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Ituaçu é um município brasileiro no estado da Bahia, localizado no sudoeste do estado, na Serra Geral.

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Ituaçu" é um termo de origem tupi-guarani que significa "Brejo Grande", através da junção de ytu (brejo) e açu (grande).[1]

Geografia[editar | editar código-fonte]

Municípios limítrofes: Norte: Jussiape e Barra da Estiva; Sul: Brumado e Tanhaçu; Leste: Contendas do Sincorá.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1977 a 1989 e a partir de 1999, a menor temperatura registrada em Ituaçu foi de 9 °C em 13 de julho de 1979, e a maior atingiu 39 °C em 31 de outubro de 2012. O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 109,5 milímetros (mm) em 19 de novembro de 2010, superando o recorde de 109,4 mm em 29 de novembro de 1985. Outros grandes acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 104 mm em 3 de abril de 1978, 100,4 mm em 7 de novembro de 2012 e 100,3 mm em 24 de outubro de 2009.[2]

História[editar | editar código-fonte]

A região em que se formou o município de Ituaçu era povoada pelos povos indígenas Maracaiares e Tapajós[3]. Pouco se tem registros dos povos originários da região, ausentes na maioria dos arquivos históricos e sem pesquisas arqueológicas na localidade, restando apenas as escassas narrativas dos bandeirantes e colonizadores portugueses, dizimando os povos indígenas e liberando as rotas em busca de ouro que foram encontrando em Minas do Rio de Contas, Jacobina e Minas Gerais, e outros metais preciosos encontrados na Chapada Diamantina.

A partir de 1720, sob o comando de André da Rocha Pinto, os bandeirantes dominaram os indígenas e se estabeleceram na região[3].

Em 1732 o Coronel André da Rocha Pinto, proveniente da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro do Outeiro Redondo, (atual município de São Felix), ganhou glebas de terra nas localidades Ovelha, Ribeirão da Furna e Brejo Grande por conta de suas incursões nos sertões da Bahia para combater os indígenas da região, liberando as rotas aos portugueses em busca de ouro e metais preciosos em Rio de Contas e Chapada Diamantina. Na aldeia dos Maracaiares, o Coronel e o seu filho, Sebastião da Rocha Pinto, estabeleceram as primeiras edificações e denominaram a localidade de Brejo Grande, pela característica da região estar cercada de pântanos[4].

André da Rocha Pinto continuou as bandeiras de dominação indígena descendo o rio de Contas, acabou morto pelos indígenas Aimorés. Sebastião da Rocha Pinto permaneceu em Brejo Grande com sua esposa e seus nove filhos[4].

De 1780 a 1800 a região começou a receber imigrantes nacionais e estrangeiros, sobretudo provenientes da Freguesia de São Sebastião do Sincorá, fundando as seguintes fazendas: Ribeirão, Riachão, Palmeiras, Bicudo, Angicos e outras. Em 1806 os irmãos Brito Gondim, provenientes da Vila do Príncipe de Sant'Ana de Caetité (atual Caetité), compraram do Conde da Ponte a fazenda Ticum, atual Tucum. Em 1823 os Guimarães, provenientes da Vila do Rio de Contas, fugindo da luta de Mata-Maroto, fundaram a fazenda Baixa Grande[4].

Em 1827 cria-se o Arraial do Brejo Grande pela lei 15 de Novembro de 1827. A partir deste momento, o distrito passa a ter capacidade para a vida política e administrativa[3]. É também desta época a criação da Capela Nossa Senhora do Alívio, filial da Freguesia de São Sebastião do Sincorá[5].

Em meados da Segunda Metade do Século XIX, Brejo Grande começa a lutar pela emancipação e passa por grandes transformações antes e após a emancipação política em 1867: Criação da Freguesia de Brejo Grande pela Resolução n. 882 de 10 de Abril de 1862[6]; Transformação da Capela para Igreja Matriz Nossa Senhora do Alívio e criação da Paróquia Nossa Senhora do Alívio, desmembrada da Freguesia de São Sebastião do Sincorá[5] no mesmo ano de 1862; Criação da delegacia de Brejo Grande em 1867[7]; Elevação da Freguesia para Vila Agrícola de Nossa Senhora do Alívio do Brejo Grande pela Lei Provincial nº 988, de 9 de outubro de 1867[3], com território desmembrado da Vila de Santa Izabel do Paraguassú (atual Mucugê); Criação da agência de Correios em 1873[8]; Criação da Aula Noturna para o Ensino Primário de Adultos e Escravos em 1873, e posteriormente transformada na primeira instituição de ensino denominada Escola Pública da Vila de Brejo Grande em 1875[5].

