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José Maria Mayrink (Jequeri, MG, julho de 1938 — São Paulo, 23 de dezembro de 2020) foi um jornalista e escritor brasileiro.[1]

Estudou filosofia e teologia em Petrópolis. Nessa época de universitário, escreveu Pastor e Vítima, sob um pseudônimo. Em 1961, deu aulas de latim e português. No ano seguinte, iniciou o curso de jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais, que só concluiria anos mais tarde, após uma interrupção. Trabalhou em diversos jornais e revistas e fez diversas viagens ao exterior para reportagens e coberturas de eventos importantes.[2] Ganhou diversos prêmios, entre eles o prêmio Imprensa do Governo do Estado, o prêmio Rondon de Reportagem e o prêmio Esso de Jornalismo.[2] Morreu de leucemia em 2020.[3][4]

Livros de Mayrink
Livro Ano Nota
Solidão 1983
Filhos do Divórcio 1984 publicado pela EMW Editores
Anjos de Barro 1986 publicado pela EMW Editores
Vida de Repórter 2002
1968 - Mordaça no Estadão 2002 Sobre a censura na ditadura

Livro Solidão[editar | editar código-fonte]

O livro — escrito na década de 1980 e publicado novamente em 2014 — aborda o problema da solidão em São Paulo. Para isso, o autor entrevistou diversas pessoas de diversos segmentos da sociedade: de moradores de rua a empreendedores, de freiras a prostitutas.[2] A reportagem foi inicialmente publicado no jornal O Estado de S. Paulo, em 1982, e, no ano seguinte, no livro.[1]

Nele, a sequência das entrevistas dá a impressão de transitoriedade. As pessoas aparecem e somem como vultos; vêm do nada, e ao nada retornam. São simples indivíduos quaisquer no meio de outros milhões, que ficaram perdidos no tempo e no espaço.

Alguns, todavia, foram reencontrados. "Trinta anos após a produção das reportagens, o jornalista tentou retomar o contato com seus personagens. Muitos já haviam falecido e outros preferiram permanecer em silêncio após anos da publicação."[5]

Lúcia Ribeiro, mineira vivendo em São Paulo, foi ouvida pelo autor do livro. Ela, que recebe cartas de pessoas dispostas a fazer-lhe companhia atribui o problema da solidão às modernidades da época:[2]

A maioria das cartas que vieram do interior de São Paulo e de outros Estados retrata o mesmo quadro. Não sei se o problema é da cidade grande ou do tempo em que vivemos. Estamos numa época em que o relacionamento humano vai se perdendo cada vez mais, por culpa de coisas como videocassete, walkman, computador de bolso...

Referências

  1. a b «José Maria Mayrink [1938 - 2020], simplesmente repórter - noticias - Estadao.com.br - Acervo». Estadão - Acervo. Consultado em 27 de março de 2022 
  2. a b c d Mayrink, José Maria (16 de abril de 2014). Solidão. [S.l.]: Geração Editorial 
  3. «Jornalista José Maria Mayrink morre aos 82 anos em São Paulo». ISTOÉ Independente. 23 de dezembro de 2020. Consultado em 27 de março de 2022 
  4. «Jornalista José Maria Mayrink morre aos 82 anos em São Paulo». G1. Consultado em 27 de março de 2022 
  5. Pereira, Mateus (24 de outubro de 2019). «Você não é o único que se sente sozinho(Resenha — Solidão, de José Maria Mayrink)». Revista Subjetiva (em inglês). Consultado em 31 de março de 2022