticamente todas definidas através dos rios, sendo eles o Rio Cotejipe, Rio 15 de novembro, Rio São Bento, Rio Capanema e Rio Sarandi.[9]

Vegetação[editar | editar código-fonte]

O município é todo composto por Florestas Ombrófila Mista[10], que contém angiospermas, especialmente o pinheiro-do-paraná (Araucária), que se faz presente de forma natural juntamente com a floresta, no entanto, temos termos que se diferem através da altitude, SubMontana refere-se a altitude entre 50 a 500 metros, já o termo Montana varia de altitudes acima de 500 metros e abaixo de 1000 metros.[11]

Por conta dos inúmeros rios e nascentes presentes no município, existem várias Áreas de Preservação Ambientais, o município ainda conta com uma área de macrozona de controle ambiental, que compreende a bacia do manancial de abastecimento de água de Ampére.[12]

O município ainda conta com o Parque Ambiental Fundo de Vale, uma ampla área verde as margens do Rio Ampére, onde encontra-se um lago, quiosques, áreas de lazer, quadras poliesportivas, pistas de caminhadas e academia. No parque se localiza a Escola Ambiental Valdomiro Parizotto, tudo isso em uma região de fácil acesso, na entrada da cidade.[13]

Solos[editar | editar código-fonte]

O perímetro urbano de Ampére é praticamente todo formado sobre um tipo de solo chamado de Latossolo Vermelho Distroférrico, uma pequena parte fica sobre outro tipo de solo, conhecido como Nitossolo Vermelho Distroférrico.[14]

Já a área rural é constituída por Latossolo Vermelho Distroférrico, Neossolo Litólico Eutrófico, e por Nitossolos Vermelhos Eutroférrico e Distroférrico.[14]

Latossolo Vermelho Distroférrico: Os Latossolos geralmente são caracterizados por serem solos profundos, que já sofreram um alto processo de intemperismo, ou seja, já passou por processos físicos, e/ou químicos, e/ou biológicos, que transformaram a rocha, que neste caso é o basalto[15], no solo que se apresenta naquele local. O fato de ser um solo vermelho está diretamente ligado aos altos teores de ferro presente no basalto, este tipo de solo apresenta uma baixa fertilidade natural, isto é indicado no termo “Distroférrico”.

Neossolo Litólico Eutrófico: Os Neossolos são geralmente encontrados em áreas com maior declividade, sendo solos rasos e com pouco desenvolvimento. Por estarem em locais com maior declividade, um dos processos que podem ocorrer frequentemente, é juntamente com a chuva, este solo acabar indo para áreas mais baixas, ou seja, o solo é “carregado” pela chuva, então o solo que já sofreu o processo de intemperismo é perdido, impossibilitando o aprofundamento do mesmo. O termo “Eutrófico” indica uma alta fertilidade natural. Porém, seu uso é limitado devido a pouca profundidade.

Nitossolo Vermelho Eutroférrico: Normalmente apresenta um solo profundo e bem drenado, sua característica é a presença de uma grande quantidade de argila. É vermelho devido aos altos teores de ferro, presentes devido ao intemperismo do basalto. O termo “Eutroférrico” indica alta fertilidade natural, e os altos teores de ferro citados.

Nitossolo Vermelho Distroférrico: A diferença entre os Nitossolos está em sua fertilidade, enquanto o citado anteriormente possui alta fertilidade natural, o “Distroférrico” indica uma baixa fertilidade natural.

  1. a b cidades.ibge.gov.br https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/ampere/panorama. Consultado em 2 de outubro de 2020  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. «História | Prefeitura de Ampére». Consultado em 2 de outubro de 2020 
  3. «MAPA DO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  4. «Clima». www.cnpf.embrapa.br. Consultado em 2 de outubro de 2020 
  5. «Climatologia de Ampére». Climatempo. Consultado em 7 de dezembro de 2020 
  6. «POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHAS DO ESTADO DO PARANÁ» (PDF). Instituto de Terras, Cartografia e Geologia do Paraná. Consultado em 2 de outubro de 2020.  line feed character character in |titulo= at position 42 (ajuda); Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  7. «MAPA HIPSOMÉTRICO» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  8. «MAPA DE DECLIVIDADE» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  9. «MAPA DE APPs» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  10. «MAPA FITOGEOGRÁFICO» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  11. «Floresta ombrófila mista». Wikipédia, a enciclopédia livre. 26 de julho de 2020. Consultado em 2 de outubro de 2020 
  12. «MACROZONEAMENTO MUNICIPAL» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  13. «Ampére». VIAJE PARANÁ. Consultado em 15 de outubro de 2020 
  14. a b «MAPA PEDOLOGIA» (PDF). Prefeitura de Ampére. 2016. Consultado em 16 de novembro de 2020 
  15. «Descrição das Unidades Litoestratigráficas» (PDF). Instituto Água e Terra. 2006. Consultado em 16 de novembro de 2020  |nome1= sem |sobrenome1= em Authors list (ajuda)