Em 1872 ocorre o primeiro Censo Geral do Brasil. Pelo Censo temos Brejo Grande subdividido em duas Paróquias: a Paróquia de São Sebastião do Sincorá com 7.714 pessoas livres e 843 escravos e a Paróquia de Nossa Senhora do Alívio do Brejo Grande com 5.533 pessoas livres e 1.098 escravos[9].

No final do Século XIX, Brejo Grande recebe duas visitas de grande importância histórica pelas minuciosas descrições relatadas na localidade.

Em 1888 Brejo Grande recebe a visita de Durval Vieira Aguiar que compõe o seguinte quadro: O município possuía 15.188 habitantes. A Vila possuía 300 casas com edificação baixa e sofrível, 1.800 moradores, 02 escolas primárias, duas praças, boa Igreja Matriz, e feira com comércio animado aos sábados[6].

Em 1893 Brejo Grande recebe a visita de Francisco Vicente Vianna. O político faz um relato minucioso da localidade descrevendo sua geografia, a relação de Brejo Grande com outras Vilas e com a Capital da Bahia, as características urbanísticas, a economia, entre outros[10].

Entre as características urbanísticas descritas por Vianna em 1893 destacam-se: edificações baixas, aceiadas, caiadas e algumas envidraçadas; ruas planas, não calçadas, algumas largas e outras estreitas; quatro praças: do Mercado, da Matriz, da Escola, e da Cadeia; duas escolas públicas e três particulares; dois cemitérios, sendo um desativado dentro da Vila e outro a um quilômetro de distância[10].

Na economia, Vianna destacou: Comércio forte aos sábados em que vende produtos para a região e para a Capital com exportação de café, algodão, pele de gado e de cabra. Além disso, aponta cultura de cana, fumo, feijão, milho, mandioca, algodão, arroz e café, bem como indústria de cal, salitre, pólvora e diferentes tecidos de algodão, entre outros[10].

Em 1897, por força da Lei Estadual nº 216, de 26 de agosto de 1897, alterou-se topônimo da localidade de Vila Agrícola de Nossa Senhora do Alívio do Brejo Grande para cidade de Ituaçu[3].

Os conflitos sociais[editar | editar código-fonte]

Após o período áureo em meados do Século XIX, com o fim do Ciclo do Ouro em Rio de Contas, Diamantes e Pedras Preciosas em Mucugê, Lençois e região, acrescidos da fome de 1890 e da seca de 1893, o interior da Bahia entra em recessão e decadência. Várias localidades e povoados foram abandonados e cidades históricas perderam seus prestígios e status. Mais da metade da população sertaneja nordestina migrou para São Paulo (60% da população)[11]. Posteriormente várias localidades recomeçaram o seu crescimento populacional, embora não chegassem a alcançar o status do período áureo, além de dar início a um ciclo de pobreza geral.

Derivados da crise econômica do sertão nordestino no Brasil, e em especial da decadência geral da riqueza aurífera e de metais preciosos, a Chapada Diamantina e região são palcos de intensos conflitos sociais precursores do que viriam a formar o Cangaço durante a Primeira República. Entre os conflitos sociais no interior da Bahia, neste período, destacaram-se o epílogo de Canudos, os conflitos das Lavras Diamantinas, as ocorrências criminais em Ituaçu, Vitória da Conquista, região do rio São Francisco e outros lugares[11].

Na segunda metade do Século XIX e início do Século XX, Ituaçu exercia uma forte influência política na região. Entretanto, a rivalidade interna dos conflitos privados das famílias Silva e Gondim passaram a tomar dimensões que extrapolaram as duas famílias adquirindo contornos políticos cada vez mais extensos com alianças formadas com outros grupos e jagunços das famílias Cauaçu e Cesário[12], dividindo não só o município, mas as Lavras Diamantinas e o interior baiano com a incorporação cada vez maior de outras famílias influentes na região sertaneja, cujo expoente culminou na formação do banditismo formado por Anésia Cauaçu em Jequié[13], Zezinho dos Laços em Ituaçu[13], Marcionilo de Souza em Maracás[14], e Horácio de Matos na Chapada Velha[15].

