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Samuel Carvalho
Informação geral
Nome completo Samuel Silva Carvalho
Nascimento 12 de agosto de 1967 (56 anos)
Gênero(s) Música clássica
Ocupação(ões) luthier, violonista
Instrumento(s) violão erudito

Samuel Silva Carvalho, mais conhecido como Samuel Carvalho 12 de agosto de 1967 - São Paulo ]] nasceu em uma família de músicos onde seu pai Manoel Franco Carvalho tocava saxofone, violino, clarinete, harpa e seu avô tocava violão.

Samuel Carvalho cresceu vendo seu avo tocar violão, mas ele nunca o deixou tocar nos seus instrumentos pois havia ciúmes de emprestar para Samuel tocar quando criança, com isso ganhou seu primeiro violão da amiga de sua mãe e assim começou seus estudos por música.

Em 1979 aos 12 anos iniciou seus estudos de violão junto ao seu pai. Em 1980 ingressou na escola de música José Charias junto ao seu pai onde haviam mais de cem alunos. Em 1981 seu professor “...” sofreu um derrame que o deixou impossibilitado de dar aulas, fazendo com que seu pai Manoel Franco Carvalho o substituísse no período da manhã e por sua vez Samuel Carvalho o substituiria no período da tarde e noite, no entanto tinha alguns alunos que estavam no mesmo nível que Samuel Carvalho, e isso fez com que ele se empenhasse cada vez mais, estudando várias horas por dia para se manter em um nível onde pudesse continuar ministrando suas aulas. Sua paixão pela música aumentava cada dia mais, nesse período. Lecionou durante um ano, ganhando uma boa experiencia com os alunos.

Em 1982 seu pai Manoel Franco Carvalho monta sua própria escola de música e Samuel Carvalho tem então sua própria turma de alunos.

Andrés Segóvia, Julian Bream e Dilermando Reis eram alguns de seus violonistas notórios e inspiradores, nessa época era muito difícil conseguir partituras, gravações ou arranjos feitos por esses violonistas, quando conseguia se isolava em seu quarto e ficava horas e horas estudando, e seu ouvido foi se condicionando a esses violonistas, principalmente Andrés Segóvia que tocava em um violão chamado Herman Hauser que futuramente se tornaria um dos projetos de fabricação de Samuel Carvalho.

Em 1985 cursou o Conservatório Municipal de Guarulhos tendo aulas com o professor João Argolo e em 1989 iniciou o Bacharelado de Violão na Faculdade Mozarteum tendo aulas com o professor Henrique Pinto. Foi nesse período, quando ainda cursando seu bacharelado que ao sentir a necessidade de tocar em um instrumento de alto nível, viu-se motivado a adentrar no universo da construção de violões “lutheria”, foi ainda na faculdade que teve a oportunidade de conhecer violões Europeus de auto nível como os Ignacio Fleta, Rubi, Ramires, Simplício, Herman Hauser e Paul Fischer mas, na época não havia condições financeira para adquirir um instrumento desse nível. O que mais e mais o motivava a construir o seu próprio instrumento, com isso começou a pesquisar onde comprar madeira para braço, fundo, tampa no intuito de construir um violão do seu jeito, sem noção nenhuma de ferramentas ou técnicas de construção.

Nessa época Samuel Carvalho ainda ministrava aulas, quando os violões de seus alunos quebravam ele mesmo os arrumava. Desmontando e montando os instrumentos só para ter a noção de era a sua construção.

Em 1990 aos 27 anos construiu seu primeiro violão, na época Samuel Carvalho tinha 23 anos de idade.

Em 1991 Samuel Carvalho constrói seu terceiro violão, o qual e conseguiu superar seu Di Giorgio Belson 36 que ganhou de seu pai em 1986

Paulatinamente foi reduzindo sua atividade de professor de violão e dando maior ênfase a atividade de Luthier.

No ano de 1997 parou de dar aula e começou a se dedicar mais a construção, só que essa profissão acaba desgastando um pouco a mão e o seu repertorio violonístico foi diminuindo, mas mantendo o suficiente para pegar o violão e testar e ver como está a projeção, o equilíbrio de grave, médio e agudo.

Teve acesso as plantas de grandes luthiers como Hermann Hauser 1937 e Robert Bouchet 1954, conseguindo entender a construção e seu resultado final, e isso acabou tornando um desafio fazendo com que Samuel Carvalho fizesse cada vez mais violões e quando finalizasse um violão conseguiria sentir todas as etapas de colagem de leque, espessuras, etc., sentindo o resultado final tocando o instrumento, e tendo mais ideias para aperfeiçoar seu instrumento.

Participou de atividades profissionais por um período de 5 anos 1996 a 2001 ligados a manufatura de instrumentos de corda na esfera empresarial, como líder, empreendedor e consultor para várias empresas (função que esporadicamente exerce até hoje). Retomou sua antiga paixão pela arte da construção de violões em 2001, tendo como espelho seus influenciadores no desempenho na arte e tocar o instrumento como Paulo Marteli, Sergio Abreu, Andrés Segóvia, Fabio Zanon, etc., tanto como na arte da construção dos instrumentos como Rúbio, Fleta, Romanillos, Hauser, Hermanos Conde, etc.

