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Quadro do Dr. Pena, exposto no Museu Dom Diogo de Souza (Bagé). Autor desconhecido. Ano: 1895

José Francisco de Azevedo Penna (Rio de Janeiro, 28 de março de 1825, — Bagé, 12 de maio de 1902), conhecido como "o pai dos pobres", foi um médico brasileiro que trabalhou a maior parte da vida em Bagé, Rio Grande do Sul, sendo estimado pelo povo dessa cidade.[1][2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nasceu em uma família abastada da capital do Império do Brasil, Rio de Janeiro. Seus pais eram José Francisco Pereira Penna e Ritta Josephina de Azevedo Penna. Perdeu o pai nos primeiros anos de vida, e a mãe aos 12. Foi criado, então, por um tio. Aos 17 anos, matriculou-se na Academia de Medicina da Corte. Em 1844, foi a Paris concluir seus estudos.[1]

Ao retornar ao Brasil, em 1955, uma epidemia de cólera grassava no país. Ofereceu seus serviços ao governo. Enviaram-lhe à cidade de Santo Amaro, no interior da Bahia. Aí, perdeu muitos colegas para a doença, entre eles seu amigo Dr. Betâmio, com quem havia estudado em Paris.[1]

Ao regressar à Corte, foi-lhe indicada a cidade de Magé (não confundir com Bagé), na província do Rio de Janeiro. Seu desempenho rendeu-lhe uma condecoração do governo imperial, a comenda de Oficial da Rosa.[2][1]

Devido ao clima de sua terra natal, decidiu se mudar para Rio Grande, em 1858. Ali, encontrou-se com o Dr. Pio Silva, também colega seu em Paris.[1]

A primeira vez em que foi a Bagé foi no ano seguinte. Foi chamado por um militar cuja filha necessitava de uma cirurgia ocular. Por ter gostado da cidade, decidiu mudar-se para ela. Em 20 de novembro de 1860,[2] transportou sua biblioteca, seus instrumentos cirúrgicos e objetos pessoais para a cidade, com vistas a fixar residência. Na cidade, trabalhou como clínico, cirurgião e parteiro.[1]

Ao ficar velho, abandonou primeiro a obstetrícia e depois a cirurgia. Por fim, passou a apenas a atender pessoas em seu consultório. Foi ao Uruguai quando estourou a Revolução Federalista. Ao voltar, viveu por mais alguns anos e morreu no dia 12 de maio de 1901, aos 77 anos.[2][1] Não se casara e não tivera filhos.

Legado[editar | editar código-fonte]

Muitas homenagens foram prestadas a Penna, muitas delas ainda em vida. Foi a caso da inauguração de uma rua com seu nome. As placas da rua Dr. Penna foram colocadas no dia 25 de maio de 1883, em meio a grandes solenidades.[1]

No dia 25 de março de 1902 — quase um ano depois da sua morte — foi inaugurado seu retrato na Santa Casa de Caridade de Bagé.[1]

Em 12 de maio de 1913, foi inaugurado seu monumento na frente do local onde morava e trabalhava. De autoria de Pedro Obino, o projeto foi feito em locais e momentos diferentes. O pedestal foi feito em Capão do Leão por Miguel Brigati. A estátua, por sua vez, foi fundida em Paris, e ficou pronta em 1910.[3]

Referências

  1. a b c d e f g h i Jacinto Salis 1995, p. 100-107.
  2. a b c d https://www.bage.rs.gov.br/arquivo2/index.php/2016/11/18/dr-penna/
  3. Jornal Minuano, 13 de março de 2015. Exibido no museu D. Diogo de Souza

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Jacinto Salis, Eurico (1995). História de Bagé. [S.l.]: Livraria do Globo S.A. 326 páginas