Nos primeiros anos do Século XX, a reputação de Ituaçu na Bahia da Primeira República não era das melhores e os conflitos sociais trouxeram grande incômodo ao Governo da Bahia. A primeira expedição em 1891 foi derrotada pelos jagunços locais. Em 1992 o Governador Severino dos Santos Vieira encaminha a segunda expedição e nomeia o delegado regional Methodio Coelho para apurar os fatos e restabelecer a ordem da cidade, preocupados que o episódio pudesse desgastar ainda mais a imagem da recém-República, temendo que o massacre de um novo Canudos venha a se repetir[15].

As investidas educacionais[editar | editar código-fonte]

Nas décadas seguintes, com o declínio da economia do ouro e diamante da Chapada Diamantina e, ainda mais, por Ituaçu não fazer parte diretamente da rota do ouro e minérios preciosos, e ainda por sofrer represálias do Governo Estadual rebaixando a Comarca de Brejo Grande para se integrar à Comarca de Maracás e, posteriormente, Comarca de Brumado[16], mas ainda na expectativa de ver seu território cortado pelas linhas da Estação Férrea Central da Bahia (atualmente Viação Férrea Federal do Leste Brasileiro - VFFLB), Ituaçu começou a inclinar-se para a Educação numa tentativa de firmar sua importância política, descreditada pela decadência econômica geral da região e episódios sangrentos recentes no município. Surgiram então em 1912 as Escolas Reunidas Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima ofertando o Ensino Primário[5].

Antes de 1912, a primeira escola primária pública de Ituaçu funcionou em prédio alugado na praça dos Bandeirantes, bem como havia, também, a oferta de aulas públicas e privadas nas casas dos próprios professores seguindo a tendência educacional no Brasil e na Bahia na época, e que se manteve mesmo após esse período. Em 1912, criam-se as Escolas Reunidas Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima em prédio próprio na Praça Barão do Sincorá, no Centro da Cidade, demonstrando a centralidade e importância da Educação na cidade, distinto das demais cidades com edificações educacionais precárias. Posteriormente, em 1950 as Escolas reunidas foram transferidas para o prédio atual da Escola Rodrigues Lima, localizada na Av. José Carlos Brito, cuja arquitetura remonta à concepção de Escola-Parque do educador Anísio Teixeira.[5]

Embora com redução das tensões nos conflitos entre grupos sociais opostos que marcaram pejorativamente o município de Ituaçu nos finais do Século XIX e início do Século XX, as disputas entre famílias rivais se manteve por décadas, e ainda está presente na atualidade, em menor intensidade, sobretudo na época das eleições municipais[5]. Essa rivalidade também estava presente nas escolas do município com disputas entre famílias para cativar a “melhor” escola na representação das classes sociais da cidade repercutindo no confronto entre os partidários da Escola Rodrigues Lima, geralmente composta por estudantes de famílias da elite ituaçuense, e entre os partidários do Grupo Escolar Conselheiro Luiz Vianna, geralmente composto por famílias menos abastadas e com um poder de influência política e econômica relativamente um pouco menor. A rivalidade se acirrava, sobretudo, nos dias de gincanas e desfiles cívicos com o cativo da comunidade local torcendo ora para uma, ora para outra escola[5].

Até meados do Século XX, os ituaçuenses que desejassem prosseguir os estudos além das primeiras letras, precisava se deslocar para a Capital ou para alguma cidade do interior com oferta educacional pelo poder público ou privado, geralmente em instituições religiosas[5].

A porção Sul da Chapada Diamantina, onde situa o município de Ituaçu, ficou desprovida de educação além das primeiras letras durante toda a primeira metade do Século XX. Em 1960, por iniciativa própria, cansados de esperar pelo poder público estadual, ainda ressentido pelos conflitos anteriores e também passando por grandes dificuldades financeiras, a população com recursos próprios, consegue criar o Ginásio de Ituaçu, mais tarde ampliado para o Colégio Normal de Ituaçu em 1965, estabelecimento particular, sem fins lucrativos[5].

No intuito de defender uma causa maior e tornar viável a ampliação do ensino em Ituaçu, em um dos poucos episódios bem-sucedidos da história do município na época, os grupos rivais se uniram na defesa da fundação do Ginásio e recolhimento dos fundos necessários. Por muito tempo era sinônimo de prestígio social na autoafirmação da população o fato de Ituaçu ser reconhecida como a primeira cidade da região Sul da Chapada a ter um Ginásio, e a única durante décadas posteriores[5].

No Ginásio de Ituaçu, destacaram-se duas grandes figuras de educadores neste período: Dr. Aderbal de Santana Barbosa, homem negro, médico, Diretor e professor do Ginásio[5], e Frei Pedro Tomás Margallo como vigário branco, Vice-Diretor e professor de línguas no estabelecimento. Somente em 1991 o Estado alcançaria um estabelecimento público e gratuito, além das primeiras letras, com a criação do Centro Educacional Frei Pedro Tomás Margallo[5].