Trabalhou num período de 8 anos com seu irmão, Emanuel Carvalho, que já lecionou na escola de música da família por alguns anos, tendo firmado parceria na construção de violões neste ínterim. A procura constante do desenvolvimento da qualidade de seus instrumentos, proporcionou-lhe ir mais além da confecção dos violões de 6 cordas; assim passou também a construir instrumentos de 7,8,10 e 11 cordas contando sempre com a colaboração de críticos e amigos que utilizam seus instrumentos, tais como: Paulo Marteli, Gustavo Costa, João Luis, Douglas Lora, Fernando Lima, Paulo Porto Alegre, Jodacil Damaceno, Francisco Araujo, Amadeu Rosa, André Simão, Fernanda Bertinato, entre outros.

Na época de 2002 a 2004 montou seu ateliê em Mairiporã, foi fase muito importante na vida do luthier foi quando aprendeu a serrar madeira, o modo como se lascava a madeira e se pegasse um ângulo começaria a entender que se jogasse alguns graus no corte para algum lado ou para outro você teria um resultado diferente no instrumento. Samuel Carvalho chegou a cortar cerca de sete mil tampos para uma pessoa que comercializava madeiras para instrumentos musicais, sendo Eugênio Follaman e o seu pagamento pelo trabalho era em madeiras e até hoje há madeiras em que o luthier sabe como foi cortada e isso acaba o inspirando cada vez mais.

Em 2003 foi convidado para fazer uma exposição de violão e ao mesmo tempo uma exposição de lutheria que foi convidado pelo Sesc por intermédio do Paulo Marteli e montaram um stand com formas em grosso, tampas, tudo relacionado a lutheria, madeiras no estado mais rustico e nesse evento era junto com o festival nacional do violão em Araraquara, e nesse evento teve vários instrumentistas renomadas em evidencia como o professor Henrique Pinto, Paulo Marteli, Sergio Abreu que foram fazer palestra e receitas nesse festival, conheceu um japonês chamado Gonagano, e trouxe um violão de 11 cordas de 1972 feito por um luthier chamado Giorge Bolin, que foi um percurso na construção desse instrumento.

Samuel ficou encantado após ver e ouvir o instrumento e pediu para tirar algumas medidas, e percebeu que a caixa do violão era a mesma proporção de um violão 6 cordas e o braço que era o grande enigma, conseguiu entender que a escala era a mesma medida de uma viola caipira. E comentou com Paulo Marteli que iria fazer um instrumento desse e Paulo Marteli disse que também gostaria de um desse. Após 5 meses fez seu primeiro auto guitar, mostrou para Paulo que se encantou, após 15 dias em um concerto apresentou para o público o auto-guitar, já executando o preludio da cello suíte 1 de Bach virou uma febre pois se encantaram com a beleza e com arranjo de Paulo Marteli.

Samuel Carvalho já fez 8 autos guitar de 2003 até hoje.

Começou a fazer os vilões em 1990 e baseando nas construções de Hauser, Torres, em 1997 estava fazendo bons violões, em 2002 já estava conseguindo entender tudo sobre a madeira e sua construção, em 2005 descobriu uma técnica chamada Double top que é uma tampa dupla que entre uma tampa e outra vai o material chamado nomex, pegou um violão de seu amigo e o violão era impressionante a parte de sustentação e volume. E em 2005 fez o seu primeiro e foi o pioneiro a usar essa técnica que hoje está espalhada pelo mundo.

Esses violões tinham um som meio plastificado, artificial em comparação ao violão tradicional que era o que Samuel Carvalho vinha fazendo, o primeiro a ser feito ficou plastificado, o segundo também e ai foi mexendo na estrutura interna de leques, nas espessuras da madeira, e hoje depois de doze anos que iniciou a construção com Double top, de cinco anos para cá seu violão tem um som de violão natural, tradicional ao ponto de colocar na mão das pessoas tradicionalista e não falar nada que é um violão Double top e a pessoa se encantar. Por toda essa influência do violão tradicional fez chegar a esse violão moderno com o som mais natural e tradicional possível e então, hoje Samuel continua fazendo violões tradicionais dessa linha, Torres, Hauser e faz também violões modernos com Double top, que 70% de sua fábrica é em cima do Double top.

Para Samuel Carvalho é um prêmio quando algum musico ganha um concurso aqui no Brasil como (Cantareira, Villa-Lobos) é um prêmio saber que seu violão está na mão de músicos em que ganha o concurso em primeiro lugar.

Em um concurso em Suzano chamado Vital Medeiros o primeiro e o segundo colocado estavam tocando com o violão de Samuel e isso é como se fosse um prêmio, ou ser jurado de algum concurso ou dar palestras sobre construções de instrumentos e considero isso como um prêmio, vitória.

O diferencial do violão de Samuel Carvalho para os outros violões é a diversidade de modelos dando mais opções aos músicos, por confeccionar violões tradicionais e violões com construção moderna alcançando um público maior, atingindo tanto quem gosta de erudito, popular, jazz e instrumentos personalizados feito para aquele determinado gosto musical. Como por exemplo auto guitar - violão baseado no alaúde barroco podendo deixá-lo na afinação original e executar obras no seu original, violão de 8 cordas com uma corda mais aguda na primeira corda e uma mais grave na 8 corda, aumentando a amplitude entre graves e agudos.