Após a centralidade e importância que o município concedeu à Educação durante início e meados do Século XX, nas décadas sucessivas o município entrou em processo de estagnação educacional juntamente com as estagnações política, econômica e social recentes.

Os desmembramentos[editar | editar código-fonte]

No auge de sua vida política, ao ter o seu território próprio desmembrado da Vila de Santa Izabel do Paraguassu (atual Mucugê), em 1867, o município possuía seus limites geográficos em um território muito maior que o atual. Após a série de decadências que Ituaçu sofreu ao longo dos anos e décadas, vários de seus distritos e povoados passaram a ser alvos de disputas entre os coronéis da cidade que lutaram por emancipação de suas localidades, fragmentando e perdendo ainda mais influência com a redução de seu território. Ituaçu, em 1867 possuía os seguintes limites:

A Norte - todo o território do atual município de Barra da Estiva, desmembrado de Ituaçu em 1890 com sede em Jussiape e transformado em cidade emancipada em 1927[17], e todo o território do atual município de Iramaia (à época, Fazenda Almas), desmembrado e emancipado do município de Barra da Estiva em 1960[18];

A Oeste - parte do território do município de Jussiape, (à época, Fazenda de Gado), desmembrado de Barra da Estiva e Rio de Contas em 1962[19];

A Leste - todo o território do atual município de Contendas do Sincorá (anteriormente Fazenda Riachão), desmembrado e emancipado de Ituaçu em 1961[20].

A Sul - todo o território do atual município de Tanhaçu, desmembrado e emancipado de Ituaçu em 1961[21];

  1. NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.
  2. INMET. «BDMEP - série histórica - dados diários - precipitação (mm) - Ituaçu». Consultado em 15 de julho de 2018 
  3. a b c d e «Ituaçu: História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  4. a b c BRUZZI, Nilo (26 de abril de 1953). «O homem de Maria Dusá». Hemeroteca Digital Brasileira (memoria.bn). Jornal do Commércio (RJ) (172): 3-4. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  5. a b c d e f g h i j k l BARBOSA, Katia Maria de Aguiar (2008). Um educador negro na chapada diamantina: A história ainda não contada. Dissertação (Mestrado em Educação e Contemporaneidade). Departamento de Educação - DEDC/Campus I, Universidade Estadual da Bahia, Salvador, 2008.
  6. a b AGUIAR, Durval Vieira de (1888). Descripções Praticas da Província da Bahia. Salvador: Typographia do "Diário da Bahia". pp. 154–158 
  7. «Relatorio dos Trabalhos do Conselho Interino de Governo (BA) - 1823 a 1889 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  8. «Relatorio dos Trabalhos do Conselho Interino de Governo (BA) - 1823 a 1889 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  9. «Recenseamento do Brazil em 1872: Bahia» (PDF). IBGE. 1872. Consultado em 3 de novembro de 2023 
  10. a b c Vianna, Francisco Vicente (1893). «Memoria sobre o estado da Bahia». Consultado em 4 de novembro de 2023 
  11. a b «Bahia Illustrada (BA) - 1917 a 1933 - DocReader Web». memoria.bn.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  12. Filho, Santos; Castro, Lycurgo de (1956). «Uma comunidade rural do Brasil antigo: (aspectos da vida patriarcal no sertão da Bahia nos séculos XVIII e XIX)». Consultado em 4 de novembro de 2023 
  13. a b Aílton, Domingos (2011). Anésia cauaçu. [S.l.]: Via Litterarum editora 
  14. Novaes, João Reis (2009). «De tropeiro a coronel: ascensão e declínio de Marcionillo Antônio de Souza, (1915-1930)». Consultado em 4 de novembro de 2023 
  15. a b Novaes, João Reis (26 de maio de 2021). «Tecelões da (des)ordem: cotidiano e policiamento nos sertões da Bahia (1891-1930)». Consultado em 4 de novembro de 2023 
  16. GUIMARÃES, Ordalvio (2005). Bandeirantes e Sertanistas na Chapada Diamantina. Salvador: Tipografia Projeto 
  17. «Barra da Estiva: História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  18. «Iramaia: História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  19. «Jussiape: História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  20. «Contendas do Sincorá: História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2023 
  21. «Tanhaçu: História & Fotos». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 4 de novembro de 2023